domingo, 11 de dezembro de 2011

Goosh dá e Patrício Segura

Quem anda à chuva... molha o bico e amealha 3 pontos.


SPORTING, 1 VS NACIONAL, O

Podemos começar pelo que de mais positivo resultou neste sábado invernoso, que constituiu uma verdadeira jornada de sportinguismo com epicentro nas bancadas do Estádio José de Alvalade, já que contou com a presença de muitos sportinguistas dos núcleos entre os quarenta mil ‘ferozes’ e ruidosos leões: no futebol, para além dos três pontos que permite ao Sporting continuar colado com a liderança, tivemos lá longe, na Polónia, as nossas crias a brilhar, confirmando a excelência da nossa Academia. Ainda na formação, seguiu-se o primeiro confronto com os nossos ancestrais rivais. Os Juniores, comandados por Sá Pinto, obtiveram uma saborosa vitória em mais um derby quentinho, dentro e fora do relvado. Também aqui, muitos dos espectadores do jogo, que teve lugar na nossa Academia, representavam os núcleos do SCP espalhados pelo País. O segundo derby, no Futsal, saldou-se por empate a uma bola, alcançado no reduto do ‘inimigo’ e que, por diversas vezes, esteve para ser desfeito nos últimos momentos do jogo. Marcão, e o poste impediram-no. E um pouquinho mais de sorte. O dia corria a gosto e estava tudo bem encaminhado para acabar em festa…


Voltando ao epicentro… Em jogo dedicado aos núcleos caberia ao Nacional visitar Alvalade, mas os madeirenses não se apresentaram com grande espírito de colaboração. O Jogo foi partido, com duas partes muito distintas. A primeira dominada pelo Sporting, a segunda… nem por isso.

O jogo começou trapalhão, nervoso, com muitas perdas de bola de parte a parte até que Carrillo e Capel começaram a inventar jogadas perigosas pelas alas. A primeira grande oportunidade surgiria ao quarto de hora, com o espanhol a descobrir Ricky desmarcado dentro da área. O jovem lobo holandês não foi, porém, suficientemente lesto a desviar de cabeça, permitindo a defesa de Marcelo Valverde. Entretanto já o (pequeno) mestre André começava a dar nas vistas e se posicionalmente não ‘fazia’ de Schaars, função mais a cargo de Elias, substituía o internacional da selecção das tulipas na marcação das bolas paradas. E foi precisamente numa dessas bolas, perfumadamente batida por André Marques, que surgiria o único golo da partida. Falta cobrada pelo 28 e após desvio de Ínsua ao primeiro poste, Oguchy antecipar-se-ía ao guardião do nacional no segundo, chegando ao 10º andar para desviar a bola de cabeça para dentro da baliza nacionalista. Estavam decorridos 21 minutos e o ambiente tornou-se ainda mais fervoroso. Até ao fim dos primeiros 45 minutos, o SCP fez o suficiente para se sentir como justa a vantagem com que se chegaria ao intervalo, até porque o Nacional apenas assustou num lance fortuito mas que quase atraiçoava Rui Patrício, quando Mehalic centrou e acertou na barra…

A segunda parte começa igualmente trapalhona, mas desta vez seria a equipa madeirense a ganhar a iniciativa e domínio do encontro. As ameaças nacionalistas foram crescendo de perigo e o risco eminente de empate aumentou. Felizmente, Rondon estava desinspirado. Ao contrário de Patrício que tudo fez para o SCP conservar os três pontos, nomeadamente através de duas enormes defesas por volta dos 75 minutos. È certo que na segunda defesa, o lance seria anulado por fora-de-jogo, mas esse facto não lhe retira o mérito do trabalho realizado. Antes, já Domingos mexera na equipa, mas sem grandes efeitos práticos. O primeiro sacrificado foi o apagado Carrillo (só se lhe viram alguns bons pormenores técnicos embora inconsequentes no inicio do jogo) que saiu substituído por Pereirinha. André Santos e Árias também entraram no jogo, saindo Capel (o melhor no ataque) e André Martins, mas o SCP só voltaria a estar confortável próximo do final do desafio após a expulsão de Stojanovic por duplo cartão amarelo.

A festa chegou com o ultimo apito de Vasco Santos e conjuntamente com um suspiro de alívio.

Entretanto o sábado vai aproximando-se do fim trazendo-nos mais boas notícias: vitória no Hóquei em Patins fora de casa perante um dos principais adversários. Vitória confortável no Ténis de Mesa, também fora. No Andebol, seguimos em frente na Taça.

