quarta-feira, 8 de abril de 2009

Estado de alma

Não me dói o cotovelo pelo bom resultado e exibição ontem realizado pelos meus vizinhos cá de cima. Até dei comigo a achar injusto quando o Ronney fez aquela assistência fabulosa para Tevez, desequilibrando imerecidamente o resultado. Mesmo sabendo que muitos adeptos azuis festejariam esse golo, caso fossemos nós os adversários do Manchester.

Mas dói-me a alma (sim, ainda não passou) pelo desperdício que foi este ano a nossa campanha internacional. É o que dá quando baixamos a exigência de sermos melhores, contentando-nos com objectivos secundários. O apuramento para os oitavos-de-final devia ter sido visto apenas como um patamar e não encarado como um fim em si mesmo. Hoje os elogios merecidos ao Fcp misturam-se com os exageros. A diferença entre eles e nós não está espelhada nas diferenças entre o resultado de ontem e nosso de Munique. Eles ontem foram bons, mas nós não somos tão maus. Eu acredito que somos muito melhores. A diferença está na atitude e essa faz toda a diferença, como vemos.

De humilhação em humilhação - Madrid, Barcelona; Munique -, em poucos meses andamos muitos anos para trás, quando esperávamos afirmação. Para apagarmos a má imagem deixada temos uma razão acrescida para nos apurarmos para a pré-eliminatória da Champions League. Porque, como em muitas coisas na vida, a última memória é a que conta.

P.S.- Não sou muito dado a revistas do coração. Mas, no resturante onde habitualmente almoço, elas abundam e hoje numa delas, vinha, pela enésima vez, um artigo sobre Djaló, pela voz da sua talvez ex-companheira. Nem comentaria o assunto se nela não viessem aludidos assuntos ligados directamente ao Sporting, neste caso de um profissional seu. Ali estão, mais uma vez, bem evidentes as razões do eclipse de Djaló. Copos e futebol profissional pode ser bom para empresários, presidentes, directores, mas para jogadores não. E não deve ser fácil ser mulher de futebolista. Pelo menos a oficial...

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