sábado, 15 de junho de 2013

Rui Patricio e outros desgostos em perspectiva

Tudo indica que Patrício vai voar para outras paragens
Rui Patrício parece já estar com mais do que um pé fora de Alvalade. A sua carreira em Alvalade é quase digna de uma novela: de odiado a incontestado, de assobiado a ter direito a cântico personalizado e palmas, haveria muito para dizer. Que pelo menos tenha ficado algo para usar no futuro a favor de todos aqueles que têm trajecto semelhante pela frente.

É natural que Patrício queira um novo desafio para a sua carreira, juntamente com a possibilidade de um vencimento melhorado. E mais títulos dos que já alcançou. A sedução por ver o seu valor reconhecido em ligas de maior prestigio é também um apelo difícil de resistir. Reconhecida a legitimidade dos seus anseios, não deixará de ser estranho e de difícil habituação ver a camisola 1 com outro dono. Parece que foi ontem mas passaram muitos dias e muitos jogos desde o dia 24 de Novembro de 2007 e o nome e camisola tornaram-se indissociáveis.

Há ainda outra razão que me provocará algum incómodo: a possibilidade de ver Patrício numa liga menor ou num clube de poucas ambições. Será porém difícil ser surpreendido pelo valor a que venha estar associada a transferência, ao contrário, julgo, de muitos dos meus pares. Como qualquer um deles, gostaria de ver Patrício sair por um valor superior a 15 milhões de euros, juntando-se assim às melhores transferências de jogadores que fazem o mesmo lugar. Mas não me surpreenderia muito que esta venha a ocorrer por um valor entre os 7 e os 10 milhões. 

Do preço final estará dependente o clube que o venha a adquirir. O Mónaco parece estar "um mãos largas" falta saber se Jorge Mendes, que também tem interesse na transferência, os convenceria a ser tão generosos como foram com Moutinho e James. Estará também dependente da capacidade negocial do Sporting, embora essa esteja ferida pela tão propalada necessidade de vender. É que o mercado está inundado de soluções por preços mais em conta. A recente transferência de Stekelemburg para o Fulham  foi  um achado por 5,5 milhões e só possível porque a passagem por Roma não foi muito feliz.

Outros desgostos em perspectiva

Pizzi tem sido desde há dias para cá associado ao Sporting. Uma boa aquisição mas que encontra um problema para fazer mais sentido: o custo do seu salário face aos cortes que se anunciam. E haver ainda vários jogadores para a posição e quando se fala no regresso de Salomão. Ou Pizzi tem aparecido só para ser dado daqui a uns dias como perdido para outro clube?

André Santos, Salomão e Wilson Eduardo parecem estar a fazer o caminho de regresso a Alvalade. A confirmar-se nenhum deles é visto por mim como um reforço. Não têm mais qualidade que os jogadores que cá estão: André Santos tem concorrência até nos que fizeram o meio-campo da B, Salomão não faz sentar Bruma, Capel, Jeffren e Eduardo é mais limitado que Viola ou até Rúbio. Dificilmente teriam estatuto de titulares numa equipa como o Braga, por exemplo e isso já diz muito. Mas poderiam dar nas vistas em clubes menos ambiciosos e provocar uma ilusão de óptica muito comum e que alguns desgostos tem provocado quando se vai "lá baixo" buscar jogadores.

Apesar de parece contraditório, constatar esta perda de valor no plantel não equivale a deliberar em definitivo que a próxima época está condenada a ser igual ou até pior à anterior. O ano passado foi uma excepção pela sucessão de erros cometidos. O Sporting pode constituir uma equipa competitiva mesmo reduzindo de forma drástica o seu plantel. Esse é um post anteriormente prometido e que só não está ainda concretizado porque as premissas para a sua elaboração foram alteradas. Não contava com a dispensa de alguns jogadores que consideraria um núcleo duro e o número de jogadores anunciados - 20 - também mexeu com o raciocínio a fazer.

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