segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Sporting 5 - Chaves 1: Não houve chaves para Podence & Dost

Uma vez que já quase tudo foi dito sobre este jogo ficam aqui apenas breves apontamentos, que me parecem resumir o essencial do jogo de ontem:

- Podence está em grande forma, algo que já havia deixado ficar no ar no jogo de Oleiros;

- Que falta fazia a Bas Dost alguém, como Podence, a deslocar-se entre linhas, ao seu lado e nas suas costas e que abri-se os tão raros mas também tão necessários espaços para a criação de oportunidades reais de golo. Alguém que saiba gerir os tempos e a velocidade. Alguém que avança para cima do defesa, enquandrando e não apenas fugindo. E alguém que, além de tudo isso, também assiste com mestria, desmontando as defesas.

- Podence soube também aproveitar as movimentações de Dost que, como ontem se viu, não "serve" apenas para marcar golos, pode fazer muito mais do que isso. A evolução é notória, o período cinzentão que atrevessou parece ter sido aproveitado para juntar novas competências ao seu jogo, nomeadamente o descer para se oferecer como apoio frontal, assistir e até mesmo explorar a profundidade, algo que nos falta desde Slimani.

- É verdade que perdemos poder de fogo a meia-distância com o recuo de Bruno Fernandes, mas a qualidade das nossas oportunidades de golo subiram exponencialmente, por acontecerem em zonas frontais à baliza e dentro da área, pelo que a necessidade de bombardear de longe (mais aleatória) diminui. Em contrapartida, a qualidade em posse sobe e com isso a possibilidade de êxito também. Nesse sentido, o Sporting fez ontem um belo jogo, com jogadas de grande envolvência, talvez o melhor do campeonato até agora.

- Referência também para Acuña que, sendo um trabalhador incansável, é também capaz de finalizar com acerto. Um "assistente" que também resolve. Está bem, aquele terceiro golo, até uma árbitro cego como o Rui Costa - já lá vamos... - seria capaz de o fazer.

- Piccini já não é o mesmo que cá chegou, sendo obrigatório - e justo - referir o óbvio: tem sabido aproveitar as oportunidades que a fé inabalável do treinador lhe tem concedido.

- Foram óbvias as dificuldades defensivas do Chaves mas não se resumiram à falta indiscutível dos habituais titulares mas sobretudo à qualidade do nosso jogo. Uma equipa que, tendo começado o campeonato em dificuldade para perceber as boas ideias do seu treinador, se vem reequilibrando aos poucos. Foi desagradável para nós sofrer o golo que maculou a nossa bela exibição, mas atenuou a dureza da goleada. 

- De Rui Costa, o árbitro. também o óbvio: não há pior cego como aquele que não quer ver. Ou, como dizia um estadista aqui do burgo, só não mudam os burros e ao não mudar pelo menos uma das duas más decisões que tomou no lance com Gélson - pelo menos o cartão amarelo! - demonstrou que além de ver mal é burro. Isto claro, sem querer insultar os verdadeiros jumentos.

2 comentários:

  1. Primeira crónica à muito que concordo com tudo o que foi dito... a 100%

    Boa crónica.

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  2. Em casa tem de ser assim, por a carne no assadouro.

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