domingo, 30 de junho de 2019

Orçamento aprovado: quem procura o caos?

Com uma maioria relativamente confortável - 1.151 votantes 69,01% votos | 701 votantes (60,9%) 30,99% votos | 450 votantes (39,1%) - o orçamento para o próximo ano foi aprovado. Mas, infelizmente, mais uma vez a AG decorreu de uma forma que está longe de honrar o clube centenário que somos.

Como pano de fundo dos incidentes estão certamente muito mais os acontecimentos do ano passado - e que levaram à destituição dos órgãos sociais então presididos por Bruno de Carvalho, cujo processo de expulsão será apreciado precisamente de hoje a oito dias - do que propriamente problemas com o documento apresentado. Lá teremos que ir até este tema, esta semana. Mas não agora, embora me pareça que foi este o tema que marcou a AG de forma evidente ou subliminar. Até porque é conhecido de todos a pouca apetência da generalidade dos que frequentam estas reuniões por números e contas. Em regra o sentido de voto é orientado sobretudo para manifestar o alinhamento com os órgãos sociais ou para os repreender ou manifestar desagrado.

Em relação a esta ou outras matérias devemos admitir como válidas todas as opiniões, desde que devidamente fundamentadas. Tratando-se de um documento estratégico de uma direcção ainda com um curto período de actividade, creio que os Sportinguistas entenderam apreciá-lo com alguma benevolência e percebendo as circunstâncias em que ele será exercido. Não faria muito sentido reprová-lo por ser maior o dano causado que o bem que se poderia obter.

Mas, como dizia acima , a AG ficou marcada por episódios de muita confusão, muita falta de respeito e educação entre diversas partes, que, quanto mais não fosse por respeito ao clube e à bandeira presente, é totalmente inadmissível mas que infelizmente vem acontecendo de forma recorrente. Ver o ambiente de loucura, confusão, mentira, agressão permanente que se vive diariamente nas redes sociais, replicada numa AG é o pior que podemos fazer pelo clube. Quer o PMAG quer o CFD têm obrigação de actuar de forma mais proactiva e com coragem.

Percebo que há quem pense que quanto pior melhor e que o caos possa favorecer esta ou aquela estratégia, quem sabe à espera que surja um "salvador". Porém os únicos vencedores são os média, que muitas vezes tratam os temas com superficialidade e procurando sobretudo o sensacionalismo. E o Sporting com isto apenas perde porque afasta aqueles que poderiam participar de forma construtiva. Poucos são os que têm estômago para estar uma tarde fechado num ambiente de permanente crispação e violência verbal e até fisica. Talvez seja essa a única forma de poderem despontar aqueles que  não têm outros argumentos.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Fazer bem compensa sempre

No dia em que o Pavilhão João Rocha completa dois anos de existência o Sporting vê confirmada a sua presença na mais importante competição de andebol europeu, como vem descrito hoje no site do clube:

"Pelo terceiro ano consecutivo, o Sporting Clube de Portugal vai participar na fase de grupos da EHF Champions League, a mais importante prova de clubes de andebol da Europa. O Comité Executivo da EHF colocou os Leões entre as equipas escolhidas para ocupar as vagas disponíveis e o anúncio foi feito esta sexta-feira.

O critério para a escolha das equipas incluía factores como as últimas participações, o pavilhão, os adeptos e questões relacionadas com a transmissão televisiva, o marketing e a imprensa. Face à boa impressão deixada pelo Sporting CP nas últimas duas épocas, a EHF decidiu incluir o Clube de Alvalade no mesmo lote que THW Kiel (Alemanha), Montpellier HB (França), MOL-Pick Szeged (Hungria), GOG (Dinamarca), Bidasoa Irun (Espanha), HC Eurofarm Rabotnik (Macedónia), Orlen Wisla Plock (Polónia) e IFK Kristianstad (Suécia).

