quinta-feira, 30 de junho de 2016

A razão vindicada por Josep Guardiola.

Será legítimo ou fará sentido questionar a qualidade que na condição de treinador vemos normalmente atribuída a Carlo Ancelotti? Afirma C. Ancelotti que «o melhor jogador do Euro-2016 é Renato Sanches! É fenomenal», conclui de modo inequívoco.

Além da razão aparentemente sustentada pela reputação de quem o afirma, poderão 35 ou 80 milhões de razões extra somar-se às percepções de verdade ou ilusão na afirmação contidas?

Em Julho e Agosto de 2011, ao passo que o revolucionário Josep Guardiola entrava para a última temporada como treinador do Barcelona, e ao mesmo tempo que o outrora revolucionário José Mourinho em Madrid despendia largas dezenas de milhões na aquisição de jogadores, estes senhores enunciavam as qualidades dum jogador mais ou menos desconhecido entretanto chegado a Lisboa a «custo-zero». Não foram nessa ocasião precisos mais do que 2 jogos de preparação para que Maldini afirmasse: "Nestes três anos de blogue, fomos tentando dar a entender as características que nos prendem nos extremos, que são por norma jogadores tão próximos dos adeptos quanto longe dos colegas. Três anos depois chega à Liga portuguesa o tal extremo que personifica tudo o que cremos que deve ser o jogador que ocupa o corredor lateral ofensivo. Muita inteligência na forma como decide cada lance, e muita capacidade técnica que lhe permite colocar em prática o que a mente decide. Nolito enche as medidas a qualquer um. Personifica a vitória da inteligência, até sobre o talento. É um jogador e tanto".

Na sequência de 2 jogos de pré-época.

5 anos passados (muito tempo na carreira de um jogador), no mesmo mês em que Renato Sanches se vê transferido por pelo menos 35 milhões de Euros para a Bavaria, Nolito por uma verba bem mais modesta é dado como certo ou pretendido em Manchester onde reencontrará Josep Guardiola. Ao longo de parte do período, 2011 e 2012, o mesmo Maldini que alertara para a qualidade do espanhol, exprimia alguma desilusão ou incompreensão por opções e palavras de Jorge Jesus que não atribuíam a Nolito a importância que este mereceria no Benfica que ombreou ao longo de 2 épocas com o FCP de Vitor Pereira.

Em todo o caso, não estabelecendo relações de causalidade onde não existem, no contexto deste texto ou de outro exercício qualquer, não é Renato Sanches que faz de Nolito um jogador de muita qualidade. Nem é Nolito que faz de Renato Sanches um jogador caro. Tal parece-me óbvio, tão natural quanto Nolito tratar-se de melhor jogador relativamente a R. Sanches e que o último foi efectivamente demasiado caro. Porquê então relacioná-los?
Porque acabo de vê-los na primeira página da secção de notícias online dum jornal desportivo.

Com intuição e razão, se tivesse de destacar uma causa como maior singular contribuidor para a pontuação recorde alcançada pelo Tottenham na liga Inglesa em 133 anos de história, qual destacaria: André Villas-Boas ou Gareth Bale? Qual a utilidade, o mérito e já agora o preço justo da utilidade? Teria Villas-Boas conseguido somar perto de 75 pontos se no seu plantel trocássemos Bale por Nolito? Não o teria conseguido - é a minha resposta, uma que não posso evidentemente provar verdadeira. Terá esta pergunta alguma importância no que refere às qualidades de Nolito e de Bale? Rigorosamente nenhuma, além de que noutro contexto nada exclui a presença de ambos no mesmo onze. No reinado de Ancelotti em Madrid, o clube da capital espanhola despendeu entre 90 a 100 milhões de Euros pela aquisição dos serviços do jogador galês. Uns anos antes já despendera outros tantos pelos serviços de Cristiano Ronaldo. Qual a utilidade da utilidade?
Substituirá, subtrairá ou acrescentará a utilidade qualidade a uma equipa?

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Dormindo com o inimigo

Dormindo com o inimigo I
O rumor já circulava há um par de semanas, a confirmação ocorre agora: quatro meses depois de ter começado a WL Partners cessa a colaboração estabelecida com o clube, transferindo-se para o outro lado da estrada, poucos quilómetros mais acima. Mesmo sem poder avaliar se esta excursão da referida empresa a Alvalade pode ou não corresponder a potenciais danos para o clube, isto não deixa de pelo menos ser embaraçoso. 

Quanto deste triste episódio foi meramente casual ou devidamente planeado era o que certamente todos gostaríamos de saber. O facto de estarmos a falar de uma empresa que é liderada por um conhecido benfiquista só serve para adensar suspeitas. O futebol não é um negócio como outro qualquer.

Dormindo com o inimigo II
Costuma-se dizer que um mal nunca vem só. No caso dos nossos avançados goleadores parece que o ditado popular pode fazer sentido. Ao fumo que se vai vendo no caso de Slimani e Teo Gutierrez pode corresponder a existência de alguma fogueira já em curso. O colombiano apostou numa declaração inequívoca, revelando a sua vontade em voltar à Argentina, o que não é propriamente novidade. Slimani optou pela descrição, embora a sua ausência dos trabalhos entretanto iniciados constitua uma declaração tácita do que é o seu actual comprometimento com o clube. 

