domingo, 19 de maio de 2024

O epilogo da Liga: o jogo, o Neto, a camisola e a festa

Grande dia de festa e comunhão de Sportinguismo aquele que foi dado a viver no último jogo do campeonato 23/24. 

Sobre o jogo há pouco a dizer mas há coisas importantes a reter: 

  • O ambiente era naturalmente de verdadeira festa e desde o "O Mundo sabe que...", passando pela pirotecnia e acabando nos festejo dos golos e incentivo aos jogadores tudo decorreu de forma quase perfeita.
  • A equipa encarou o jogo com seriedade, honrando assim o seu estatuto de campeã e respeitando o público que acorreu à festa. Os efeitos dos festejos anteriores já parecem ter passado.
  • Foram muitas as jogadas de elevado recorte técnico que mereciam a coroação e o resultado acabou por ser escasso, face ao que a equipa produziu.
  •  Dessa forma o recorde de pontos foi alcançado (90) e de vitórias (29), colocando uma fasquia muito alta para os vindouros.
  • Com esta vitória por três golos o Sporting em casa, na segunda volta, só no derby não marcou pelo menos três golos, o que diz muito da fortaleza que Alvalade foi este ano para nós e um pesadelo para os que nos visitaram.
  • O Sporting fecha o campeonato sem ceder um único ponto em casa.
  • Há quarenta e dois jogos consecutivos que o Sporting marca na Liga e tornou-se ontem na primeira equipa a marcar em todos os jogos de um campeonato.

Adeus ou até já, Neto?

Um dos pontos altos do jogo foi o momento da substituição de Neto. Já antes, aquando do penalty, o seu nome foi invocado bem alto por uma maioria bastante sonora que se tornou unânime quando o seu número apareceu na placa das substituições. Foi um momento de muita emoção, em que muitos olhos brilharam e alguns rostos ficaram inundados de lágrimas. Neto deixa uma marca de elevado profissionalismo e no coração de muitos Sportinguistas. A sua presença marca um período de crescimento do Sporting, hoje é um Sporting bem melhor do que aquele que encontrou à chegada e o seu papel não sendo determinante no relvado foi reconhecidamente no balneário, sendo por isso um dos capitães e pertence à distinta lista dos que inauguraram o regresso aos títulos. Neto não tomou uma decisão sobre o seu futuro pelo que não surpreenderia ninguém vê-lo noutras funções ainda no Sporting. Aconteça o que acontecer, obrigado Neto!

A camisola

O último jogo serviu de apresentação da camisola principal da próxima época. Qualquer que seja a apreciação que legitimamente cada  um pode fazer, a nota negativa vai direitinha para os assobios que se fizeram ouvir após o anúncio do speaker. Assobiar uma camisola com o nosso símbolo é inqualificável. Mas, como é óbvio, ninguém é obrigado a gostar e convenhamos que houve um elevado risco ao assumir  a decisão de aceitar esta nova proposta dos fornecedores de equipamentos, a Nike. E por isso aqui vai a minha opinião:

Uma coisa é habituarmos-nos à ideia tão disruptiva e outra é reconhecer a camisola e identificarmos-nos com ela. A camisola é um dos pontos de maior identificação dos adeptos com o clube, aquele que quando olhamos reconhecemos imediatamente, seja qual for a modalidade, "olha, o Sporting está a jogar". Nesse sentido, eleger a que ontem nos foi revelada como camisola principal não foi uma escolha feliz. Vai ser demorado o período de habituação e os mais distraídos ou que seguem o Sporting com menor frequência ou atenção poderão até ser surpreendidos quando perceberem, numa imagem de jornal ou televisão vista de relance que aquele é "o seu Sporting". Sendo uma camisola que me agrada, depois de a ter visto ao vivo e depois na televisão, tenho muita dificuldade em aceitá-la como sendo o nosso equipamento principal. Quanto aos símbolos que regem a minha identificação com o meu Sporting "menos é mais" sempre. A Nike não faz nenhum esforço em saber do que nós gostamos e alimenta-se da paixão que temos pelo clube que tanto amamos.

A festa

Foi bonita a festa que se seguiu. O Sporting esmerou-se no espectáculo que preparou para presentear todos os que puderam comparecer em Alvalade. Foram vários os momentos que ficará na memória de todos que tiveram a sorte de o presenciar. Um momento de comunhão e fervor Sportinguista.

Não deixo contudo de fazer um reparo à forma como a Liga preparou a entrega do troféu. Além de uma demorada operação logística, que levou à montagem de três (!) palcos, o principal ficou de costas para uma das bancadas centrais e seguramente de má visibilidade de outras, quando o recomendável seria um simples palco no centro do relvado onde todos os adeptos estivessem em pé de igualdade. Acredito que alguns não tivessem tido oportunidade de ver nas condições que aquele momento solene impunha. Mas a Liga também não parece estar muito preocupada com o que os adeptos querem e gostam.

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