Vencimento do presidente e outros pontos da AG

Um post breve sobre a Assembleia Geral de amanhã para que a matéria não passe sem análise, especialmente por ir estar à discussão o vencimento do presidente e demais membros da direcção da SAD, uma inovação entre nós.  

Sobre o ponto 1: Discussão e votação do relatório e contas. Para lá da discussão, alguma curiosidade sobre o resultado final da votação.

Sobre o ponto 2: Revogação da deliberação da AG de 30 de Junho de 2013, propondo uma nova redacção para o artigo 20º. Confesso que não percebi, por falta de tempo para análise, todas as implicações sobre as alterações agora propostas, tal como, infelizmente, havia sucedido com a que lhe dá origem. Acrescento apenas que me parece correcto que apenas os sócios efectivos A possam concorrer aos orgãos sociais. E não posso deixar de louvar que se tenham em conta as dificuldades em que muitos dos nossos consócios possam estar envolvidos por força da conjuntura actual. Talvez se pudesse ir até mais longe, permitindo a manutenção do vínculo sem qualquer alteração de escalão, bem como a cedência de bilhetes, não apenas para o sócio, como para o seu agregado, sempre que possível. O Sporting além de se solidarizar com os seus, investiria no seu próprio futuro.

Sobre o ponto 3: Na prática o fim do protocolo com a CM de Odivelas. Não era a situação ideal, tendo em conta o afastamento do nosso miocárdio, o Estádio José de Alvalade e, dizem-me, pelos custos. Sobre estes lembro que quando se avançou para Odivelas falava-se num protocolo com uma entidade chinesa que, a troco de formação de um número de atletas, se receberia uma verba que ajudaria a custear toda a operação. Tendo-se esfumado, volta-se à estaca zero. Um passo atrás que esperamos todos possa significar em breve alguns passos seguros em frente. O Sporting, (leia-se as modalidades), não pode continuar com a casa às costas.

Sobre o ponto 4: Começo por dizer directamente o que penso sobre a votação do vencimento do presidente: uma bizarria. E completo com o valor: uma ninharia que é tão ridícula como o seria se fosse um qualquer valor excessivo. E é um processo mal conduzido, fruto de uma conjuntura muito especifica. Uma bizarria e até uma processo perigoso porque, porque neste tipo de democracia directa, não vejo porque me seja dada a hipótese se pronunciar sobre o vencimento do presidente e não possa fazer o mesmo sobre um funcionário da SAD, ou até um qualquer jogador. 

Interessava-me mais do que uma discussão circunstancial influenciada por um momento se definisse de forma clara os critérios de atribuição das remunerações dos administradores  da SAD. É uma questão de equidade e razoabilidade e não de transparência. No futebol há milhentas formas de receber dinheiro por baixo da mesa que, como é evidente, não passa por um ordenado declarado.