Fotos da autoria de @Isa, editora de fotografia do A Norte de Alvalade
Tema incessantemente usado desde o fecho de mercado, era bom era que o problema do ponta-de-lança por si só justificasse a falta de acutilância do nosso ataque no Bessa, em especial na primeira parte. Infelizmente o problema foi mais profundo e resultou em grande parte da reformulação total do nosso ataque de um momento para outro, associado ao que a lei de Murphy ("qualquer coisa que possa ocorrer mal, ocorrerá mal, no pior momento possível") acabou por ditar, com as duplas lesões de Vietto e Luis Phyllipe. A total ausência de rotinas, de conhecimento até do que as movimentações de Bolasie poderiam oferecer, ditaram o resto. Nas mesmas circunstâncias estaria o tal novo ponta-de-lança que não chegou.
Era bom era que Leonel Pontes tivesse uma varinha de condão para resolver os muitos problemas que afligiam a nossa equipa e começavam por um problema de identidade. Começou pela raiz de muitos deles, a organização defensiva. Não vai acontecer de um dia para outro mas já se notaram melhoras significativas. As dinâmicas ofensivas demoram mais e esse vai ser o principal problema daqui para a frente para o treinador. O tempo, ou a falta dele.
Não tendo sido um mar de rosas a prestação de Rosier foi pelo menos o suficiente para perceber que há caminho por ali. Era bom era que assim fosse.
Mas era bom era que a a lei de Murphy ("qualquer coisa que possa ocorrer mal, ocorrerá mal, no pior momento possível") não voltasse a fazer das suas, naquele passe de Wendell, feito com a mesma convicção de quem está em Copacabana e tem de voltar para o escritório. Começar o jogo a perder era das piores coisas que pode acontecer a uma equipa que precisava de se perceber a si mesma, depois de tantas alterações.
Continuamos a joga sem um verdadeiro "6" e isso tem um reflexo enorme na qualidade do nosso jogo, quer a defender, quer a atacar. Não sei se Doumbia se vai fazer um "6" ou não mas, nesse entretanto, podíamos ir já pensando nas alternativas...
Alternativas que devem ser pensadas com cuidado. Atrevia-me a nomear o Daniel Brgança mas, como mais uma vez ficou claro com Plata, jogar no último nível só é tarefa fácil nas redes sociais, onde as sentenças diárias têm dificuldade depois em ter vida no contexto real. O potencial do jogador está lá, mas vai ser preciso polir muito para Plata brilhar com intensidade.
Era bom era que Jese regressasse aos bons tempos, mas não foi ainda desta. O jogo também não estava de feição e ele também não fez muito por isso. Por vezes, nestes casos, o melhor é simplificar os processos e não deixar que a ansiedade em provar qualidade se torne um obstáculo difícil de transpor.
Como diria Gabriel Alves Bolasie tem aquele perfume selvagem do Congo, caso, claro está, se ficasse por um hotel de cinco estrelas em Kinshasa. Mas é um reforço que muito jeito nos pode dar porque tem velocidade e é capaz de improvisar. Assim uma espécie de Marega em versão light mas com um par de pernas e cérebro.
Para finalizar o nosso grande amigo Jorge Sousa. Viu o que quis e quando quis. Era bom era que tivesse mais respeito pelo Sporting e pelos seus profissionais. Em particular pelo Bruno Fernandes, que não tem canelas até ao pescoço. E assim se vai construindo mais uma vez a história de uma equipa violenta, que acumula em cinco jogos do campeonato 16 amarelos, dois dos quais são duplos, tendo por isso conduzido a duas expulsões. Quando pedirem aos jogadores para ser aguerridos e meterem o pé lembrem-se que eles gostam mais de jogar do que ficar em casa... Os nossos vizinhos da segunda circular têm cinco cartões amarelos. Cinco!
O SCP é das equipas mais vulneráveis aos ataques que o "mercado" faz aos seus melhores jogadores. O mês de Agosto foi fatídico para o sector atacante (foi completamente renovado) e praticamente só agora começa a pré época. Demos um mês de avanço aos nossos adversários. É muito. Era possível um melhor planeamento? Talvez. Mas , quase de certeza que o Leonel Pontes é que vai "pagar as favas".
ResponderEliminarÉ caso para dizer "meu querido mês de Agosto".
Sobre os "padres" ( Sousas, Pinheiros, etc) estou convencido que enquanto o SCP não fizer uma "festa" ao estilo do "luto" da época de 2000, que envergonhe a Liga como envergonhou na altura, os títulos de campeão continuarão reservados aos do costume.
SL