O Sporting CP vai ficar inserido no grupo C ou no D da EHF Champions League, com o sorteio a realizar-se no próximo dia 27 de Junho em Viena, Áustria. Em 2018/2019, o conjunto verde e branco fez história ao ser a primeira equipa portuguesa a passar a fase de grupos da competição no modo ‘Champions League’."
É caso para dizer que fazer bem compensa sempre. A verdade é que a nossa equipa de andebol, apesar da seca de títulos este ano, teve uma participação honrosa nesta liga este ano, onde antingiu uns inéditos oitavos de final.. O público foi de facto um público de Champions, recolhendo elogios de diversos adversários e o Pavilhão João Rocha honra o nome que recebeu.

terça-feira, 18 de junho de 2019

10 pontos sobre os novos preços das Gameboxes

Nota importante: não sou comprador habitual de Gamebox pelo que as minhas considerações neste post são as de um mero sócio do clube que vai a tantos jogos como aqueles que lhe é possível.

1- Tendo havido algumas alterações significativas nas Gamebox, creio que teria sido melhor politica haver notas explicativas dessas alterações e os objectivos a que se destinam, para anular à partida alguma da contestação que já se faz sentir. É claro que estamos perante uma comunicação deficiente que, de outra forma, pouparia a todos - sócios e dirigentes - este desgaste.

2- A generalidade dos aumentos verificados podem ser considerados normais, com algumas excepções não é superior a 4%. 

3- As comparações com os produtos dos nossos concorrentes nem sempre é feita com base no rigor, acrescendo o facto de que não se trata propriamente de uma novidade. Se eram mais caras no passado, continuarão a ser num futuro próximo. Mas até isso não é inteiramente verdade e quem só este ano recorre às comparações devia ter estado de férias nos anos anteriores...

4- A principal questão nos aumentos verificados tem a ver com o crescimento exponencial do preço das Gameboxes dos Sub11. A principal falha é sobretudo comunicacional. Não se podem por cá fora aqueles preços sem que fossem devidamente explicados, especialmente aos actuais detentores que se encontrassem actualmente em condições de renovar, por razões óbvias.

5- Parece clara a intenção do clube em rentabilizar um espaço premium - a BancadaA - e deslocar as famílias que se façam acompanhar por sub-11 para um outro espaço. Não deixa de ser uma decisão polémica, onde ambos os lados podem esgrimir bons argumentos.

6- A SAD parece entender - e com razão - que o número de jogos que vendia aos sub-11 ficavam abaixo de 4€ por jogo, num espaço onde facilmente consegue num jogo qualquer vender por cinco vezes mais. Acresce que muitas vezes o acesso sub-11 é usado por adultos de forma quase permanente e até haja quem adquira esse produto objectivamente com essa intenção.

7- Sendo verdade que o Sporting não está em condições de desperdiçar receitas actuais, também o é que tem investir no futuro, que é a passagem de geração em geração do amor pelo clube. Por melhor que seja a intenção, por mais justificação que haja nos números, nada supera o tratamento dos sócios de forma o mais personalizada possível, renovando sempre o sentimento que eles contam e são importantes. Seria preferível haver um período de transição, esperando que os sub-11 deixem de o ser. Os novos entrariam já para a nova bancada. E obviamente apertar a fiscalização.

8- Não espantaria que os pais ou familiares que pretendam renovar a GB  não tenham intenções de abandonar a localização habitual, que provavelmente é a de há muitos anos. Ir a Alvalade é uma experiência muito mais alargada que ir ver um jogo de futebol. É rever amigos, partilhar emoções, memórias e experiências. A possibilidade de ter que escolher perder isso pelos filhos e também pelo clube é uma questão que não deixa de ser pertinente e conflituante.

9- A ideia de que as GB's deviam ser mais baratas porque não temos Liga dos Campeões e / ou não ganhamos títulos faz sentido por um lado, mas também o é que sem receitas dificilmente o conseguiremos alcançar. Nesta matéria convém lembrar que são já muitos anos de atraso em relação aos rivais, no que diz respeito à diversificação das fontes de receita. E a ideia de que se venderiam mais só porque seriam mais baratas está longe de ser provada. Em Alvalade somos cada vez mais os mesmos...

