quarta-feira, 12 de julho de 2017

As perguntas que interessam sobre a abortada golpada na Liga

Preparava-se à socapa uma golpada na Liga Portuguesa de Futebol, hoje sobejamente falada em diversos órgãos de comunicação social e redes sociais. Pedro Proença, presidente da Liga, deu já conta da indignação que o referido movimento provocou no seio do organismo. No fundo, de forma simples, pretendia-se a retirada do poder que os clubes têm sobretudo no que diz respeito aos regulamentos de arbitragem e disciplina.

Para quem não se lembra, esta mudança já tinha ocorrido no sentido inverso, no inicio da década de 90 do século passado, ficando a Liga a deter competências que eram de exclusiva responsabilidade da FPF. Com isso pretendia-se modernizar o futebol português, o que deve ser lido "retirar o poder decrépito e com sinais latentes de corrupção" - que se viriam a confirmar de forma pública - detido pelas associações de futebol. Quem não se lembra dos "xitos" da AF do Porto, das grotescas negociações atrás das cortinas, de trocas de favores por lugares, etc? Pretender o regresso a este passado de má memória é pois muito difícil de entender.

Pelos vistos a golpada será objecto de uma interrupção involuntária ainda na sua gestação, pelo que tudo vai continuar na mesma na organização administrativa e legal no futebol português. Pedro Proença continuará a ser presidente da Liga, eleito com o apoio expresso do Sporting, já lá vão quase dois anos (28 de Julho de 2015). 

E é por isso, pela perspectiva de tudo ficar na mesma que se impõem as perguntas básicas:

Olhando retrospectivamente estamos melhor ou pior?

Como se pode avaliar o silêncio dos organismos que tutelam o futebol e a sua incapacidade em se regular e organizar?

Para o Sporting em particular não estamos ainda mais longe do que estávamos na capacidade de influenciar e devolver transparência e verdade às competições?

2 comentários:

  1. Estão mais perto, não conseguiram tirar o amigo do BdC da liga. Mas pergunto eu?... não foi o BdC que foi á assembleia da república reunir com a bancada do PSD a pedir a intervenção do no futebol?! É que não foi falar de mais nada. Foi falar do que está em causa. Que engraçado que é ver sem coluna vertebral, mas depois os outros é que são. LOL

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  2. Os Sportinguistas na bancada do PSD não têm força alguma! São poucos e pouco influentes. E muitos deles não percebem patavina do que são os poderes da FPF e da Liga.
    Até aí vê-se quem são os anjinhos e os diabos vermelhos...

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