domingo, 14 de janeiro de 2024

Revisitar a Choupana a partir de Chaves


Passar para lá do Marão, especialmente no inverno, e ir a Chaves em busca de mais três pontos, assume-se tradicionalmente como uma das deslocações mais difíceis. As condições impostas por uma noite invernosa, a pedir mais pantufas e sofá do que frio, chuva, impiedosa e relvado encharcado e escorregadio podiam contribuir para anular a superioridade detida pelo Sporting, nivelando o encontro.

A forma como a equipa do Sporting se entregou ao encontro anulou por completo qualquer beneficio que a equipa da casa pudesse retirar das condições climatéricas que do facto de jogar em casa. O Sporting dominou o encontro do principio ao fim, não permitiu qualquer veleidade aos homens da casa. O jogo acabaria por terminar sem que o Chaves conseguisse visar a baliza do Sporting uma vez que fosse.

Em muitos momentos a forma sólida como a equipa respondeu às adversidades do tempo e às pretensões do adversário fez lembrar muitas vezes o jogo na Choupana, um dos que ficaram na retina na caminhada vitoriosa do último titulo. 

Os primeiros elogios têm que ir directos para Rúben Amorim. A forma como prepara a equipa para os jogos em função dos adversários que vai ter pela frente fala-nos de um treinador esclarecido e conhecedor. Grande parte dos bons resultados começam na cabeça dele, indiscutivelmente. Embora a tabela classificativa não o espelhe com toda a justiça, reconstruiu novamente uma equipa forte que tem sido até agora, a melhor da Liga. Em Chaves ninguém conseguiria adivinhar que Catamo, Diomande e Morita estavam ausentes nas suas selecções e Edwards no banco, por causa de uma gripe e a isso muito se deve à forma como o treinador montou a equipa para o jogo.

No que aos jogadores diz respeito, saúda-se o regresso de Trincão ao que de melhor se espera dele. Talvez o melhor da partida. Pote, apesar de continuar perdulário, é um jogador importante para o equilíbrio da equipa e voltou a fazer um belo golo, que de fácil só tem a aparência. Gonçalo Inácio esteve imperial a comandar a defesa, jogando com a sabedoria de um veterano. Hujlmand esteve em todo o lado. Gyokeres mesmo sem marcar arrasta à sua frente as defesas alheias e atrás dele toda a equipa. Paulinho fez o oitavo golo, todos eles importantes e decisivos.

Para finalizar a arbitragem de Luis Godinho. Embora sem nada de especial a assinalar quanto a lances capitais, do ponto de vista disciplinar é inqualificável, uma vez mais, que o Sporting saia de Chaves com mais amarelos que equipa da casa. Olhando para um caso especifico, É inacreditável que Vasco Fernandes acabe o jogo sem um amarelo.

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