10- Ir ao estádio pode ser para muitos apenas um momento no fim-de-semana. Para os que de nós vivemos longe é quase uma cerimónia de cariz religioso e poder estar ali é já por si a melhor recompensa que se pode ter. Isto dito, não invalida que o Sporting pode e deve tratar de oferecer mais e melhores momentos e experiências se quiser captar maiores receitas. Como diria o outro, é o mercado estúpido! Mesmo sendo o mercado das emoções e do coração, e por isso muito especial, não deixa de ser o mercado.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Futsal: "A bitter sweet symphony"

Como dizia a "hashtag" fomos mesmo "até ao fim" e só depois daquela bola no ferro de Cavinato é que ficou definido o titulo de campeão de futsal 2018/19. Tendo sido uma época de grandes conquistas - Taça de Portugal, Supertaça e CAMPEÕES EUROPEUS - há uma nota amarga, quase cruel, na forma como termina uma época. Não tivesse sido exactamente contra o arquirival, não tivesse significado não alcançar o tão desejado e inédito tetra e não tendo sido no encerramento da época (a última impressão perdura...) e talvez a sensação de perda fosse neste momento mais suportável. 

A esse sentimento de amargura associa-se também a ideia de que estivemos poucas vezes ao nosso melhor nível e que os níveis de execução técnica e de concentração estiveram abaixo dos registados na Final Four da Champions. A isso não será certamente alheio o desgaste de uma época longa, que se manifestou na prontidão física de alguns elementos chave, como por exemplo, Cardinal, João Matos, Merlin, Cavinato.

Não pode ser porém esse resultado e esse momento a definir a época e muito menos a ligação à modalidade - e respectiva equipa - que mais alegrias nos tem dado de forma consecutiva nos últimos anos. É hora de lembrar todos, me particular Nuno Dias, responsável por alguns dos melhores momentos de sempre.

O tom de amargura deve ser aceite por um lado como nota recordatória de que em alta competição existem sempre três resultados possíveis, que jogamos com adversários que querem ganhar também e que não ganharemos sempre. Por outro como o momento em que começamos a pensar no que fazer para voltar a erguer aquela taça, levá-la para o museu e juntá-la a tantas outras que marcam a nossa hegemonia na modalidade. Essa será a única forma de não termos que estar outra vez a fazer a guarda de honra aos campeões. 

Quanto aos vencedores, estiveram quase sempre melhor do que nós. Reconhecer-lhes esse mérito e qualidade do respectivo jogo não invalida o apontamento relativamente às arbitragens dos cinco jogos. Jogamos quase sempre num campo inclinado por decisões absurdas, quer do ponto vista técnico, quer do ponto de vista disciplinar. Isto com a total colaboração da tutela federativa. Não há aqui, infelizmente, nada de completamente novo. A diferença foi que nas finais anteriores conseguimos superar o seguro de vida que as arbitragens deram ao adversário e nesta não fomos suficientemente fortes para jogar também contra esse factor.

Voltaremos para o ano. Voltarão a ouvir falar de nós!

terça-feira, 11 de junho de 2019

Época 18/19: uma história de inconformismo, um capitulo de sobrevivência

Quando a época 2018-2019 começou as perspetivas para o futebol do Sporting não poderiam ser mais negras. Uma Comissão de Gestão no lugar onde deveria estar uma direcção, muitos dos melhores do plantel do ano anterior em debandada, eleições e respectivo ruído à porta e clube fraccionado e em total ebulição por via do processo de destituição da antiga direcção estão longe de ser os ingredientes necessários para cozinhar uma época futebolística.

