Muito mudou no futebol do Sporting desde Maio passado, aliás, muito mudou no Sporting Clube de Portugal, dirigentes, técnicos, atletas até os adeptos sendo as mesmas pessoas sentem-se renovados. Nesta imensa limpeza de balneário há sempre injustiças a serem feitas e todos os que entram têm sempre um período de graça para desfrutar.
De tudo o que ia acontecendo fui fazendo figas para que a opção do técnico não fosse outra do que Domingos, espero que definitivamente essa tónica esteja presente na mente de quem dirige os destinos do Sporting. A base de uma equipa não é a defesa, o meio campo, nem o ataque mas uma boa equipa técnica. Assim foi feito.
Os últimos jogos têm sido em crescendo mas existiram diferenças que mesmo quando os resultados ainda não apareciam eram notórias. O maior destaque o aproveitamento dos lances de bola parada, desde os lançamentos laterais até aos pontapés de baliza. Explorar a ausência de situação de fora de jogo nos lançamentos laterais, livres batidos de forma diversa mas estudada, aproveitamento dos cantos como situação de finalização. Quando o tempo fugia para dar algo mais de estrutural à equipa foram estas armas que Domingos utilizou.
Os dois últimos jogos foram excepcionais, no primeiro contra a Lazio ofereço todo o mérito da vitória aos jogadores. Não há treinador ou equipa técnica que ensine a Van Wolfswinkel a finalizar lances com aquele instinto, que dê aquela alma a Rinaudo ou dome o feitio de João Pereira. Aquilo que faz parte da sua função é ler as características dos seus jogadores, por outras palavras conhecer os seus super poderes e potenciar essas características em prol da equipa. No fim do jogo Domingos definiu mais uma vez bem aquilo que já aprendeu sobre o seu grupo de trabalho, esta equipa tem coração.
O jogo de Guimarães foi diferente, não foi o talento individual, a coragem ou o coração que venceu aquele jogo, foi o treino. Tudo correu mal em relação ao que tinha sido preparado durante a semana e foi preciso recorrer ao trabalho de sapa. Durante a segunda parte parecia que estávamos perante um treino táctico, o Sporting como à muito não via controlou na verdadeira acepção da palavra o jogo.
A equipa movia-se coesa como um bom aluno a responder consecutivamente a um teste de escolha múltipla. Subir a defesa até ao meio campo nos pontapés de baliza, provocando a recepção da bola longe da nossa área, rapidez de reacção à perda de bola, recuo de linhas, pressão sobre o portador da bola, equilíbrio rápido nas variações de flanco do adversário, manter a bola longe da área. Correr, reagir, descansar. O resultado foi a completa ausência de situações de finalização do adversário, mesmo com Nuno Assis a mostrar todo o seu talento o Sporting já tinha tudo o que podia surpreender estudado.
Parabéns Domingos, parabéns à tua equipa, esta última vitória foi vossa.
Concordo com tudo o que aqui foi escrito, e até me dá arrepios de ler esta blea crónica. Os últimos jogos provam que o Sporting é mais que um clube, é algo que se sente na pele, e felizmente os jogadores começam a sentir isso, ficando até ao fim a agradecer aos adeptos e a lutar pela camisola que vestem, até AO FIM!
ResponderEliminarLMGM,
ResponderEliminarConcordo inteiramente com o post, não temos uma equipa consolidada na totalidade do seu jogo mas nota-se dedo do técnico e alma dos jogadores.
A propósito dos lances de bola parada no final do jogo com o Rio Ave perguntávamos entre amigos há quanto tempo não marcávamos 1 golo de canto que fará 2 (Shaars e Oniewu). Dizia um de nós que se mantivéssemos a média anterior só voltaríamos a ver outro golo de canto ou bola parada na próxima época. Pois foi logo com o Zurique.
Concordo também a 100%. Ouvi nas bancadas de guimarães adeptos que queriam que o domingos refrescasse o ataque em vez da entrada de evaldo e carriço. Disse logo que ele estava a fazer bem assim. Foi um milagre a entrada do Evaldo não ter custado a derrota ao Sporting com aquela entrada a pés juntos, que se aprende a não fazer nos escalões dos iniciados. Mas desta pequena "sorte" também se fazem os grandes treinadores.
ResponderEliminarPosto isto, acho que o Sporting tem de reforçar a defesa em Janeiro. Aliás, Domingos já deve ter pensado nisso, de certeza. Se Arias e Turan não contam, alguém tem de estar lá para entrar. Evaldo não pode ser esse jogador, já se percebeu, e João Pereira tem de ter um suplente. No meio, Rodriguez e Oguchi são jogadores com lesões frequentes, não sei se não será necessário também equilibrar aí.
Na minha opinião falta-nos limar algumas arestas. Para mim que sou leigo na matérias o que mais me aflige no jogo do Sporting é quando o meio campo pressiona (sobe) e a defesa por vezes não acompanha essa pressão, deixando algum espaço, o chamado espaço entre linhas, e que é algumas vezes aproveitado...
ResponderEliminarQuando isso estiver corrigido, estaremos ainda mais fortes para nos bater com quem vier.
Domingos além de ser uma upgrade técnico em relação ao passado recente, é tb forte na comunicação. Pragmático. Sintético. Lúcido.
Tal como o nosso treinador referiu, neste momento, nada de euforias.
Eu sei que é difícil... mas temos de manter a onda controlada.
Da mesma maneira que não éramos os piores há umas semanas, agora estamos, ainda assim, longe de ser os melhores...
Houve uma descompressão dos jogadores, e hoje a confiança com que trocam a bola, sobem no terreno, não tem paralelo nos últimos tempos. Mas o campeonato é longo e cheio de armadilhas e por isso há que estar preparado para tal.
Não me canso de o dizer e escrever... HÁ MUITO TEMPO QUE ALVALADE NÃO ENTRAVA EM EBULIÇÃO COMO NO JOGO COM A LÁZIO, SOBRETUDO OS ÚLTIMOS MINUTOS FORAM DE UM APOIO E COMUNHÃO COMO HÁ MUITO NÃO SE VIA.
SL
saint
Caro LMGM,
ResponderEliminarNão deixando de concordar com o texto e com a sua pertinência, confesso que não entendi o título do mesmo. A primeira época, será isso? Ainda a procissão vai no adro ...
SL,
MTP
MTP, a primeira vitória a que atribuo o mérito ao trabalho da equipa técnica de Domingos.
ResponderEliminarNo ano passado, a primeira vitória em que atribui mérito a Villas-Boas foi na Turquia (também com a equipa em inferioridade numérica por coincidência).
Há momentos assim, de um jogador, de uma equipa, dos técnicos e também do público, esta última ainda não chegou, mas vai chegar! Um jogo a correr mal, com desvantagem e que as bancadas vão pegar na equipa ao colo e "obrigar" os seus homens a vencer.
Pedro S, não gosto muito de jogadores polivalentes como titulares, mas como complemento de plantel são muito importantes, parece que é isso que estão a explorar em Pereirinha e André Santos, p.ex., vamos ver como e onde estamos em Janeiro.
P.S.- Elias só servir para consumo interno é um mal que veio por bem.