quarta-feira, 29 de julho de 2009

Combater a pandemia com Twente a zero

Combater a pandemia
O que devia ser apenas um jogo difícil, como são hoje todos os jogos, ganhou os contornos de um jogo dramático. Mesmo os mais optimistas estão pouco seguros do Sporting que entrará logo em campo. Face ao observado na pré-época, - diria até face ao que se vem observando há algum tempo – será o sobressalto a marcar os 90 minutos de jogo. É nesse contexto de pouca confiança no que a equipa é capaz que os Sportinguistas presenciarão o jogo. Porque, independentemente da marcha do marcador ou do cronómetro, o pior parece ser sempre possível acontecer, mesmo até quando tudo parece controlado. É pois um jogo para corações fortes, a pôr à prova os nervos verde-e -brancos. O adversário complica as coisas: é suficientemente forte para nos ganhar e a nossa vitória nem poderá ser considerada um grande feito.

Ao contrário do que possam pensar, o parágrafo anterior não é a apologia da abstenção ou ausência ao jogo. Joga-se muito da época que agora começa nestas pré-eliminatórias de acesso à fase de grupos. E este primeiro jogo, não sendo o garante do sucesso ou do fracasso do que a seguir virá, precisa de ser ganho para anular ou atenuar a dúvida que se sente instalada no balneário de Alvalade e que extravasou de forma pandémica aos adeptos. É importante que logo haja uma moldura humana confortável na hora da equipa entrar em campo, de forma a que os jogadores sintam que não seremos nós, os adeptos, os primeiros a deitar a toalha ao chão. E o bom trabalho que Bettencourt tem feito apelando ao regressso dos Sportinguistas ao Sporting não valerá de nada sem vitórias.

É por isso que daqui a poucas horas iniciarei o caminho de Alvalade, juntamente com dezenas de Sportinguistas que sairão do Porto, mais uma vez em direcção a Lisboa. Quem lê este blogue conhece as minhas convicções sobre o momento do futebol do Sporting e a pouca esperança que tenho na época em curso. Não porque esteja assustado com a carrada de contratações dos nossos adversários, mas porque vejo eternizar sem solução os nossos problemas. Mas este divórcio emocional com a equipa não é suficientemente forte para me afastar um milímetro da paixão que é o meu clube, o Sporting Clube de Portugal! E sendo um momento que considero importante, e sendo-me possível estar presente, respondo à chamada. É completamente irracional, bem sei, mas a paixão tem argumentos que a razão nunca enxergará. Qualquer Sportinguista percebe do que estou a falar.

Twente a zero
O adversário lembra-me a minha definição favorita de jogador, é um falso lento. Ninguém dá nada por ele mas ficou classificado à frente dos favoritos da Holanda, é um clube que tem pausadamente vindo a crescer e procura a sua primeira presença na Champions.O perigo aumenta quando olho para o treinador deles, nosso cliente habitual, e me recordo que se o Jesualdo aprendeu finalmente como vencer o Sporting este também é capaz disso, pior tem uma equipa experiente onde há vários jogadores na casa dos trinta que vêem este jogo como a sua última oportunidade para disputar a Champions.

A minha receita para passar esta eliminatória é simples, não sofrer golos, é isso que espero, uma equipa montada de tal maneira que seja invulnerável ao contra-ataque e que deixe o sangue na guelra Holandesa gastar-se até desferir o golpe de misericórdia.

Novidades, novidades é para o lado do Colombo, anda por lá um novo salvador fartinho de receber prendas do príncipe, força Jesus, pede mais quatro ou cinco reforços, se te responderem que já só se vê um abismo, diz, é avançar, é avançar, ninguém pára ooohhhhhhhhh !Eu por mim já só queria em Alvalade uma estrelinha, uma qualquer, desde que seja daquelas que não deixa as eliminatórias irem a penalty’s...

P.S.- este é um post conjunto do LdA e do LMGM, sem autorização do segundo, apesar de solicitada. É que a segunda parte, da autoria do LMGM seria uma pena ficar apenas numa caixa de comentários ou no rascunho do blogue, não acham?

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