segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Paulo Mahatma Sérgio Ghandi

Alberto Zapater sintetizou na perfeição a 1ª volta realizada pelo Sporting neste campeonato: "Aqui tudo muda de um dia para o outro". E como podia não mudar se no registo de 15 jogos é uma linha irregular de sobe desce? Senão repare-se no que foi o percurso da equipa na primeira metade da época: D-V-V-E-D-E-E-V-V-D-V-E-V-V-V. Os Sportinguistas não precisarão tanto de psicoterapia como de uma uma equipa competitiva.

Seria uma verdadeira tortura repetir aqui os argumentos que que aqui invocamos jogo após jogo, para lembrar o que foi então a primeira volta. O registo desses momentos retira qualquer entusiasmo para executar a tarefa. O Jogo diz hoje que, bem vistas as coisas, o Sporting está, tão-só, a fazer no campeonato aquilo que vem fazendo desde 2005, que é entregar o campeonato ante equipas pequenas e nos primeiros jogos de cada temporada. Isso qualquer Sportinguista tem presente, até aqueles que, nos anos em apreço, defenderam  que era impossível fazer melhor. No que foram secundados, é bom que se lembre, pelas artigos de opinião que alguns dos seus jornalistas foram deixando dia após dia. Hoje, com uma pouco mais de distância, parece ser possível perceber melhor aquilo que alguns, poucos, vinham apontando como o resultado inevitável de uma série de opções que desvirtuaram de alto a abaixo o futebol do Sporting. 

É possível ou não inverter aquilo que inevitavelmente já se tornou um padrão no futebol do Sporting? Obviamente que sim. Mas não enquanto tolerar em Alvalade que o jogo com o Braga foi "uma boa exibição da equipa" ou enquanto o Sporting jogar "o que o jogo dá". O Sporting ,ao contrário do que diz o seu treinador, tem mesmo que se armar em fino, não com a conotação sobranceira de mais esta expressão infeliz, mas porque, se quer voltar a ser campeão, tem que impor o seu futebol e não jogar na expectativa das dádivas da fortuna. A ambição começa no discurso e tom "bonzinho", o apelo ao "bright side of life" - "estamos sempre à procura de polémicas e a procurar o lado negativo das coisas" - pode resultar em grupos de auto-ajuda mas dificilmente funcionam no futebol, muito menos sem exibições e resultados.

5 comentários:

  1. Caro Leão de Alvalade, Paulo Sérgio até tenta esconder, mas o seu discurso denota conformismo, até alguma dose de satisfação pelo 3º lugar (nunca antes lá tinha estado). Aliás, os seus pedidos denotam isso mesmo: trincos e avançados para jogar no seu sistema táctico de eleição: oito jogadores de características ofensivas e quatro avançados para receberam os balões do Polga...

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  2. É inacreditável o que se tolera em Alvalade. São os resultados, são as exibições, são as vendas e as compras, são os negócios, são os bancos, são as escolhas, enfim, tudo!
    O que eu acho incrível é como um treinador tão fraco chegou ao Sporting e ninguém questionou o porquê.

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  3. Tó e Nuno:

    Provavelmente PS não é quem tem mais culpa no que vem sucedendo no Sporting é apenas mais um no rol.

    O que me parece é que quem o ouviu no inicio de época e o ouve nos dias de hoje poderá ser levado a pensar que é outra pessoa.

    Preocupa-me acima de tudo que o discurso contagie ainda mais os adeptos. Isso nota-se em particular nas reacções ao jogo com o Braga, quando vejo análises a dizer que o Sporting jogou bem os primeiros 20m.

    Provavelmente fui eu que vi outro jogo...

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  4. Nada auxilia um treinador que não tem capacidade para estar no Sporting. Além de Paulo Sérgio não ser o nome indicado para treinar um clube ambiciona ser campeão ano após ano, toda a estrutura, nomeadamente as pessoas e as competências das ditas, são um entrave.

    Abunda a incompetência no nosso clube.

    WWW.SOCIEDADESPORTING.BLOGSPOT.COM

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  5. "É possível ou não inverter aquilo que inevitavelmente já se tornou um padrão no futebol do Sporting? "

    LdA,

    A minha resposta a esta pergunta também é SIM, mas... só com a extinção do Projecto pós-Roquette/SAD e o desaparecimento total desta geração de "gestores de topo"!

    SL

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