Para o pessoal dos núcleos, uma boa viagem de regresso a casa. Valeu malta. Vocês são o Sporting!

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Ficha de jogo

Estádio José Alvalade

Assistência: 40.405 espectadores.
10 de Dezembro de 2011

Árbitro: Vasco Santos (Porto)

SPORTING: Rui Patrício; João Pereira, Onyewu, Polga e Insua; Elias, Carriço e André Martins (André Santos, 67 m); Carrillo (Pereirinha, 58 m), Van Wolfswinkel e Capel (Arias, 85 m).

Treinador: Domingos Paciência.

Suplentes não utilizados: Marcelo Boeck, Evaldo, Diego Rubio e Bojinov.

Acção disciplinar: cartão amarelo para André Martins (66 m) e João Pereira (89 m).

Golo: Onyewu (22 m).


NACIONAL: Marcelo; Claudemir, Felipe Lopes, Luís Neto e Stojanovic; Todorovic, Mihelic (Oliver, 71 m), e Diego Barcellos; Candeias (Edgar Costa, 58 m), Rondón e Mateus

Treinador: Pedro Caixinha.

Suplentes não utilizados: Vladan, Tomasevic, Skolnik, João Aurélio e Eliseu.

Acção disciplinar: cartão amarelo para Stojanovic (24 e 78 m), Diego Barcellos (37 m) e Mateus (89 m). Cartão vermelho a Stojanovic (78 m)


7 comentários:

  1. Quem lê este post, pode pensar que não existiu Sporting durante a segunda parte. Assim como o treinador, o analfabruto que não entende conceitos no flash-interview, os comentadores que vêm em tudo o que o Sporting faz uma nulidade, e o que amanhã a pasquinada vai fazer deste jogo.
    Na segunda parte, o Sporting conseguiu isolar um jogador com o guarda-redes, mais que uma vez.
    Por más decisões, podia ter acabado com ou 4 no bucho.
    A expulsão é só mais um argumento, mandá-los foder.

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  2. Concordo com tudo.

    Mas se André Martins marcou bem a bola parada que deu golo, porquê que tivemos de assistir aos péssimos livres e cantos com que Capel nos brindou (sempre em balão, sem força e para a zona do guarda-redes)?

    Gostei da forma como o Carriço mantém a equipa subida com recuperações em zonas altas, colocando a bola, logo, a jogar.

    Sofrimento desnecessário e, geralmente, decidiu-se sempre mal no último terço. Curiosamente o Nacional também pecou aí.
    Ínsua foi o pior. Atacou pouco e concedeu muito, mas mesmo muito espaço, estando muitas vezes mal posicionado.

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  3. Visigordo:

    "Por más decisões, podia ter acabado com ou 4 no bucho."

    Essa é uma das situações por não podemos falar num jogo conseguido do SCP. Valeram os 3 pontos conquistados, uma vez que a qualidade da exibição já teve melhores dias.

    Quanto à expulsão, não há nada a reclamar. São duas faltas perfeitamente passíveis de cartão amarelo. Aliás, relativamente aos comentários ou escritos da CS 'burmelha', há muito que desliguei. O meu cérebro recusa-se a ouvir vozes manhosas e/ou a ler textos desGOBERNados. E com eles receosos e, pior, picados é certo e sabido que o SCP raramente terá mérito nas suas vitórias...

    Cantinho:

    Concordo que o Emiliano Insua esteve francamente mal. Para além de muitas vezes mal colocado, pareceu-me sempre lento e em dificuldades físicas. Mas nem tanto com o Daniel Carriço, de quem ontem não gostei tanto.

    Uma pergunta: o Capel não começou a cobrar as bolas paradas (cantos) somente após a saída do André Martins?

    Ambos:

    Considero que não foi só no último passe que falhamos. Nem apenas na segunda parte, apesar de se ter notado mais durante os segundos 45 minutos. No ultimo terço houve mt frequentemente más opções dos nossos rapazes que impediram outra fluidez ao ataque e de servir os companheiros melhor colocados, por exemplo, desmarcar o Ricky Van Wolfswinkel para este molhar a sopa quando o holandês até ganhou varias vezes a posição aos seus marcadores. E houve tb algum azar: recordo-me de André Martins isolado pela direita com o colega ponta de lança completamente sozinho em frente à baliza a escorregar antes de fazer a assistência, arruinando uma possibilidade de ouro. Resumindo, vi muitas fintinhas desnecessárias (imitação ao Capel?), muitos passes errados, outros inoportunos por tardios ou na escolha dos ‘colegas-alvo’ que constituíram más opções. Por isso mesmo, não se pode dizer que ontem estivemos especialmente inspirados e que realizamos um bom jogo.

