sábado, 16 de agosto de 2014

Coimbra desencantou nos minutos de despedida

Empate triste e difícil de engolir, mas algo espectável a partir do momento em que William é expulso. O Sporting, até aí mais ou menos equilibrado ou a fazer pela vida, parecia ser capaz de manter o resultado alcançado aos quinze minutos, através de um golaço de Carrillo. Um golo que não fez muito bem à equipa, que, devagar, devagarinho, se foi acomodando à ideia de ficar com os 3 pontos com o golo solitário. Algum mérito da equipa da Académica, sobretudo na segunda parte, quando decidiu reduzir-nos o tempo e o espaço de construção de jogo. Mas acabou por se repetir uma tendência dos jogos mais recentes de sofrer golos de forma infantil no final do tempo de jogo.

Será com certeza objecto de discussão a opção de Marco Silva e o tempo que demorou a ser tomada.  O golo sofrido legitimará quase todas as hipóteses a considerar. Desde a escolha de Esgaio para a bancada, como o número de jogadores no meio-campo, tudo é possível depois de ver o jogo. Mais importante que o número de jogadores que deixou no meio-campo, os jogadores que deixou e a forma que os dispôs é que podem ter sido determinantes. Por exemplo, manter Rosell, que lhe daria melhor reacção à perda de bola e melhor qualidade em posse, encostado a uma lateral, já me parece ser questionável. 

Depois há que considerar as limitações das escolhas possíveis para Marco Silva. Este plantel tem uma falta de qualidade que se torna mais evidente quando é necessário "fazer mais qualquer coisa". Um ano difícil a caminho, a menos que os próximos 15 dias sejam mais felizes e produtivos que os anteriores da pré-época, no que ao reforço do plantel diz respeito. 

5 comentários:

  1. Leão, boa análise e 100% de acordo no último parágrafo

    Quanto ao Esgaio, algum azar. Excluir o substituto do jogador que viria a lesionar-se... só com bola de cristal.

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  2. Não me recordo de me sentir tão pessimista num início de época. O cenário de ontem não melhorou a "coisa"...

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  3. Tal como diz o Koba, o último parágrafo é muito assertivo. E mais do que tem de entrar para acrescentar a tal "qualidade" que nos falta (iniciar o 1º jogo da época com Heldon, Sarr e admitir que Maurício é o nosso melhor central coloca-nos bem longe da "pole position" que o agente, desculpem, dirigente Inácio nos intitulou), é preciso ver o que ainda vai sair.

    Mesmo com todos os azares desta pré-época e semana, este jogo tinha ser de vitória. Sofrida? Ok, mas os 3 pontos tinham de vir connosco.
    Seria uma semana em que se respirava melhor, até para resolver os problemas mais recentes.
    No sábado vem o Arouca, com melhores jogadores e treinador. A pressão já lá está, em vésperas de ir à luz.

    Preocupou-me a expulsão do William, em duas perspectivas:
    1. só ao Sporting é que se expulsa o jogador mais importante daquela maneira. Não discordo do 2º amarelo, mas William (ou o Sporting) não tem o estatuto que um Luisão, Enzo, Maxi, Mangala, Quaresma e outros que, jamais seriam expulsos com 2 amarelos daqueles.
    2. William terá feito o seu último jogo pelo Sporting. Ganha uma semana de férias e com o jogo na luz a 31 de Agosto, duvido que jogue aí. Alguém agradece esta expulsão.

    Época muito complicada, com os adversários fortes e o clube a enfraquecer a cada dia que passa. Mas houve uns bons 30 minutos em Coimbra, o que não nos pode deixar tão pessimistas como o Vírgilio descreveu.

    abraço

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  4. Ainda em recuperação. Não está fácil digerir o empate (custou uma noite de sono tranquilo)... e já lá vão 24h. Está difícil recuperar o optimismo que tinha até ao jogo com a Lazio.

    É factual que a equipa, ou melhor, o 11 base não está mais forte que o ano passado.
    Aliás, à excepção de Sarr, os jogadores que o constituem são os mesmos.
    Mas eu, na pre-epoca, quis acreditar (e esforço-me por continuar a acreditar) que Marco Silva, mesmo mantendo o 11 de Jardim, lhe poderia dar um toque extra de qualidade de jogo, fazendo com que esses 11 valessem um pouco mais do que na época transata. Não me importaria nada que os reforços não entrassem de inicio se assim fosse. E, de facto, assim prometia MS, com a evolução positiva de Martins e Carrillo.

    É notória agora a necessidade de reforços. Acho que a questão dos centrais deveria ter sido gerida de outra forma, e há mais tempo, salvaguardando a permanência de Dier perante a elevada probabilidade da saída de Rojo neste defeso.

    A perda dos 2 melhores defesas foi uma contrariedade forte, com influência no grupo, e que MS não consegue disfarçar. Creio que até a direcção terá a consciência disso, agravada pela tremenda dificuldade de Oliveira em se impor na pre-epoca.

    MS apostou em Sarr. Concordo totalmente com a escolha. E estou admirada por muitos jornalistas terem colocado em causa a sua preferencia sobre Oliveira, supostamente por este ultimo ter mais experiência de primeira liga (não devem ter visto os jogos da pré-epoca).

    Sarr parece estar uns furos acima de Oliveira. Estou a gostar do jogador. Creio que tem condições para ser importante desportivamente e financeiramente no futuro. Mas claro que preferia que a sua inclusão fosse mais cautelosa, na sombra de Dier (ou Rojo).

    Espero que os dissabores terminem... nem quero pensar no rombo que seria se William saísse este ano!

    PS: Gostei muito de Gauld, Podence e Chaby hoje. Muita qualidade nestes 3! Pena que Fokobos (porquê renovação?), Sambinhas e Ehnoks(?) não consigam estar à altura!

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  5. Alma_Leonina,

    Só 1 reparo: o 11 base não é o mesmo. Além de Sarr, há Heldon. Mané é muito melhor que Heldon, de longe.

    De resto, concordo com tudo.

    E também vi a Equipa B. Que martírio... Só não se percebe porquê que há relutância em dar a bola a Gauld, porquê que se opta pelo pontapé para a frente, porquê que Tobias é melhor que qualquer central dos A (mas está na B) e porquê que Chaby e Iuri só jogam 10 a 20 minutos.
    Fokobo, Enoh (afinal há outro Cissé), Samba e, até, Wallyson são atentados ao futebol.
    O que é se pretende com esta equipa B?

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