terça-feira, 9 de novembro de 2010

“Eternal sunshine of the spotless mind”

O futebol do SCP transformou-se num ridículo processo de deja vu de anteriores dejá vu (perdoem-me o franciú)… Um truque que a mente nos prega, sobre a eventual repetição dum acontecimento virtual que é experienciado na realidade… Não sei se será bem a mesma coisa, mas expliquem-me lá, porque é que raio, ainda hoje dei comigo a temer, após a expulsão do Maniche, uma reviravolta épica da equipa adversária? A desejar uma coisa, e a temer o seu oposto… Sonho? Realidade? Acreditem que o pesadelo do 2 -3 passou-me pela mente, logo após ao momento da expulsão. E, claro, como não podia deixar de ser, aconteceu. Here we go again…, ahhh, aquela velhinha e 'leonina' sensação, logo após o primeiro golo vimaranense. A certeza, do consumar da derrota, surgiu apenas poucos segundos depois com o segundo. Estava iniciado o processo… bastava a guardar o seu desfecho. É infalível... Deve ser por isto, que a leitura das caixas de comentários após o jogo de hoje contra o Vitória de Guimarães não pôde deixar se ser, para mim, um exercício terrível e absurdamente onírico…

Explico-me: o filme, cujo título repito neste post, passa-se essencialmente na mente de um gajo quando, por despeito, decide envolver-se num procedimento que permite apagar da memória o seu grande amor, depois deste(a) o ter apagado anteriormente a si da sua memória. É como eu estou capaz de me sentir hoje: despeitado (por este SCP que não respeita nenhuma memória...nem a sua, quanto mais a minha), desesperado e prestes a entrar num processo de apagamento e com isso, eliminar todas as memórias mais amargas.

Mas, descansem, não me serviria de nada. Porque o SCP assemelha-se, cada vez mais, a uma espécie de história de um amor tumultuoso e alienado, que mil vezes repetida, não deixa de acabar (quase) sempre mal. Apesar disso, também entranhadamente belo, com episódios deveras marcantes, com tudo para poder dar certo. Sei que vou-me reencontrar com aquele meu grande amor ao virar da próximo acordar, apaixonar-me irremediavelmente, encher-me de eternas fugazes esperanças, apenas para repetir o novo velho episódio. É já a seguir, num estádio próximo de si, não percam no próximo ‘capítulo’:

“Dark green, almost black”… Digam lá, se não tem toda a pinta para acabar igualmente mal?...

7 comentários:

  1. " O Villas-Boas não servia, era caro, está no Porto e vai ser campeão! O Varela, o Moutinho, o Beto, o Emídio Rafael...
    O Manel Fernandes, o Filipe, o Cadete, o Litos, o Mário Jorge, o Xavier, o Oceano etc... não têm lugar na estrutura do Sporting.

    Já os sportinguistas de coração como o Maniche, o gangster da Armani e o palerma do cabeça de pus andam por lá a mamar e a destruir o clube com uma imaginação cada vez mais poética e os bolsos atulhados de dinheiro que não temos... que cenário dantesco!! "

    Virgílio não é só contigo que se passa alguma coisa de errado. O jogo verdadeiramente surreal que o Sporting fez hoje e que na prática arruinou a sua campanha para o título e para o 2º lugar (sejamos, olhando para o que fazemos, realistas) acabou há meras 5 horas e eu tão pouco tempo depois já consigo achar piada tanto ao teu post como ao último parágrafo do último comentário deixado no post anterior. Achar piada porque claro é sempre engraçado ilustrarmos uma situação trágica de forma verdadeira recorrendo à comédia. "O gangster da Armani e o cabeça de pus" (много се смеје) ... é verdade, não é mentira nenhuma. Ele tem a cabeça de facto branca e o outro veste-se como se estivesse nalgum filme de gangsters passado na Sicília mas filmado em Bucareste com actores negros. Sobre o resto enfim, não sei se o José Eduardo Bettencourt irá amanhã dizer novamente "esta derrota não retira auto-estima à equipa" mas, se eu não sentir vontade nenhuma de me rir continuo com as palavras do José bem presentes:

    "E a nossa auto-estima palhaço, quem é que cuida dela?"

    Palavra de honra que há muito tempo que não lia algo tão, tão sei lá, despertador. Acho que devíamos todos - simpatizantes, adeptos e sócios do Sporting - não sei como, não sei de que forma, devíamos todos acordar e perceber que das duas uma: ou nós somos o Sporting e continuamos a ser um clube que quer ser qualquer coisa grande e portanto vamos fazer por isso ou, demitimo-nos do Sporting e vamos fundar outro clube porque eu não acredito que exista quem se reveja nisto. Desde os mais tolerantes aos mais radicais, certo sendo que o futuro não deve pertencer nem a uns nem a outros, caso a escolha seja a não demissão.
    Não demissão do nosso sportinguismo.