    Para além das más opções no ataque existe outro indicador que confirma um certo…’ai Jazus’: na segunda parte quem se evidencia são os nossos centrais e o GR, e isto significará algo...

    SL

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  4. Virgílio,

    Acho que o Capel também cobrou faltas e cantos com o André Martins lá dentro.
    Em relação ao Carriço, falei do que gostei, mas também teve coisas más, com alguns maus passes.

    Acho que decidimos mal no último terço. E, com a equipa subida, ao perder a bola, descompensou-se cá atrás. E isso podia ter sido fatal, tal como ocorreu com o Belenenenses.

    E não consigo perceber porquê que se colocou o Pereirinha, se este era para ir para a esquerda. E ele que entrou bem, mas na direita.

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  5. Virgílio, muito bem lembrado resumires as demais actividades do Sporting e ainda mais este fim-de-semana, com tanto que contar.

    Vi o futsal e fosse qual fosse o resultado agradou-me sobremaneira a forma como o Sporting encarou o encontro, jogando nitidamente para ganhar. Acabar a jogar abdicando do guarda-redes quando a equipa da casa não o fez é elucidativo.

    Quanto ao jogo foi sem dúvida nenhuma difícil e quanto a mim mais por culpa própria do que por mérito do adversário, que também teve algum obviamente.

    Isto porque a equipa me pareceu muito precipitada, em particular na última definição das jogadas, como já foi assinalado acima. Com um bocado mais de serenidade teríamos conseguido mais 1 ou 2 golos que seriam o remate de combinações de bom recorte técnico. Talvez seja um sintoma da juventude da equipa presente em campo, pois só Polga, Onyewu, Joao Pereira, Insua e Elias têm estatuto de veteranos, embora os 3 últimos o sejam apenas pelo numero de jogs que têm nas pernas. O restante era um grupo de "meninos" de pouco mais de 20 anos, é bom lembrar.

    Parece-me haver algum paralelismo com o sucedido com o Belenenses e até com o Leiria, com o Sporting a não controlar as transições rápidas dos adversários muito por se esquecer de pressionar os adversários, dano-lhes demasiado espaço e tempo para tomar decisões.

    O titulo do post resume bem o essencial dos momentos decisivos do jogo, em particular dos seus protagonistas.

    Em termos individuais destacaria o jogo pouco conseguido de Insua, apesar da participação decisiva no golo. Mas parece-me que vem perdendo fulgor e já esteve melhor. Bem a dupla de centrais.

    Muito mau o jogo de João Pereira, na linha também do que vem fazendo. Se é verdade que dá tudo o que tem em campo não é menos verdade que é péssimo a tomar decisões quando ataca e a defender dá muito espaçõ, por vezes fatal.

    Carriço vai continuando o seu estágio nas novas funções e pode muito bem ter arranjado uma nova saída para a sua carreira.

    Carrilo confirmou aquilo que penso dele, tem ainda muita broa para comer e é-lhe muito mais vantajoso entrar quando o Sporting está por cima do resultado, como se tem visto. Schaars dizia que tem que se esforçar mais, diria muito mais. Talento não lhe falta.

    As atenções recaíram em A Martins e com razão, embora me pareça que ele é capaz de muito mais do que fez ontem, mas ainda bem que beneficia de um bom ambiente à sua volta.

    Capel foi Capel. A sua passagem para a direita acrescenta-lhe outra perigosidade especialmente quando vem para dentro à procura do pé esquerdo. A sua acção tem sido decisiva a desmontar as equipas, em especial no que se refere aos cartões. Não percebi as dúvidas de Caixinha, quando o primeiro cartão devia ter sido... laranja.

    Dia ingrato para Wolfs com poucas bolas para brilhar e as que teve foram mais para a cabeça, onde tem muito que melhorar, embora no lance principal a bola viesse 1 pouco baixa para poder resultar melhor.

    Pereirinha entrou bem mas, tal com Carrilho, perdeu fulgor do lado esquerdo. ASAntos fez o que devia.

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  6. http://www.youtube.com/watch?v=vm8wnU54zqQ

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