Sendo casos diferentes a merecer tratamento diferente (Teo quase não tem mercado, exceptuando a China para  onde não quer ir, Slimani quase pode escolher, faltando saber quem quererá pagar o que o que o Sporting pedirá) não podem deixar de ser considerados problemas para resolver com urgência, mais ainda atendendo ao que representaram para a equipa no ano passado. Aqui, o pior que pode acontecer é ficar com jogadores contrariados, tornando-se numa espécie de células adormecidas, prontas a fazer despertar problemas a criar ruído.

Dormindo com o inimigo III
O empréstimo de Tobias Figueiredo a um clube como o Nacional de Rui Alves só pode ser entendido de duas formas: ou por uma súbita amnésia por parte da SAD ou um novo período de relacionamento entre os dois clubes. Esperemos que, mais uma vez, não tenha que ser lembrada a história do sapo e do escorpião. Quanto à necessidade de Tobias rodar, essa parece-me uma evidência. O jogador está numa fase da sua carreira em que necessita de aprimorar os seus recursos bem como de desafios que a permanência no plantel principal do clube dificilmente  assegurariam no presente.

Dormindo com o inimigo IV
O negócio da aquisição de Bruno Paulista, bem como a forma como foi financiado, nunca ficou devidamente esclarecido. As declarações do jogador à chegada contradizem o que se sabia sobre relação contratual do jogador com o clube (emprestado, com opção de compra) e vieram adensar a nebulosa em torno do negócio. O preço a pagar por um jogador que nada fez no seu primeiro ano também não ajuda muito. A ver o que entretanto dirá o clube, porque seguramente que o vai fazer.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Raios dessa aurora forte são como beijos de mãe

Melhor momento do Portugal VS Croácia 

Em face da cada vez menor paciência que tenho para ver futebol fora do universo de equipas do Sporting, dos seus principais adversários em Portugal, provas europeias de clubes e o futebol doméstico de não mais do que 4 ou 5 equipas de 2 ou 3 campeonatos, tive a sorte (beneficiei do acaso) no último Portugal VS Croácia de ligar a imagem a tempo de apanhar e acompanhar o melhor momento do encontro. Não lembro a última vez que escutara a "A Portuguesa" mas nesse instante recordei quão bonito o hino português é. Naturalmente, formas de expressão como a música e a literatura permanecem duas das principais formas de contacto com aquilo que nos antecede, acompanha e sobreviverá. Música e literatura, ainda que humanas, tão fortes e transcendentes quanto a ordem ou o mundo natural. Para além disto não existe garantidamente mais nada.
É aqui, nas escolas portuguesas, que a música, literatura ou outras exposições de arte se deveriam fazer sempre presentes, educando e inspirando-nos. E se quisermos usá-las como forma de distinção de elementos identitários comuns a povos arregimentados por nações, ou se quisermos usá-las como celebração de alguns dos muitos, valiosos, entre-nós ou idos descendentes da cultura portuguesa, abandonemos a norma que simultâneamente constrange e prostitui música e literatura portuguesa tão admirável quanto o hino português, a coisas tão insignificantes quanto cerimónias de estado ou homenagens a figuras de estado.

É nas escolas portuguesas que ela deverá fazer-se ouvir. E tudo o que é bonito é tudo o que deveremos porventura banalizar. Além de que obviamente dar-me-ia a oportunidade de escutar o hino português mais vezes.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

A pergunta que fica depois da entrevista de Bruno de Carvalho ao Expresso

Apesar de não haver futebol ao mais alto nível sem ser o das selecções não faltaram noticias sobre o Sporting a merecer atenção. Certamente que ficarão por mencionar outras das que aqui serão destacadas, estas foram as que elegi:

- Quinze medalhas de ouro obtidas nos campeonatos de Portugal pelos atletas masculinos e femininos.

- Um notável jackpot obtido no futsal com títulos em todos os escalões, que ilustram a hegemonia do Sporting na modalidade. Um caso de estudo para as restantes secções e departamentos do clube.

- O regresso aos títulos nacionais nos juvenis, dos quais andávamos arredados há nove anos. Num escalão de formação ganhar talvez nem seja o mais importante mas se podes formar a ganhar tanto melhor.

- Depois do hóquei e do basquetebol foi agora anunciado o râguebi como modalidade oficial. À semelhança do basquetebol, extingue-se a equipa sénior, deitando fora o esforço e a dedicação de todos quantos fizeram ressurgir a modalidade. Não devo estar muito enganado ao supor que tal se deve a uma aposta no ciclismo e no futebol feminino. Esperemos que tal se venha a justificar, embora me pareça de difícil compreensão.

- Ainda do fim-de-semana saliência para o desdobramento mediático do presidente Bruno de Carvalho. Duas entrevistas praticamente em simultâneo, uma ao jornal do clube e outra à revista do Expresso que pode ser lida na íntegra aqui (LINK). 

Dessa entrevista saliento uma afirmação que inicialmente me passou despercebida, por se tratar de matéria da vida pessoal a que normalmente não dou importância. Porém, depois de forma quase casual, acabou por me fazer reflectir, uma vez que de forma muito concreta tem a ver com a relação do presidente com o clube. Estou a referir-me à referência que faz à passagem pela construção civil e quando afirma que desse período resultou a sua independência financeira. 

