terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

As noticias da nossa morte parecem-me exageradas...

A derrota algo inesperada com o Braga empurrou ainda mais para o centro da discussão a continuidade de Paulo Bento e antecipou o balanço da época. Parece-me prematuro e inoportuno. Apesar da profunda decepção que os resultados medíocres deste ano me têm provocado, e que está bem espelhada aqui em vários posts, não me parecem profícuas as reflexões sob estados de alma, sejam eles depressivos ou eufóricos. Não que o merecêssemos, mas tivéssemos nós empatado, coisa perfeitamente possível sem a validação do 3º golo, e hoje muitos dos juízos que se fazem seriam de teor diferente.

A nossa situação na classificação é periclitante e frustrante, mas está longe de ser definitiva. Muita da nossa sorte jogar-se-á nos próximos jogos e as vitórias, que estão ao nosso alcance, inverterão o estado de espírito da prostração para o entusiasmo. E mesmo que estas não aconteçam na totalidade, como todos desejamos profundamente, podemos continuar em posição de lutar pelo campeonato até ao fim.

Paulo Bento não é homem de desculpas, bem o sabemos, não lhas proporcionemos nós. Não está na hora de balanços ou de substituições, de hesitações ou dúvidas. No meio da batalha não se substituem os generais. E até ao fim do mês estamos no meio de uma batalha que decidirá a nossa sorte nesta guerra. Está na hora sermos exigentes. De lhe exigir que ponha a render a equipa que construiu como o clube pôde e ele quis.

É nas horas difíceis que se conhecem os homens e os verdadeiros líderes. É uma hora difícil para todos, saibamos lutar, cada qual com as suas armas, mas lutemos juntos. Não é hora de desagregar. É com Paulo Bento que estamos e vai ser com ele que vamos ter que dobrar este cabo. Não será seguramente com qualquer messias. Como PB disse uma vez, os que querem ir à guerra que se montem nas suas costas. Pois se eles são homens para esta guerra, que montem nas nossas costas, que estamos dispostos a lutar, como sempre, até ao fim. Mais que o desespero é necessária, mais do que nunca, a lucidez e a presença de espírito.

Balanços fazem-se no fim. Não necessariamente no fim do campeonato. O rumo até agora tem sido o caminho para lado nenhum: estamos a perder este campeonato com os grandes e pequenos. A inversão é possível, não apenas por uma questão de fé. Esta equipa, mais que bloqueada pelas tácticas próprias ou dos adversários, parece bloqueada pela ansiedade e pela dúvida nas suas próprias capacidades. E como dos fracos não reza a história, está na hora de demonstrar que aqueles que noticiam a nossa morte estão, manifestamente a exagerar.

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