quarta-feira, 22 de outubro de 2008

FALTA POUCO PARA SABER

Por ironia do destino quis a sorte que os 2 melhores clubes dos últimos 3 anos em Portugal medissem forças com as 2 equipas mais representativas da Ucrânia. O 1º dos 4 embates foi ontem, com o resultado que se conhece. Sendo a Ucrânia um dos nossos adversários directos na disputa dos melhores lugares do Ranking da Uefa, os efeitos dos resultados alcançados nestes 4 jogos estender-se-ão muito para lá da possibilidade de termos ou não clubes portugueses na fase seguinte da presente edição da Champions League.

Hoje em Donetsk o Sporting decidirá uma percentagem muito grande do seu destino nesta edição Champions League. Quando se analisa o adversário de logo, percebe-se que só com um infundado optimismo ou até uma irresponsável superficialidade na análise se poderá afirmar que os 2 jogos com os ucranianos são para ganhar de caras. Quem o faz não viu o jogo com os catalães. Pois, e nós não temos nenhum Messi.

Objectivamente se constata que em Donetsk há muito dinheiro para gastar. Por isso o seu técnico é reputado e com curriculum consagrado por conquistas de campeonatos nacionais – é tri-campeão com o Shaktar – e internacionais, onde ostenta uma invejável Supertaça Europeia, conquistada no improvável Galatasaray, ante o Real Madrid. É esse desafogo financeiro que lhe permite contratar excelentes sul-americanos, na sua maioria brasileiros. Consegue estender o seu campo de recrutamento aos seus vizinhos eslavos. Juntando a isto tudo, tem uma falange de apoio entusiástica, como logo a equipa do Sporting irá constatar mal saia para aquecimento.

Dito isto, fica claro que não é tarefa fácil a que espera a equipa do Sporting. É necessário, para que a viagem à Ucrânia não seja torne numa viagem tipo peixe-espada - chata, comprida e negra – que haja grande acerto nas opções tácticas, jogando forte nas opções seguramente comprovadas e abdicando de aventureirismos tácticos, semelhantes ao que se viu contra o FCP. É também necessário que os jogadores se entreguem abnegadamente ao colectivo e sejam solidários. Que a equipa tenha a humildade de saber sofrer, sem tiques masoquistas. E que saiba responder sem tendências sádicas estéreis, preferindo o instinto matador. Uma equipa como Shaktar, que em casa tem que procurar a vitória, terá que, ao puxar a manta para a frente, destapar um bocado a cabeça. São estes os jogos que os jogadores gostam. E estas oportunidades são águas que não passam 2 vezes por debaixo da mesma ponte.

O jogo de logo à noite dir-nos-á muito do que é realmente este Sporting 2007-08. Falta pouco para o sabermos.

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