terça-feira, 29 de setembro de 2020

Que conclusôes a retirar da AG?


Três factos sobressaem dos resultados da AG:

1- Um número inusitado de sócios para um evento deste género - a aprovação de contas do clube - que redundou numa não menos inusitada percentagem a rejeitar os documentos postos à apreciação. Ficou claro para todos que o resultado se saldou por uma clara moção de censura apresentada aos actuais órgãos sociais. As razões serão as mais variadas: desde os que desde a primeira hora nunca aceitaram os resultados das eleições de Setembro de 2018 e que os resultados desportivos foram fazendo soprar vento nas respectivas velas. Seguramente que esse número cresceu depois do desastre que foi a época passada, especialmente pela sensação de desgoverno que a instabilidade e decisões infelizes na construção do plantel geraram. Cabe aos órgãos sociais aceitar os resultados com a mesma humildade democrática com que aceitaram vitórias anteriores e deles retirar as devidas ilações.

2 - As agressões acabam por merecer destaque pela imagem negativa que o foco dado pela comunicação social projectou. Infelizmente ninguém que tenha estado presente em reuniões anteriores terá ficado surpreendido com o sucedido. Cada vez mais as AG's parecem capturadas pelos que gritam mais alto e proferem os piores insultos. E, como diz a lei de Gresham, "a má moeda tende a expulsar do mercado a boa moeda". pelo que qualquer dia a reunião magna dos sócios do Sporting assemelhar-se-á a um ringue de MMA, onde tudo vale. Quando muitos sócios exigiam ser ouvidos para se pronunciar sobre o estado na nação este é o elefante no meio da sala: até onde estão os Sportinguistas disposto a ir para mudar esta lamentável situação?

Não deixa de ser digno de reflexão: com estes resultados voltaram a não haver teorias da conspiração. Não houve "excursões de velhos", "churrasquinhos" nem "códigos de barras" nos boletins de voto. E até nem foram necessários delegados para se validar o resultado final, uma das muitas ideias bizarras (estou a ser simpático...) projectadas na antecâmara da reunião. Rico em muitas teorias de conspiração e inversamente proporcional em títulos no futebol, o grande agregador de paixão em torno do clube, certamente que o Sporting seria um lugar muito mais saudável se as regras da democracia fossem um valor soberano aceite por todos e não apenas ao sabor das conveniências.

7 comentários:

  1. O caso de agressão não foi na AG, foi no exterior. É importante que o agitador em questão seja um boçal e conhecido apoiante do Varandas, ou pelo menos anti-BdC. Porque se fosse o oposto, caía o Carmo e a Trindade. Imagino o que aqui se diria.

    Depois enviar um abraço, compreendo que o resultado da AG seja uma desilusão. Força aí. Ainda há espaço no mandato do autista Varandas para acontecer pior. Fica é difícil fazer as cambalhotas que a malta do costume tem feito. Começa-se a notar.

    Quanto a democracia, recordo também que o melhor presidente dos ultimos anos a passar pelo clube não concluiu o mandato, com acusações entretanto provadas falsas, amplificadas pela comunicação social à qual o autor dá tanta importância...

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  2. É importante notar que os outros envolvidos vinham a sair da catequese e tinham asas brancas.

    Quanto à democracia foras 2/3 e as razões foram bem claras para todos e nunca provadas falsas isto apesar das cambalhotas que a malta do costume tem feito...

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  3. "Rico em muitas teorias de conspiração e inversamente proporcional em títulos no futebol, o grande agregador de paixão em torno do clube, certamente que o Sporting seria um lugar muito mais saudável se as regras da democracia fossem um valor soberano aceite por todos e não apenas ao sabor das conveniências."

    Tudo dito. Parabéns.

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  4. Muito Bem Dito!!!
    Gabo a sua capacidade em ainda conseguir postar ideias e argumentos de forma tão clara. Também por isso, terá aqui na caixa de comentários, algum "hater" a proferir acusações e até insultos.
    Quanto a este último ponto, é curioso que o argumento que mais vi por aí, era que o agredido usava de uma linguagem excessiva nas suas criticas nas redes sociais.
    Por esta ordem de ideias, qual seria a sentença para quem desde Setembro de 2018 tem insultado constantemente?

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    1. J.,

      O "agredido" não usava apenas linguagem excessiva. Ele insultava tanto ao vivo como nas redes sociais e chegou a ser expulso duma AG por causa disso, bem como tentou agredir uma pessoa com 80 e tal anos.

      No dia em foi agredido, ele simplesmente meteu-se com pessoas que lhe deram troco. Reprovo agressões, mas não consigo ter pena de quem provoca, ao estilo de Pedro Guerra.

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  5. I-Voting rapidamente. O Sporting não pode ficar prisioneiro de 2000 e poucos que foram à Assembleia com um único propósito : a demissão de Varandas. Até mum patusco de um blog comparou o General Sem Medo a essa turba. A maioria dos sócios terá de agarrar o Sporting, SER MAIS INTERVENTIVA. Senão será o fim do clube como o conhecemos.
    SL

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  6. Bom dia,

    O Churrasquinho existiu e nem vale a pena tentar dizer o contrário.
    A existência, absurda, de códigos de barras é completamente anti-democrática e inaceitável.

    Votei contra o orçamento e contas pelo péssimo orçamento e contas e, também, como protesto pela total incompetência desta direção. Muita gente fez o mesmo, não me parece nada de anormal em democracia. O António Guterres que o diga.

    O Franco é um atrasado mental mas não tinha nada que ter sido agredido, mesmo tendo agredido anteriormente. Olho por olho não funciona.

    Relativamente à captura da AG por quem grita mais alto e é violento, se calhar é melhor perguntar ao Ramin Ahmad como é que isso se faz.

    Manter os valores da Democracia exige das pessoas que gerem o clube a capacidade de ouvir os sócios, se evitarmos beijinhos para os sócios, ler as actas anteriores (como mandam os estatutos) e outras indignidades já é um passo no caminho certo para uma melhor democracia.

    Isso e mudar as regras dos números de votos por anos de associativismo.

    SL

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