Ora se por independência financeira se entende a situação em que um individuo deixa de depender da necessidade da obtenção de um salário para se sustentar, por ter conseguido obter rendimentos fixos, fica por compreender porque se tornou no primeiro presidente a cobrar ao clube um vencimento mensal que, ainda sem terminar o primeiro mandato, requereu que fosse duplicado.

Creio que essa é uma explicação que fica a dever a todos quantos se desdobram em sacrifícios para pagarem quotas, gameboxes e viagens.

domingo, 26 de junho de 2016

Depois de muita penitência apareceu... Quaresma

A primeira consideração a fazer é que Portugal eliminou uma selecção que, globalmente, não só foi melhor neste jogo como estava a ser melhor que nós no torneio.  E diga-se em justiça que aparentava poder contribuir muito mais para a qualidade geral do evento do que nós parecemos habilitados e até interessados em ser. Serve isto para dizer que, se há mérito nesta eliminação, ela correspondeu a uma abordagem ao jogo que está longe de me agradar. Mais, esta postura excessivamente conservadora de Fernando Santos só tem justificação possível perante a obtenção de resultados. Ela é afinal isso mesmo, resultadista. 

Não vou entrar no jogo dos "ses" agora que ganhamos porque também não gosto de o fazer quando perdemos. Mas quero apenas dar conta com estas observações que estivemos várias vezes e demasiado tempo à mercê do adversário e do jogo para merecer a sorte que acabou por nos sorrir momentos finais. Não acontecerá muitas vezes neste registo, estou certo.

Uma das notas principais do jogo foram as alterações realizadas na equipa inicial. Devagarinho e talvez impostas pelo aperto de ser um jogo de resultado único para a continuidade da equipa, o seleccionador lá foi pondo os melhores nos seus lugares, excepção feita à ausência de Ricardo Carvalho por não estar em boas condições físicas. 

Cédric esteve quase sempre impecável, muitos furos acima de Vieirinha nos jogos anteriores, particularmente no jogo com a Hungria, onde esteve várias vezes à beira do desastre, no que foi então "bem" secundado por Eliseu. Adrien foi de uma generosidade e entrega total e se o seu jogo não foi mais ousado no que diz respeito às iniciativas atacantes é porque o modelo não o prevê e os croatas não estavam para brincadeiras. Creio mesmo que a sua titularidade se justificaria mesmo que Moutinho estivesse em forma porque ainda assim teria primazia sobre André Gomes que, sendo um potencial titular, parece estar muito longe da boa forma física.

Um parágrafo especial para Renato Sanches. Se é um fiel seguidor da nova seita religiosa renatosanchista que se debate ferozmente contra qualquer infiel, não o leia porque não encontrará adjectivos ou encómios suficientes. 

Mas estamos a falar de um jogador especial, não apenas pelo elevado potencial que tem mas também pelo que já consegue fazer aos dezoito anos. E depois tem a sorte e o mérito de ter estado no momento decisivo do jogo. Sorte porque o lance já tinha praticamente morrido quando a bola chegou a Nani. Não fosse o estranho bico deste fazer chegar a bola a Ronaldo (que, também mal, decide rematar e quando quer ele quer Nani deviam ter servido Quaresma) e esta ter cai milagrosamente cai em Quaresma e ninguém se lembraria dele pelo que fez no resto do jogo. Mérito pela forma como arrisca e sai da camisa de forças que é concepção securitária do seleccionador, resumindo o nosso futebol e os nossos jogadores meros funcionários diligentes, sem qualquer capacidade criativa.

Não se pense que esta vitória me deixa triste. Mas a forma como é obtida é demasiado sofrida e penitente que se afasta da forma como olho para o futebol. Obviamente que os grandes resultados se obtêm pela aplicação total e pelo rigor do desempenho de todos. Para mim esse rigor não pode ficar apenas pelas tarefas defensivas e só por acaso ir à baliza adversária uma vez no final de 120 minutos.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Na senda de dirigentes que interferem no trabalho dos treinadores e no trabalho das equipas. A ditadura do capricho.

Nota curta antes do «post»: o blogue retomará a sua normal actividade assim que o Leão de Alvalade tenha disponibilidade para o efeito. A bem do Sporting e do blogue, o mais rapidamente possível.

Uma vez que a aprendizagem com os erros é pré-requisito de sucesso, valeria sempre a pena retomar a discussão Carrillo. Não o farei nesta ocasião. Afirmo no entanto que embora consiga facilmente qualificar a decisão que o afastou dos trabalhos da equipa, não posso quantificar os danos desportivos pela decisão causados. Negar a existência dos danos e recusar a causalidade entre a decisão tomada e a qualidade objectiva do futebol do Sporting é no entanto impossível. Muitos, sem sucesso, tentaram fazê-lo. Não por acharem que a qualidade de Carrillo pudesse ver-se dispensada ou substituída, nem por acharem que os jogadores devem ver-se «castigados», mas apenas por ter sido essa a decisão do presidente do Sporting. Seria tempo de deixarmos cair palavrões como estrutura. No Sporting, em respeito às grandes decisões, não existe qualquer estrutura. Existe a vontade de um indivíduo (substitua vontade por caprichos se assim desejar). Com evidentes prejuízos para os méritos das verdade, honestidade, liberdade intelectual e espírito crítico, qualquer que fosse a decisão tomada no caso Carrillo esta colheria apoio. Foi assim com Eric Dier e foi assim com Ilori. Sê-lo-á para qualquer caso semelhante. Trata-se afinal de uma entre mais perversas características deste estado-novismo ou brunocracia que se instalou em Alvalade. “Curiosamente” (entre aspas porque de curioso tem muito pouco), relativamente às dinâmicas entre poder instituído e massa adepta, há muito que o Benfica vive uma situação semelhante. Entre-portas, sócios e adeptos do Sporting, falando exclusivamente pela minha pessoa, o que serve a quase todos não serve contudo a todos - realidade à qual muitos fundamentalistas terão de acostumar-se.

