sábado, 2 de maio de 2009

Acabou a ilusão?

Quem pensou que os estudantes se iam apresentar desgastados devido à época festiva que se vive na cidade de Coimbra, enganou-se redondamente. Eu até pensei que a tradicional queima das fitas já tinha ocorrido há cerca de quinze dias, quando a benquerença azul de um Olarápio deu o pontapé de saída para que na segunda parte os estudantes estendessem as batinas para os da casa mãe passarem.

Assistimos a uma primeira parte equilibrada, sem oportunidades de golo, com um certo domínio da Académica. Não significa isso que os “estudantes” fossem superiores ao Sporting, mas atacaram um pouco mais e controlaram de certa forma o nosso meio campo. Faltava um rasgo de génio e alguma criatividade ao futebol do Sporting. Algo que fizesse a diferença e que desse mais dinamismo ao meio campo leonino.

Paulo Bento lançou Izmailov, que substituiu Adrien Silva. Veloso passou a ocupar o vértice mais recuado do losango e Izma, que ainda não está no seu melhor a nível físico, regressou para dar mais mobilidade e criatividade ao nosso futebol, o que não veio a acontecer.

O Sporting apresentou-se com outra atitude, sobretudo mais agressivo e a bola passou a rondar mais a área dos estudantes. Criatividade nem vê-la, porque perante a combatividade dos estudantes o que se pedia era reacção, agressividade e velocidade, a ver se a estudantada entrava na ordem. A certa altura tive a sensação que a Académica jogava com um elemento a mais e não se tratava de nenhum Paixão ou Olarápio, como tantas vezes acontece aos nossos adversários.

Yannick apareceu para trazer essa velocidade e agressividade, substituindo Pereirinha, hoje muito desacertado no passe, como de resto, os seus companheiros de meio campo. Aos 72 Derlei permitiu uma defesa soberba ao guardião da casa. Como se pedia mais agressividade, velocidade e já agora, profundidade ao futebol leonino, Paulo Bento trocou Caneira por Ronny, mas o tempo foi passando e as dificuldades não havia forma de amainarem. Vocês estão a ler-me e a pensar: nessa altura o que se pedia era um golo. Mas o golo não apareceu e o sonho não passa de uma mera ilusão.

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