A primeira grande tarefa para a Comissão de Gestão centrou-se na tentativa de reversão dos processos de rescisão litigiosa, ainda que antes tenha recorrido à figura do período experimental para denunciar o contrato com o treinador sérvio Sinisa Mihailovic. Os esforços de Sousa Cintra viram apenas o êxito com Bruno Fernandes, Dost e Battaglia. Hoje sabemos que a presença dos dois primeiros seria determinante para os resultados alcançados no final da época, especialmente a do craque português, em virtude da época estratosférica realizada, e sobretudo o que a sua valorização poderá representar para as contas da SAD no imediato ou num futuro próximo.

É verdade que a manutenção de Bruno Fernandes encerra em si o potencial de anular os prejuízos decorrentes de algumas opções estranhas seguidas no recrutamento para os lugares deixados vagos com a partida de titulares indiscutíveis e internacionais como Rui Patrício, William Carvalho, Gélson Martins especialmente. Seria preciso obviamente dinheiro que não havia para ir ao mercado encontrar jogadores que permitissem que o valor absoluto do plantel não sofresse profunda depreciação. Viviano, tal como Bruno Gaspar eram heranças da gestão anterior. Mas o italiano não é Patrício e a gestão da sua aquisição e presença acentuou a ideia de instabilidade que se vivia em Alvalade. A estes acrescia ainda Marcelo, ex-Rio Ave, que nunca entrou nas contas de Peseiro, o treinador que entrou para o lugar de Mihailovic.

A depreciação de valor era cada vez mais evidente, acentuada pela decisão estranha de recorrer ao mercado, ignorando a prata da casa que poderia ajudar a não exponenciar o orçamento anual. Estranheza que se acentuou nas aquisições de Gudelj, Diaby e que se confirmou com o convite ao lesionado Suturaru. Por cá Geraldes, Palhinha, Matheus Pereira, Baldé, entre outros, recebiam guia de marcha. O estágio de pré-epoca foi tão caótico como as constantes mudanças e anulações faziam prever e os resultados estiveram longe de ser auspiciosos. A primeira derrota no Troféu Cinco Violinos, ao fim de sete edições, trazia os maus presságios que os antecedentes históricos e a ausência de carisma de José Peseiro serviam para acentuar.

O nível exibicional andava entre o suficiente e o sofrível quando o Estoril vai a Alvalade impor uma humilhante derrota, instalando-se um ambiente ao qual o treinador dificilmente poderia sobreviver. A derrota seguia-se a prestação intrigante na Liga Europa, onde nem os golos nos minutos finais do jogo com o Volska conseguiram iludir um jogo de horrores, ante um adversário de nível claramente inferior. Peseiro seria despedido com lenços brancos no final do jogo pelos adeptos e por Frederico Varandas horas depois. A verdade é que nem o segundo lugar no campeonato impediu o accionar da mola do patíbulo e o treinador ribatejano foi à sua vida.

Era a vez do Keizerball. Numa jogada onde o recém-chegado presidente se vê obrigado a por o pescoço em linha, aterra em Alvalade, vindo dos longínquos Emirados Árabes aterra em Alvalade um treinador holandês cujo nome e curriculum nada diziam à generalidade dos adeptos e até aos entendidos. Discreto e beneficiando de um calendário favorável, conseguiu juntar os cacos para obter os primeiros resultados positivos, sabendo tirar partido do trabalho de estabilização realizado por Tiago Fernandes, que intermediou a sucessão de Peseiro. Os 30 golos obtidos em sete vitórias consecutivas levaram o novo treinador e equipa moralizados ao seu primeiro grande teste: o assalto ao castelo de Guimarães. Mas seria aí que se começaria a perder o ar do Keizerball, sendo o que o momento mais baixo seria vivido em Tondela, com uma derrota "impossível" de acontecer pela forma como sucede e com o adversário em inferioridade numérica.

