A história far-se-ia sempre. Ao alcançar a vitória que proporciona um momento inédito na história do clube, a equipa inaugurou um capítulo diferente. Um capítulo onde escolheu a função que nele quis desempenhar, sem ficar à espera dos papeis sobrantes ou das vagas de ocasião. Ontem a equipa soube ler e perceber a importância do momento e escreveu-o de forma ainda mais eficaz.
Independentemente do ranking circunstancial que as equipas possam ocupar, era para mim incontestável que os meios humanos à disposição de Lucescu tornariam os jogos com o campeão ucraniano uma tarefa árdua e difícil para o Sporting. Quantos dos jogadores do Shaktar não seriam titulares indiscutíveis no Sporting? As 2 vitórias alcançadas nos 2 jogos são por isso um feito assinalável e cujo mérito deve ser atribuído por inteiro antes de mais a Paulo Bento. A forma coerente com os seus princípios de jogo com que tem orientado a equipa começa a dar os seus frutos, um bocado contra a corrente generalizada de opinião e deste escriba em particular. Pelo que vi e li ainda não há a magia das exibições mas há um novo patamar alcançado, de onde se pode ver um clube com mais exposição internacional até Fevereiro. E, por inerência, com quase meio orçamento anual para a equipa de futebol já garantido. E como tenho dito, se a equipa e Paulo Bento podem ser criticados quando não jogam bem nem ganham, seria quase esquizofrénico zurzir-lhes por ganharem e seguirem em frente. Nem que o façam à pazada…
Obviamente que os jogadores não podem ser esquecidos. São sempre os protagonistas e desta vez o papel principal foi o da equipa. Parece que ontem todos devem ter sentido que o pontapé certeiro de Derlei foi de todos um pouco.
De fora do mérito não pode ficar a Administração da S.A.D., a escora de Paulo Bento em todos os momentos. Mesmo assim não isenta de críticas pela forma como tem gerido a comunicação interna e a intervenção mediática. Com todos os seus defeitos e virtudes, Paulo Bento e Filipe Soares Franco têm sido os únicos a aparecer em todos os momentos. Justiça seja feita a Ribeiro Telles e Barbosa que, quando ganham – sim, porque a vitória também é deles – não se põem em bico de pés. Ontem “ninguém os viu”. Mas, em termos mediáticos, para o interior e exterior, Bento e Franco não devem os únicos pontos de apoio de uma trave difícil de carregar.
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