sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Quem segura a arbitragem pela trela?

A última vez de que me lembro ter havido um boicote, perdão, greve de árbitros foi em Agosto de 2011, quando o Sporting foi jogar a Aveiro, ante o Beira-Mar. A foto abaixo documenta esse momento infeliz, uma vez que as razões invocadas em nada poderiam justificar tal posição. Como pode haver quem não se lembre, recordo aqui um post, escrito um ano depois, pelo meu amigo Bruno Martins sobre a matéria, cuja leitura recomendo: 

Ataques cerrados



Ora, como esse post documentava em 2012, nem a célebre placagem de Luisão na Alemanha nem a recomposição da fachada principal do então árbitro e hoje presidente da Liga Pedro Proença, ou os calduços do diabo vermelho de Gaia foram suficientes para suscitar uma reação de indignação semelhante em gravidade e zelo.

Já agora, por estes dias, a segunda ameaça de greve dos árbitros vai ficar apenas por isso, por uma ameaça. Isto mesmo depois de o SLB, no seu canal, ter corrido a arbitragem nacional a corruptos para cima e para baixo. Ou mesmo depois da tentativa quase consumada de agressão de elementos da claque dos Superdragões ao árbitro Artur Soares Dias na Maia houve indignação suficiente para tomar medidas drásticas como foram tomadas em 2011 contra o, claro está, Sporting.

Não é preciso, mas se fosse necessário perceber quem são os donos disto tudo, a quem os árbitros têm medo de enfrentar, estavamos esclarecidos. Tanto medo que até aceitam fazerem de Pedro, na história com o Lobo: tantas vezes dizem que vão fazer greve, que agora é a sério, que a credibilização da classe é agora, que a independência e equidistância vem aí que, mesmo que tal aconteça, já ninguém acreditará. Já todos percebemos quem tem a mão na trela.

3 comentários:

  1. Hà uma coisa que não percebi no texto. O que têm os 3 casos apresentados a ver como árbitros?

    O choque de Luisão na Alemanha foi com um árbitro alemão num jogo fora do país.

    A agressão a Pedro Proença não teve nada a ver com futebol, dito pelo próprio Proença. Uma questão
    que teve a ver com a sua profissão fora do futebol envolvendo a ele e a pessoa que o agrediu. O facto do agressor ser adepto do Benfica o que tem o Benfica a ver com isso?
    Assim como a morte do adepto italiano não teve nada a ver com o SLB. Uma rixa fora do estádio e fora das competições às 3 da madrugada em que maioria dos arguidos são adeptos do SCP.

    Os pretensos calduços do diabo vermelho de Gaia não foram calçudos, foi um mero toque com a mão na nuca do fiscal.

    Pensem antes de escrever disparates.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ora se não foram calduços então está tudo bem. E mesmo no caso do Proença acho que não foi murro parece-me ter sido apenas um toque na boca, é a velha questão da intensidade do toque. Obrigado pelo comentário esclarecedor

      Eliminar

Este blogue compromete-se a respeitar as opiniões dos seus leitores.

Para todos os efeitos a responsabilidade dos comentários é de quem os produz.

A existência da caixa de comentários visa dar a oportunidade aos leitores de expressarem as suas opiniões sobre o artigo que lhe está relacionado, bem como a promoção do debate de ideias e não a agressão e confrontação.

Daremos preferência aos comentários que entendermos privilegiarem a opinião própria do que a opinião que os leitores têm sobre a opinião de terceiros aqui emitida. Esta será tolerada desde que respeite o interlocutor.

Insultos, afirmações provocatórias ou ofensivas serão rejeitados liminarmente.

Não serão tolerados comentários com links promocionais ou que não estejam directamente ligados ao post em discussão.