Exibição pouco conseguida em Barcelos na prova europeia terá irritado presidente. Uma semana depois de ter perdido a meia-final da Taça CERS com o Vilanova, o Sporting foi a Vale de Cambra disputar um jogo do campeonato sem Luís Viana, Cacau, Tiago Losna e o capitão Ricardo Figueira. A exibição pouco conseguida em Barcelos na prova europeia terá irritado Bruno de Carvalho que não gostou da alegada falta de empenho daqueles jogadores, exigindo assim o seu afastamento da equipa. Nunca mais voltaram a vestir a camisola do Sporting e passaram a treinar-se à parte dos restantes companheiros.

Afirma-nos o coordenador geral do hóquei do Sporting, José Trindade, que a decisão tomada não partiu de uma pessoa em particular. Foi uma decisão do Sporting que tivemos de implementar. Foi tomada por todas as pessoas intervenientes de forma coletiva. Adivinhando a posição ingrata à qual José Trindade se viu sujeito, ficámos a saber tratar-se duma ordem que sem apelo nem agravo tivemos de acatar. Uma ordem sobre a qual não tivemos qualquer palavra a dizer. Uma ordem, portanto, tomada de forma colectiva.

Medite bem sobre as transformações em curso no clube.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Quem melhor do que os jogadores?

Inúmeras vezes criticados em função daquilo que (em exclusivo) não controlam, tantas vezes julgados em função da circunstância de ganhar ou perder, muitos são aqueles que se apropriam da capacidade não só de avaliar mas com exactidão determinar a competência dos treinadores de futebol. Na linha da frente desta multidão: media, adeptos e dirigentes, com os últimos frequentemente a reboque dos segundos e os segundos lesados pela ignorância dos primeiros, além de condicionados pela sua própria ignorância. Excluídas as excepções, porque existirão sempre injustiças, este defeituoso ciclo embora nocivo ao jogo e aos clubes, não vitimiza os treinadores. Independentemente daquilo que é escrito ou dito, independentemente da quantidade de lenços exibidos nos estádios, descomprometidos perante inúteis votos de confiança de dirigentes, os treinadores têm uma franca oportunidade de comandar os seus próprios destinos. Assim é porque independentemente de qualquer coisa, mantêm completo controlo sobre o trabalho das suas equipas. Deste modo, parece-me claro que os treinadores são na maioria dos casos protagonistas das suas capacidades e conhecimento. Ou vítimas da sua própria falta de competências.

Pressupondo contextos onde a normalidade e a boa-fé imperem, este é o espaço justo onde os treinadores se deverão situar. Livres da arrogante e ignorante autoridade dos media, livres da arrogante ignorância e incapacidade dos adeptos, a salvo dos excessos, iniquidade e perverso instinto de sobrevivência dos dirigentes.
Pressupondo contextos onde a anormalidade e a má-fé imperem, podemos sempre contemplar cenários nos quais dirigentes, premeditada ou involuntariamente interferem com o trabalho dos treinadores. Marco Silva e o Sporting foram há duas épocas exemplo deste fenómeno perverso. De igual modo, podemos considerar situações pouco frequentes mas longe de raras, nas quais jogadores procuram de forma consciente sabotar o trabalho dos treinadores. É mais frequente do que se presume.

Desta forma, em respeito ao trabalho e às competências dos treinadores, se um olhar sobre os resultados é insuficiente, se os media transportam erro em abundância, se as opiniões dos adeptos são na maioria do tempo desprovidas de mérito, e se as acções e decisões de muitos dirigentes não nos oferecem credibilidade, podemo-nos em todo o caso socorrer de fontes bem mais autorizadas.
Afirmara um jogador há 3 semanas, tal como outros no passado ao serviço de equipas de idêntica ou menor dimensão, “tacticamente é impecável e potencia o melhor de cada jogador. Por isso, em poucos meses, deu-me o que os outros treinadores não me deram”. Hoje, tão simples assim: “ele ensina-me”.


Não existe maior reconhecimento ou elogio à capacidade de um treinador.
Das únicas fontes autorizadas no processo.

domingo, 19 de junho de 2016

O pleno está feito. Para o ano há mais.

