segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Uma h(m)orita de treino para Marselha


A recepção ao Gil Vicente acabou por ser um bom treino para regressar à competição e preparar a deslocação a Marselha, para o embate da Liga dos Campeões de amanhã. Para isso contribuiu um inicio de jogo particularmente venturoso, alcançando a vantagem com uma dupla de golos por volta dos 20 minutos iniciais.  

No nosso melhor período sobressaiu Morita com um golo e uma assistência, esta com nota artística. No mais, o jogo ficou marcado pela facilidade com que chegámos ao último terço, quase sempre com perigo, mas com muita displicência na definição das jogadas e na finalização. Ficamos a dever a nós mesmos um resultado histórico. Esta atitude foi ainda mais evidente na segunda parte, contando para isso com a "preciosa" ajuda do árbitro, particularmente "inteligente" na gestão do jogo. Se a intenção era enervar a equipa deve ter ficado particularmente frustrado com o terceiro golo, apontado por Rochinha. Já o tradicional mantra Sportinguista haveria de dizer presente, com um golo de Navarro - who else? - ainda antes de Tiago Martins prolongar o jogo, numa derradeira tentativa para que alguma coisa corresse mal. Vai ser premiado, certamente...

Voltando ao inicio do post, o jogo acabaria por se revelar útil para fazer regressar os jogadores à competição, bem como para lançar os indispensáveis alertas. É que a displicência e a desconcentração costumam cobrar elevados custos em alta competição e amanhã é o tipo de atitude que se dispensa. O Marselha é um adversário fortíssimo, tem um óptimo plantel e, segundo os entendidos, tem no ataque as suas maiores virtudes e na defesa o seu calcanhar de Aquiles. 

Muitas das nossas hipóteses jogar-se-ão  no regresso ausência de Coates e Porro. O primeiro devolve ao sector recuado a habitual segurança defensiva que encontrou no esquema de Amorim e será crucial no jogo aéreo. O segundo é o elemento ideal para, a partir da ala direita, explorar os habituais desequilíbrios em que a equipa francesa costuma cair na sequência da sua vertigem ofensiva. Sem eles, ou sem um deles, as nossas possibilidades ficarão consideravelmente reduzidas. Da presença de Coates se decidirá a constituição da nossa retaguarda. Sem ele a utilização de St. Juste é mais do que certa, juntamente com Reis e Inácio. Com Coates julgo ser mais provável Inácio e Reis, com Nuno Santos à esquerda. As dúvidas sobre a sua capacidade defensiva parecem estar dissipadas depois do jogo com o Tottenham e o seu poder ofensivo, apesar de pouco assertivo com o Gil, é uma arma poderosa à disposição de Rúben Amorim.

Outra dúvida prende-se com os jogadores mais adiantados. Pote é indiscutível, mas quem lhe fará companhia? Amorim continuou a dar a primazia a Trincão e amanhã perceberemos se Edwards foi poupado ou se foi simplesmente preterido. Uma coisa parece certa: alguém terá que sair porque não serão certamente os quatro (Trincão, Paulinho, Edwards e Pote) a alinhar de início.

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