segunda-feira, 3 de julho de 2023

Apresentação foi um lugar estranho


Longe vão os tempos em que ao dia de apresentação dos jogadores ao primeiro dia de trabalho correspondia um corrupio de jornalistas e adeptos curiosos junto à mítica porta 10A, com o intuito de ver os craques e, em especial, as aquisições. O contraste não podia ser maior com o sucedido este ano.
A novela Viktor Gyokeres continua em alta, de forma fastidiosa, sem avanços nem recuos significativos. Às parangonas nos jornais não correspondem qualquer desenvolvimento nas páginas interiores. O que leva a crer que os títulos não passam de caça-níqueis e que as negociações, a haver, seguem no segredo dos deuses.

O mesmo é crível que esteja a suceder com os demais objectivos por todos identificados e que têm que ser pelo menos um “6” e um “2”. Provavelmente as decisões serão tomadas a partir da aquisição do que será inevitavelmente o “produto” mais caro: o “9”. Haverá por certo um plafond e esse bolo terá que ser fatiado com rigor para que a distribuição alcance todas as necessidades. 

Sobre o "9" sueco o que me parece é que o Sporting escolheu um mercado caro e com muita visibilidade, acrescido do facto de a origem do jogador lhe proporcionar por si só um palco sobre o qual estão os olhares de clubes com carteiras bem mais recheadas que a nossa. Acresce a esse possível problema um outro: a criação de um perfil sebastiânico, à semelhança do sucedido com Paulinho, o que está longe de ser salutar. Vamos ver como tudo termina e quanto fica a factura final.

É também estranho que, com necessidades à tanto identificadas, não haja sequer uma aquisição para adoçar o bico aos adeptos, havendo, ao que parece alguma liquidez por via das vendas de Porro, Ugarte e até de Rafael Leão. É verdade que  o mercado está um bocado PIFio, por força dos petrodólares que o fundo saudita pôs a jorrar, mas isso são mais uns quatro ou cinco andares acima do piso que habitualmente frequentamos no mercado.

Esta situação obviamente que tem que ser transitória. À saída para o Algarve deseja-se  e muito que aqueles que serão os 18 / 20 jogadores que constituirão os elos da coluna vertebral da equipa estejam já presentes no autocarro. Pelo menos a sua maioria, isto sabendo como sabemos que até o mercado fechar há sempre a possibilidade de uma qualquer cláusula possa ser exercida.

Mas de facto a nota dominante da apresentação ao trabalho é precisamente não haver notas dominantes. Nem o penso no joelho St. Just pode ser considerado propriamente uma noticia. Isso seria se ele não tivesse nada, não é?

sábado, 1 de julho de 2023

117 anos que nos enchem de orgulho


Todas as histórias com mais de um século têm períodos brilhantes a alternar com momentos que preferíamos não ter vivido ou  recordar. Mas a forma como nos levantamos e seguimos em frente quando esses momentos sucedem diz mais de nós do que as vezes que caímos. Os momentos gloriosos conquistados ao longo destes 117 anos ofuscam completamente esses períodos.

Ser do Sporting não se explica, sente-se. Mas se me pedissem para definir um aspecto  que definisse a  nossa identidade e nos permita distinguir dos nossos rivais, com quem disputamos ombro a ombro todas as conquistas, esse seria precisamente o nosso dia de aniversário. 

O dia um Julho de 1906 é incontestavelmente o dia da nossa fundação. Não pretendemos ser mais nem mais nem menos do que aquilo que somos e não nos faltam motivos para nos orgulhar disso mesmo.

Ser do Sporting é do... isso mesmo: do melhor que há.