quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Ponto final, parágrafo, mudar para a 2ª linha

Cordeiros e leões
Fomos eliminados, ponto final na Champions League. Parágrafo, mudar 2ª linha europeia. É verdade que a eliminatória se começou a perder em Lisboa. No apito de Kassai. Na loucura de Vukcevic. Nos ofertas defensivas. O acerto da 1ª parte de ontem perdeu-se no imobilismo táctico perante as mudanças Viola. Fomos avisados em Lisboa do génio de Jovetic. Fomos avisados ontem, na 1ª vez que tocou na bola. À 2ª não perdoou. Havia 2 formas de mudar: ou mudando o posicionamento dos jogadores ou fazendo substituições, sabendo que o primeiro terço dos 45 minutos finais seriam decisivos. O recuo de Veloso foi insuficiente, uma vez que o espaço que muito bem ocupou na 1ª metade, ficou transformado numa auto-estrada italiana. Preferimos esperar como cordeiros, em vez de, a ter que morrer, morrer como leões. A entrada de Tonel consumou a capitulação do nosso futebol, viabilizando o caldo de cultura onde o futebol dos italianos medra e vence.

Mais uns treininhos
Estamos quase lá. Com mais uns treininhos a coisa vai lá. Após a 1ª dezena estamos em pé de igualdade, na quantidade pelo menos, com o que se faz onde o futebol jogado é referência. É pena é que a preparação seja efectuada em competição. Saleiro saiu da proveta dos treinos para o campo sem um único minuto jogado. Tonel não tem 2 jogos nas pernas como defesa e jogou a ponta-de-lança e, no banco, depauperado pelas lesões, a situação era semelhante. É justo avaliar um jogador, o seu valor ou a sua forma circunstancial, quando obrigado a competir com adversários de preparação muito mais adiantada? Imaturidade porque se joga com a formação ou porque não se potencia o seu valor? Jovetic tem 19 anos…

O Liedson nacional não é bom
Não deve ser por acaso que Liedson está na forma que está. Não aceito o argumento selecção até porque ele seria o primeiro a querer justificar a chamada. Mas falando nisso afirmo-o já: a sua chamada não é boa para o Sporting, não é boa para o próprio e não é boa para a Selecção sobretudo para o seu futuro. Os critérios de representação da selecção nacional deveriam ser mais apertados, mas aberta a caixa de Pandora arriscamo-nos a ver a equipa e todos nós como a dos 6 milhões: um escaparate de nacionalidades.

Coragem, qual coragem?
Não posso exibir qualquer satisfação pelo sucedido ontem em Florença. Logo porque fomos eliminados. Não aceito o argumento que jogamos bem, porque o futebol são 90 minutos. Salienta-se a aplicação dos jogadores, quando essa é a sua obrigação. Há Sportinguistas que hoje demonstram regozijo e/ou alívio por não ter que nadar ao lado dos tubarões do futebol, como se não fosse maior o risco perder com os piores. Quando se chega aqui ou nos contentamos com o futebol propofol, de que nos falava ontem o JVL, ou temos coragem para mudar. Não a coragem infantil que não mede as consequências, ou da loucura que ignora o perigo. Falo da coragem do arrojo e da audácia de mudar, do inconformismo perante um destino menor cada vez mais certo. Não é mudar apenas o treinador, este ou aquele dirigente ou jogador, mas esta forma de estar. Partimos derrotados quando temos medo de perder.

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