4 vitórias nos 3 troféus disputados a nível Nacional e 1 a nível distrital, dupla-vitória para o campeonato nacional no pavilhão da Luz a fechar mais uma época perfeita do futsal sénior do Sporting. Felicitações aos jogadores, Nuno Dias (técnico que além da enorme competência exibe uma postura irrepreensível nas vitórias e nas derrotas), e parabéns aos dirigentes responsáveis pela secção.
De igual modo, uma palavra de apreço dirigida ao Benfica: equipa de qualidade como atesta o 3º lugar na UEFA futsal cup e um digno vencido que complicou a vitória do Sporting. Complicando-a, valorizou-a.

sábado, 18 de junho de 2016

A decepção Austríaca

Mais um jogo da selecção Nacional e mais um ponto conquistado. Tudo dentro do expectável e com as possibilidades de apuramento ainda intactas, importante feito para uma equipa que joga muito pouco.

Decepcionante só mesmo a exibição da equipa que melhores indicações havia dado na 1ª jornada do grupo.
Esperemos que a prestação desta noite não tenha passado de um erro de percurso e que a Áustria volte a jogar o futebol que está ao seu alcance. O campeonato da Europa agradecerá.

“E não há dia em que não veja exemplos destes "crimes" nas discussão sobre o Sporting”

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Na Luz à procura de novo título

Após o generalizado silêncio em redor do futsal provocado pela vitória do Benfica no multiusos de Odivelas no princípio da semana, regressarão hoje e amanhã os discursos de vitória em virtude do triunfo agora obtido pelo Sporting no pavilhão da Luz. Relativamente ao futebol, já se sabe que os blogoesféricos gostam de valorizar outras modalidades mas só quando ganham. Demonstrando esta noite o porquê de na actualidade assumir-se como a melhor equipa portuguesa de futsal, o Sporting demonstrou também (mais uma vez) o porquê de nos últimos anos não ter sido nalguns momentos capaz de materializar essa superioridade nos confrontos com o Benfica. O motivo é bem simples: o Benfica também tem uma equipa muito boa.
Recordo a este respeito duas épocas relativamente recentes (pré Orlando Duarte) nas quais o Sporting se sagrou campeão Nacional, uma das quais no pavilhão da Luz, em contextos onde o Benfica se apresentava como favorito, favoritismo na altura advindo do excelente plantel que tinha à sua disposição.

Podendo tudo ainda acontecer, façamos votos para que no próximo domingo consigamos na Luz vencer novamente o Benfica, festejando desde logo novo título de campeão Nacional.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Oitenta milhões de razões para estar calado

Não vou comentar a afirmação de ontem de Bruno de Carvalho, relativamente a uma putativa proposta de oitenta milhões por um jogador do Sporting, no mercado de inverno. Oitenta milhões talvez seja  exagerado, mas devem andar por aí o número das razões que encontro para ficar calado.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Portugal - Islândia: depois da cagança o empate sem pujança

Não se pode dizer que haja razão para grandes estupefacções perante o empate da selecção portuguesa ante a Islândia. Para perceber este resultado, e antes de olhar para o jogo em si, há que olhar para o percurso recente das equipas e não para todo o seu historial. E aí verificamos que já em 2014 a qualificação da Islândia para o campeonato do Mundo foi esticada até ao play-off com a Croácia, conseguindo este ano pela primeira vez participar num torneio de selecções ao mais alto nível, neste Europeu de França. 

O jogo de ontem só veio confirmar que já não há equipas fáceis de bater bem como as nossas tradicionais dificuldades com equipas com abordagem mais defensiva. Mas talvez o mais importante seja a confirmação daquilo que já todos devíamos saber e parece que poucos apreenderam ainda: Portugal é uma selecção mediana com um grande jogador, pelo que afirmações sobre favoritismos ou candidaturas da nossa parte são um rotundo exagero.

Sobre o jogo propriamente dito, vou fugir um pouco à tentação de sobrepor a minha opinião pessoal à do seleccionador, no que diz respeito à escolha deste ou daquele jogador. Mas aproveito a titularidade de Danilo como um exemplo prático da mentalidade conservadora de Fernando Santos Prefere a segurança a todo o custo, sem qualquer ousadia ou atrevimento. O mais que ganhou foi expor as limitações daquele jogador e, ao invés de potenciar o melhor dos outros, limitou-os ou até os atrofiou.

Por isso é que a discussão à volta de "quem devia ter jogado no lugar de quem" me parece estéril ou apenas se justificar para dar curso às tradicionais clivagens clubisticas. O problema começa na cabeça do seleccionador, no que é agravado pela mediania, em termos individuais, dos nossos jogadores, excepção feita a Ronaldo, claro está. 

O futebol "à engenheiro", muito certinho mas pouco audaz de Fernando Santos é particularmente insuficiente ante equipas que se encolhem atrás. Ora, passar um jogo a privilegiar os cruzamentos pelo ar ante uma equipa recheada de directos descendentes dos altos e espadaúdos vikings é reciclar a táctica da fé na Srª do Caravágio. Não foi por acaso que o nosso único golo nasce de uma jogada em que a bola circula pelo chão. É por aí que as qualidades técnicas dos nossos jogadores ganham poder diferenciador sobre as melhores capacidades atléticas dos demais. 

