segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Sporting 2 - Casa Pia 0: Coisa pouca


Foi muito feio e monótono o que se nos foi dado ver neste jogo de regresso a casa para o campeonato. O adversário nunca demonstrou outro interesse que não fosse sofrer o menor número de golos possível. A oportunidade obtida logo no minuto inicial, visando a baliza Israel, não podia por isso ser mais enganadora para o que viríamos a assistir. Cedo se foi configurando a ideia de que este jogo tinha apenas duas perguntas para responder:
 
Se e quando o Sporting inauguraria o marcador

É verdade que a exibição do Sporting esteve muito longe do que temos sido habituados, mas parece pouco razoável exigir melhor espectáculo quando o adversário colocou dois autocarros à frente do seu guarda-redes. Ainda por cima quando a nossa equipa acusa o esforço deste fim de ciclo, pontuado por um jogo de elevada exigência do ponto de vista físico na Holanda, onde as dificuldades colocadas nesse âmbito pelo PSV são habituais naquela competição, mas raras na liga nacional. Na memória de muitos estarão por certo inúmeros jogos na ressaca de jogos europeus, cuja produção não foi suficiente para a obtenção dos tão desejados e necessários três pontos.

Não tendo sido brilhante, o Sporting teve uma qualidade necessária para resolver a estratégia dos visitantes: a paciência. Não havendo espaço para jogar nos últimos vinte metros do campo, nem profundidade para explorar, o Sporting tinha que ir tentando abrir caminho entre a floresta de pernas até à baliza contrária. E quem mais habilitado estava para o efeito do que Francisco Trincão?  A jogada que finalmente desbloqueia o marcador é pura magia em movimento.

Talvez tenha sabido a pouco que tanto domínio do jogo e tanta posse de bola tenha redundado em "apenas" dois golos, um em cada parte. O momento que o Sporting vive actualmente é  bastante subestimado, senão muitas vezes por nós próprios, pela falta de relevo que se dá na generalidade da comunicação social, especialmente a da especialidade, tantas vezes tão pródiga em tornar em façanhas de outros aquilo que a nossa equipa e os nossos jogadores fazem com uma normalidade tal que parece fácil.

Um avançado recém chegado e por isso com muito ainda por provar, apesar das boas indicações que vem dando, é já "melhor que Gyokeres nos primeiros jogos". Para os mais distraídos, Samu tem o mesmo número de golos que...Pote e o mesmo número de jogos, sendo que Pote nem ponta-de-lança é. Pavlidis tem o mesmo número de golos marcados que... Daniel Bragança.

Mas há algo ainda maior que tem passado ao lado até dos escribas mais exigentes (e que chega a mim por ter a sorte de ter um amigo que vê mais "disto" a dormir que muitos acordados):

O Sporting é o 1º clube a registar oito vitórias nas primeiras oito jornadas neste século. São já vinte e três anos, onde se incluem campeonatos avassaladores como o do André Vila Boas no na época 2010/2011. 

Ainda mais notável é o facto de que nenhum desses 8 jogos foi uma vitória sofrida, e só num desses 8 jogos (o clássico como FCP) o Sporting não chegou ao intervalo em vantagem. 

O Sporting tem neste momento vinte e sete golos marcados e e apenas dois sofridos, perfazendo uma diferença de 25g.

Mas há mais. No jogo do passado sábado o Sporting completa um ciclo absolutamente notável:

✅ 50 jogos seguidos a marcar

 ✅ 29 jogos seguidos sem perder

 ✅ 21 vitórias seguidas em Alvalade

 ✅ 11 vitórias seguidas (23/24 + 24/25)

 ✅ 6 jogos seguidos sem sofrer

Coisa pouca, como é bom de ver. Venham mais destas vitórias "sensaboronas".

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