    A pergunta a fazer é uma: quem é o Sporting?
    Nós, ou eles? É que se no nosso adormecimento reconhecemos que o Sporting são eles então não vejo de que forma é que nos podemos continuar a queixar em consciência. Chover no molhado é o que fazem as crianças, bardatrampa com o Bettencourt, os Conselhos Leoninos, as AAS´s, as Juve Leo´s e todo o conjunto de deficientes que de alguma forma fazem parte activa; são parte representada; ou estiveram mais, menos ou assim-assim presentes na vida do clube nos últimos 20 ou 25 anos. Bardamerda com eles todos, porque o Sporting somos nós, não eles.
    Disto tenho eu a certeza.

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  2. A memória que nos trai.

    Lembro-me de jovem viver o Sporting com confiança. Mesmo com o clube longe de títulos, a confiança, a pujança, a força e a garra transbordava dentro e fóra do estádio. Havia uma aura pujante, o Sporting era poderoso, respeitado e aguerrido. Fóra do estádio já se sentia o poder do Leão, ao subir as escadas a energia começava a transbordar, e nas bancadas a força dos adeptos levava tudo à frente. Os jogadores lutavam 90 minutos com o Leão rampante ao peito, com alegria, com garra e uma confiança permanente.

    Os discursos, desde o Presidente ao roupeiro, evocavam sempre o espírito de vitórias. Escolhia-se sempre o melhor para o clube, apostava-se em valores que mostravam qualidade, apostava-se em treinadores com nome, comprava-se vedetas para dignificar o clube, para enaltecer a história e para empolgar os adeptos.

    Não haviam presidentes profissionais. Nem directores desportivos. Aos jogadores exigia-se o suor dentro de campo. Exigia-se o respeito pelo clube dentro e fóra de campo. Ao treinador exigia-se vitórias.

    Os dirigentes, os directores, percebiam de futebol, sabiam como era o futebol português, sabiam lidar com os jogadores e não embarcavam em alianças porque o Sporting era muito Grande.

    Agora somos geridos por uma cambada de coitados, que se sacrificam pelo clube, que têm uma ambição contida, que arranjam desculpas para todas as incompetências e todas as derrotas, que gastam milhões em merda sem problema nenhum, meros erros que acontecem..

    É preciso competência, mais nada. É preciso qualidade. É preciso ambição!

    Não se pode admitir desculpas de fracos, desculpas de incompetentes, desculpas de vaidosos bem renumerados!

    Isto é uma vergonha!

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  3. JEB e afins!

    Sempre vos defendi apesar de não ter votado nesta Direcção, em nome duma estabilidade que o clube precisa.

    Basta!
    Vocês não são o meu Sporting. O Sporting que me habituei a ver ganhar todos os anos titulos nacionais, europeus, mundias e olimpicos e que me levou a transmitir o amor deste clube impar aos meus filhos.

    Sabem o que têm que fazer e rapidamente.

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  4. Deixem de falar mal, afinal o treinador trabalha como ninguem, ninguem está mais triste que os jogadores, o presidente é pago chorudamente assim como costinha e a sua trupe, sendo que o costinha é um dirigente de valor pois ainda vai a assembleias gerais se no contrato tenha algo que o obrigue a isso.
    Tudo está bem e estamos na luta pelo 3º lugar, só espero que o Guimarães não aguente esta pedalada toda a epoca.

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  5. Um dos problemas do Sporting é que:

    - Enquanto jeb continuar a pensar que está a fazer um favor ao Sporting ao ser seu presidente;

    - Enquanto costinha continuar a insistir numa função que nem o próprio deve perceber muito bem qual é;

    - Enquanto Paulo sérgio continuar a insistir que tem capacidade tecnico-tactica para treinar um grande do nosso futebol…

    Continuaremos a caminhar para o abismo!!!


    ATÉ QUANDO?!

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  6. As palavras de Vukcevic ontem dizem tudo: "O Sporting é um grande clube e estas coisas não podem acontecer. Não podem, mas acontecem sempre"

    Isto dá que pensar. Tem que ser um estrangeiro a dar o tom de revolta.

    Nunca defendo a saída de treinadores a meio da época, mas desta vez tenho que abrir uma excepção. Paulo Sergio precisa de sair já, para dar lugar a alguem que venha ajudar a recuperar a equipa e preparar a proxima época.

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  7. MM:

    Percebo a tua indignação e o recurso aos palavrões para a expressar. Tal como compreendo o post do JVL de ontem, por exemplo. Mas, sinceramente, eu já passei essa fase. Agora estou mais naquela fase de aguardar e ver o freak show que se segue... Com toda a naturalidade... Ao fim de algum tempo e depois de tamanha frequência, a malta habitua-se aos espectaculos degradantes que já nem o efeito de repulsa provocam.


    Todos:

    Não me restam forças para 'dedar' seja quem for. Como diz o MM... Bardamerda para a esta bardamerda de sensação que nem apetece lançar tudo e todos, com SAD à cabeça, à bardamerda. Soa-me tudo a um loop chato, inconsequente e repetitivo...

    Bardamerda para o Natal... Pois sim, o Natal! Ora se já nem ao Verão de São Martinho chegamos... Este ano as castanhas assadas e a jeropiga vão saber exactamente à mesma coisa das filhós dos anos em que não chegávamos ao Natal...

    SL

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