Infelizmente não me recordo de nenhuma tentativa de fazer circular a bola pelo chão e dentro do bloco defensivo dos islandeses. Ou de nenhuma jogada pensada com o intuito de desposicionar a sua defesa. Movimentos dos alas (laterais ou extremos) para interior com bola ou em desmarcação para receber também não, ou de alguém aí colocado para oferecer uma linha de passe, para progressão. Ora para jogar em correrias pelas laterais não é a João Mário ou André Gomes que se tal se deve pedir. Desta forma, o melhor que se consegue é tornar Ronaldo, sem espaços, num jogador vulgar e frequentemente dado ao desespero de sentir a obrigação de fazer tudo sozinho.

Não há também razões para o pessimismo lusitano, que tradicionalmente se segue ao confronto com realidade. Mas não duvido que a qualificação, perfeitamente ao nosso alcance, se tido em conta o valor dos adversários que restam, poderá ser complicada. Quer a Hungria quer a Áustria têm mais argumentos tecnicos que os islandeses mas a mesma disposição de jogar lá atrás, à espera de um erro nosso. É bem possível que a contratação de um matemático, sempre esquecida, se confirme mais uma vez necessária.

terça-feira, 14 de junho de 2016

O Ronaldo, o Europeu

O Europeu, cuja disputa Portugal hoje inicia, é uma competição de equipas e não um torneio individual. Porém, há jogadores que, pela sua preponderância, têm o seu desempenho umbilicalmente ligado ao sucesso das equipas que representam. 

É o caso de Ronaldo. Se ele se conseguir apresentar na plenitude dos seus recursos e conseguir formar com os restantes companheiros uma verdadeira equipa, este poderá ser o seu Europeu. Basta olhar para estes números para o perceber:

- A um golo de se tornar o primeiro jogador de sempre a marcar em quatro campeonatos europeus. 

- Se marcar três golos torna-se no jogador com mais golos marcados na competição. Tem actualmente seis golos, Platini lidera com nove.

- Com a internacionalização que mais logo coleccionará, tornar-se-á no jogador mais internacional de sempre, com 127 jogos. Dessa forma igualará Figo, ficando ainda com anos pela frente para deixar uma marca única, à altura do seu valor.

- Faltam-lhe apenas dois jogos para igualar a marca dos jogadores com mais jogos disputados na competição. Esse titulo é repartido actualmente "ex-aequo" entre Van der Sar e Lilian Thuran.

Já a possibilidade de poder ser o nosso Europeu, o de todos nós, parece-me haver demasiada euforia e algum irrealismo. Um pouco como pensar que a Liga Inglesa possa algum dia ser ganha por clubes como o Leicester. Ah, ora deixa cá ver...

terça-feira, 7 de junho de 2016

Amor é ...

Amor é atravessar a estrada de um passeio a outro para dizer a um desconhecido que passa com a camisola do Sporting vestida (e já em pleno defeso futebolístico)  e dizer-lhe: 

- Tens a camisola mais linda do mundo!

ao que ele responde.

- Ora nem mais!

E depois riem-se e segue cada qual o seu caminho.

Aconteceu mesmo, e não foi a primeira vez. Tinha mesmo que contar. Depois, quando tiver tempo, actualizo o blogue.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Selecção Nacional: Promessas, dúvidas e certezas

O campeonato europeu de futebol está à porta e por isso a nossa atenção recairá nessa competição nas próximas semanas. Tendo a selecção realizado dois jogos particulares, é já possível reunir algumas ideias sobre a equipa que nos vai representar em França.

A selecção e os portugueses
A relação dos portugueses com a sua selecção é um verdadeiro caso de estudo. Embora sem ter por base nenhum relatório que o sustente, parece-me que os portugueses em geral gostam da sua selecção, como em geral do seu País. Mas, talvez por calculismo, desenvolveram uma relação cínica com a sua equipa.  Estou em crer que, à semelhança do que se viu noutros anos, se a campanha for em crescendo de resultados, os portugueses manifestarão o seu apoio. O inverso é capaz também de suceder, caso a campanha seja mais uma entre as muitas decepcções que os portugueses têm coleccionado.  

Obviamente que a afeição dos portugueses à sua selecção não se compara à que nutrem pelos seus clubes. Não creio sequer que isso seja motivo de grandes análises. O mesmo não se pode dizer dos que se deixam contaminar por um clubismo doentio, vendo toda e qualquer acção mais uma razão para prolongar as clivagens que sobraram do campeonato. Neste sentido, o aparecimento das redes sociais só parece ter agravado esta tendência. Tentarei aqui não cair no mesmo erro.

As promessas
Renato Sanchez
Aquando da convocatória pareceu-me haver alguma injustiça para com Pizzi que, pela idade, poucas mais oportunidades terá para estar numa competição do género. O que o pouco tempo de jogo que o futuro jogador do Bayern deixou perceber é que a sua presença pode ter alguma utilidade, especialmente se for preciso agitar os ritmos de jogo.

Quaresma
É do lote dos mais velhos, pelo que a sua colocação neste parágrafo parece um erro ou engano. Mas a sua capacidade de improviso é a melhor promessa de quebra da monotonia. Pena é a sua fiabilidade. Mas, até pelo que se vai vendo de Nani, parece que vamos mesmo que o ter em conta.