Foi ainda à procura dos seus melhores momentos e de maior equilíbrio que o Sporting de Keizer chega à Final Four da Taça da Liga mas despido de qualquer favoritismo. Naquela que foi talvez a melhor e mais bem disputada edição da competição, o Sporting lutou com tudo o que tinha e podia para ganhar o direito a disputar a final e não se livraria do dramatismo do desempate por penalidades. Algo que haveria de repetir ao disputar a final com aquele que era, até ao momento, o líder incontestado da Liga 18/19. À semelhança do guião adoptado poucas semanas antes, quando se deslocou ao Dragão, o Sporting aceitou sem angústias o papel de favorito do adversário e sobreviveu como pôde até Oliver lhe oferecer a oportunidade de estender a disputa do título em causa por mais meia hora. Mais uma vez, e continuando a fazer história nesta matéria de desempates, a equipa de Keizer haveria de festejar e fazer o bis na competição.

Entretanto a SAD tentava arrumar a casa, desfazendo-se dos equívocos da direcção anterior e dos excessos na folha salarial para uma época marcada pelo regresso à austeridade. Misic, Marcelo, Lumor, Bruno César, Castaignos, Nani e Montero.  Doumbia, Borja e Luiz Phellype são recrutados e Geraldes recuperado na Alemanha. Mas o regresso aos jogos do campeonato e Liga Europa foram aziagos. Na eliminação ante o Villareal e com a goleada imposta pelo rival em casa Keizer sentiu pela primeira vez o peso do tribunal de Alvalade. A equipa era agora uma sombra do que prometia com a chegada do treinador, sofria golos com facilidade de não marcava tanto como outrora.  A repetição da derrota para a Taça de Portugal na casa do rival Benfica parecia querer dizer que a Taça da Liga teria que servir de prémio de consolação.

Foi talvez esse ar de fragilidade que terá levado o Benfica de Lage a apresentar-se em Alvalade com a atitude de quem sabe que, aconteça o que acontecer, a presença no Jamor estava garantida, sendo uma mera questão de tempo. À atitude expectante do rival o Sporting respondeu com um dos mais consistentes jogos da época, conquistando na força e inconformismo do magnifico pontapé de Bruno Fernandes o direito a disputar o segundo mais importante troféu nacional. Uma miragem produto de um delírio optimista se visto do atribulado momento de onde partiu no início da época.

Chegar à final é uma coisa, ganhá-la é outra bem diferente. Ainda por cima com um oponente a precisar de se justificar internamente perante a sensação de terem oferecido numa bandeja o campeonato ao adversário. Em estratégia que ganha não se mexe, parece ser agora o lema de Keizer. A receita que havia ditado a conquista da Taça da Liga seria novamente assumida sem qualquer pejo, reconhecendo o melhor e maior número de argumentos à equipa de Sérgio Conceição. E foi mesmo até ao fim, como dizia a frase motivadora assumida pelo clube.

Quando Luiz Phellype parte para aquele que foi o último penalty levava nos seus ombros e na ponta das botas a vontade inquebrantável dos seus adeptos que, mais uma vez enchiam o Jamor. A redenção de um dos momentos mais severos e implacáveis para o seu orgulho que lhes havia sido imposto um ano antes estava ali, contido no peito e nas gargantas, à espera de soltar num rugido que ecoará nas histórias das finais daquela arena.

A história desta época futebolística do Sporting é uma história de inconformismo, é um capitulo de sobrevivência de um grande clube, que se recusa a aceitar a desgraça dos vaticínios sinistros a querer adivinhar-lhe o fim que infelizmente ecoa muitas mais estridente de dentro para fora. As duas taças conquistadas, em particular esta última, são uma vitória sobre os adversários melhor habilitados e apetrechados e também, algumas vezes, contra uma parte de si mesmo.

São dois bilhetes que permitem agora à administração em funções de valer os argumentos exibidos por altura das eleições, que dão novas oportunidades ao treinador para a construção de um plantel à imagem das suas ideias e convicções, mas cuja validade expirará em desaires comprometedores como os registados com os Tondelas desta Liga NOS, a quem logrou apenas conquistar um mero ponto para o seu pecúlio. E os treze pontos de distância para o campeão em título denunciam que neste defeso tem ainda uma longa distância a percorrer para poder partir ao seu lado momento em que soar o tiro de partida para a Liga NOS 19/20.

Artigo escrito para o site Fairplay