quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Quem tira os caroços e graínhas aos patrocinios?

Uma das tiradas mais silly da season ainda em curso será de certeza a da apresentadora de televisão, Carolina Patrocínio, que tem uma empregada para lhe tirar os caroços e grainhas. Uma facilidade de que o futebol português não se poderá gabar. Pelo contrário, são até mais habituais os caroços difíceis de engolir, a fruta servida pronta a descascar e as cascas de banana.

Os patrocínios estão agora na ordem do dia. Poderá passar despercebida a muita gente a notícia de hoje do Record, mas a nós não. Até porque versa um problema já aqui abordado a 25 de Julho, através de um alerta lançado pelo nosso leitor João Melo, que dizia então, sobre o mesmo tema:

"O futebol português, por força de ser o reflexo de uma sociedade pouco desenvolvida em termos éticos e morais, não pára de nos surpreender pela negativa: a recente decisão do Concelho de Disciplina da FPF a propósito do jogo do campeonato nacional de Juniores é disso um bom exemplo, de tão baixa e inqualificável que é a consequência da decisão do ponto de vista da composição dos valores em presença.
Todavia, venho aqui alertar para outro fenómeno – que não tenho visto comentado em lado algum - igualmente revelador do que é o futebol em Portugal: o sponsor da Liga, financiador do torneio, imagem de marca do evento, é simultaneamente patrocinador de um dos competidores!!!!!!!
Será que o dito sponsor – que investe à espera do respectivo retorno, legitimamente – tem especial interesse no sucesso da marca da concorrência, ou prefere o triunfo da sua? Parece-me óbvia a resposta… Serão estes interesses compatíveis? Deveria ser permitido? Do ponto de vista dos negócios, da ética e da transparência, não!
No futebol português talvez…
Saudações leoninas"
João Melo

Esta semana é a segunda vez que o tema dos patrocínios agita o meio futebolístico nacional. A mais notória das noticias foi a decisão do Tribunal Europeu a dar razão à queixa apresentada pela Santa Casa da Misericórdia contra a publicidade da BWIN. Uma bomba para 11 clubes da nossa Liga, pois a decisão parece vir inviabilizar o actual patrocínio de uma casa concorrente. Se por um lado compreendo as palavras de Herminio Loureiro, presidente da Liga, por outro não percebo como pode ele esquecer-se da sua condição de deputado na Assembleia da Republica. Ou já não é lá que se fazem as leis?

P.S.: Sabiam que o Sporting tinha direitos sobre Cleiton Xavier, o possível substituto de Kaká? Eu não. Muito menos que os tinha perdido...

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