As dúvidas
A veterania
Não vejo como as escolhas do selecionador poderiam ser substancialmente diferentes mas a veterania deste lote de convocados é por demais evidente. Veremos, com o decurso da prova se a idade já pesa em excesso em algumas das pernas. Por si só, não vejo aqui um problema, o critério de convocar os que no momento ofereçam mais garantias, independentemente da idade, parece-me correcto. A questão da renovação pode ser levantada, embora este ano haja competições em praticamente todos os escalões, de forma a permitir rodar a quase todos. Mas quando assim é a corda não pode rebentar precisamente onde mais se deveria esperar da experiência, como aconteceu ontem com Bruno Alves.

Ronaldo
A forma do nosso melhor jogador, pela amostra deixada na final da Liga dos Campeões, é a grande interrogação. A selecção precisa de um grande Ronaldo e ele também precisa de o ser para as suas ambições pessoais de consagração, mais uma vez, como melhor do mundo.

Moutinho
É fácil perceber que não está em forma e, por essa via, a sua titularidade compreende-se, uma vez que o ritmo perdido pelo grande tempo de paragem por lesão não lhe ia surgir sentado no banco. Mas, a manter-se como está, terá que ceder o passo a Adrien, ou mesmo a André Gomes.

Nani
Parece ter perdido já algum fulgor, um pouco à semelhança do que já havia sido a época de regresso temporário ao Sporting. Parece ter-se tornado num jogador de fogachos, com perda para consistência das suas acções.

Danilo ou William
Na cabeça de Fernando Santos a decisão parece estar já tomada. O que ontem foi dado ver é que não deveria estar. Danilo saiu muitas vezes do estilo de "recupera , entrega" que o seleccionador parece preferir para a posição. Quem sabe por se sentir acossado pela sombra de William, que oferece muito mais soluções para ter uma circulação de bola mais eficiente.

Como é que a bola vai chegar à frente?
Foram apenas pouco mais de trinta minutos o tempo em que jogamos em igualdade numérica, mas até pareceu um alivio para a equipa e em particular para o selecionar a expulsão de Bruno Alves. É com menos deixamos de ter a obrigação ou mesmo o incómodo de ter que chegar à baliza inglesa. Ou as ideias não passaram ou está ainda muito mal trabalhadas as soluções para o ataque. E sem bola na frente não há Ronaldo nem milagres.

Certezas

Centrais
Se Pepe e Carvalho já pareciam titulares, Bruno Alves encarregou-se de ajudar à escolha. Não que Pepe dê muito mais garantias no aspecto disciplinar, mas aquele episódio deixou o seleccionador sem grande escolha. Já no jogo anterior, a forma como Fonte se deixou antecipar por um adversário já tinha produzido efeitos semelhantes. E, convenhamos, Carvalho é o melhor de todos. 

Os laterais
O valor entre si equivale-se, pelo que, embora a escolha não pareça definitiva, qualquer um parece dar garantias ao sono tranquilo do seleccionador. Pelo menos até à hora de escolher.


João Mário
Para quem quiser perceber a importância de um treinador na carreira de um jogador vai ser curioso segui-lo nesta competição. A ele que foi dos melhores por cá, no campeonato. Sem saber jogar mal, perderá muito se a dinâmica do nosso jogo e em particular a circulação e posse de bola se pautar pela amostra de ontem. 

Vamo-nos ver gregos
Quem viu o que foram as prestações a selecção grega sob o comando de Fernando Santos já pode adivinhar mais ou menos como vai ser o nosso jogo. Conservadorismo táctico, muita rigidez e pouco previlègio para a criatividade e improviso. O que é que isso quer dizer quanto às nossas possibilidades e até candidatura ao titulo, com muitos reclamam? Absolutamente nada. Mas, para já é preciso qualificar para a fase a eliminar. Sem isso, tudo o mais são tretas, como diz a música.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Contas: o anúncio da saúde financeira era manifestamente exagerado?


Breves comentários à recente apresentação das contas da SAD, elegendo os pontos que me parecem mais relevantes:

Exercício marcado pela provisão do valor a pagar à Doyen, como foi imposto e como mandam as boas práticas.

Os 14,4 milhões que, até ver, terão que ser pagos à Doyen, constituem neste exercício o grande lastro que afunda os resultados. Mas, mesmo sem esta pesada factura, aqueles continuariam no negativo. Não sendo dramáticos, os valores revelados indicam que, para conseguir um resultado positivo, a venda de jogadores torna-se obrigatória. Isto para fechar o exercício de 2016 no verde, imprescindível por causa das condições impostas pelo fair-play financeiro da UEFA. 

Ora isto é bem diferente do que nos vem sendo dito. Fica assim claro que o Sporting terá de obter receitas para tapar este buraco, bem como o que se abrirá no plantel, saindo um jogador ou vários jogadores importantes. Por exemplo, se se confirmar a saída de Slimani, a tarefa será ainda mais difícil, pois não é fácil encontrar no mercado alguém que faça o lugar com a mesma eficácia. Parece-me esperar demais no imediato de Spalvis ou mesmo de Barcos.

Confirmação da reentrada em falência técnica: Valor dos activos 235.414 milhões contra o passivo de 245.547 milhões.

O aumento do passivo em 17,048 milhões, conjugado com  -0,128 milhões do lado dos activos vem confirmar que a SAD regressou à falência técnica, apesar das medidas já implementadas no âmbito da reestruturação financeira. Nada disto seria muito preocupante se não tivesse em linha de conta que "ferramentas" entretanto utilizadas, como as VMOC's e empréstimos obrigacionistas, impendem ainda sobre o futuro próximo e de médio prazo e não se vê, mantendo a actual política, como se criará folga onde possam vir a ser acomodados.

Variação negativa de quase 40% nos resultados -17.106 milhões de euros agora contra +22.125 milhões no exercício homólogo.

Para dar importância a este valor seria necessário perceber se esta variação é meramente indicativa e circunstancial ou é o inicio de um tendência, mesmo que de números não tão elevados. Veremos daqui a um ano, quando o regresso à Liga dos Campeões já se reflectirá positivamente nas contas. 

Equilíbrio entre os custos operacionais (55.699 milhões) com os proveitos operacionais (54.747) milhões 

Começo por assinalar o crescimento de 24%, num espaço de nove meses nos proveitos operacionais. Embora fosse obviamente preferível o contrário, e até atendendo à excepcionalidade do  "evento Doyen", parece que há aqui um equilíbrio que, para nosso bem, deveria existir na generalidade dos exercícios. 


Duplicação dos gastos com pessoal: 35.757 milhões agora contra 18.153 milhões no período homólogo.

Estes números merecem duas leituras. Esta época a SAD decidiu inverter de forma abrupta a política de crescimento sustentado, deixando de procurar de jogadores jovens desconhecidos em mercados emergentes como reforços, indo buscar nomes com valor e/ou experiência reconhecidos. A par disso, teve que renovar com jogadores que justificaram a aposta e viram o seu valor reconhecido pelo mercado. 

Por essa via, o crescimento exponencial  da folha de pagamentos era praticamente obrigatório, a que temos que juntar o preço de ter Jorge Jesus e a sua equipa técnica. Essa inversão de estratégia teve correspondência incontestável na prestação competitiva da equipa principal e parece-me a mais adequada para a obtenção do sucesso.

Contudo, não tendo tido grande correspondência em títulos, a interrogação sobre quanto tempo é  sustentável esta estrutura de custos impõe-se. Falta também ainda saber se o crescimento dos custos se manterá ou será agravado no próximo ano. 

Ainda neste âmbito, ressalta à vista o valor despendido com os órgãos sociais, cujo valor mais do que duplicou. Uma medida aprovada em A.G., mas que não deixa de lançar a interrogação se pelo menos uma parte dos honorários dos dirigentes não deveria estar indexado ao mérito, do qual a conquista de títulos deveria ser medida de aferição.

Como nota final assinalo que o Sporting, à semelhança de anos anteriores, continua a ser o clube com menos receitas e custos mais baixos. Parece-me pois que este exercício nos vem dizer duas coisas importantes , a reter:

No futebol não há fórmulas mágicas. A aleatoreidade do futebol dita que o dinheiro não é tudo. 

A linha que separa a saúde financeira da SAD está longe de ser um dado adquirido, apesar dos bons resultados anteriormente alcançados. Bastou uma decisão (caso Rojo/Doyen, p.ex.) para fazer abanar o que parecia sólido.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

O erro de diagnóstico de Marco Silva

Marco Silva deu ontem uma entrevista à TVI24, onde abordou diversos assuntos, onde a sua passagem pelo Sporting constituiu ponto obrigatório. Do que foi dito ressalto a seguinte afirmação, que me parece ser um diagnóstico errado:

"Não faz sentido estarmos a comparar, pois são plantéis completamente diferentes e realidades diferentes. Os directores assumiram que eram anos diferentes, no meu com maior contenção, e neste para apostar tudo".

A minha discordância relativamente ao que foi afirmado reside na segunda frase. Os factos falam por si: na época de Marco Silva o Sporting despendeu inicialmente quase 15 milhões de euros em aquisições. Na época agora finalizada despendeu quase metade (cerca de 8 milhões de euros). O problema não foi a "maior contenção" de que falava ontem Marco Silva, mas sim um falhanço quase total na política de aquisições. Esta não foi a única razão pela qual o Sporting não lutou pelo titulo, obviamente. Mas foi por aqui que a sorte da época foi ficando definida.

Hoje os factos ressaltam à vista e, ao contrário do que sucedeu no inicio da temporada de Marco Silva, já é fácil constatar o óbvio: Slavchev, Oriol, Tanaka, Gauld, Geraldes, Sarr, Sacko, Rabia, Jonathan não eram de facto reforços, mas meras aquisições. Só Paulo Oliveira continua. O próprio Ewerton, fundamental no reequilíbrio defensivo em Janeiro, perdeu espaço porque, apesar de ter tudo para ser titular ao lado de Coates, deixou de merecer a confiança do treinador, pelo facto de se lesionar constantemente.

Onde a diferença é notória, entre um ano e outro, é no acréscimo do custo dos honorários do plantel. Falaremos disso mais adiante, até porque a apresentação dos resultados trimestrais assim o impõem. Mas esse acaba por ser o resultado inevitável quer da mudança do perfil dos jogadores contratados, quer pelas renovações dos contratos dos jogadores já residentes e que foram justificando o ajuste dos seus vencimentos.

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