domingo, 2 de novembro de 2008

Missão cumprida


Destaque
Do jogo de ontem parece-me merecer nota de destaque o bom trabalho colectivo. O trabalho que foi feito na preparação deste jogo desde o gabinete técnico até ao relvado. Vi os jogos anteriores (via tv) do Rio Ave contra os nossos rivais e temia que a nossa equipa não se desse bem com os ares de Vila do Conde, tal como havia acontecido em Paços de Ferreira e por razões idênticas: a extrema combatividade da equipa, um meio-campo superpovoado, para contrapor à menor capacidade colectiva face aos adversários mais cotados.

Os alicerces sólidos da vitoria
Paulo Bento delineou bem a estratégia, anulando completamente o adversário. A equipa percebeu as indicações e executou-as com precisão, mas com excessiva lentidão. Tendo dominado o adversário, faltou-lhe uma execução mais rápida e maior exploração das alas para materializar em golos esse domínio. Esse é talvez o maior problema desta equipa e do seu futebol: exerce um domínio por vezes demasiado platónico, esquecendo-se que mesmo dominando não se consegue controlar a sorte e o azar inerentes ao jogo, ficando à mercê desse factor aleatório.

Sem aproveitar não há ganho
Uma nota de realce também para a execução dos pontapés de canto, que foram muitos ontem. Além da excessiva passividade com Rochemback se arrasta para a sua marcação, estes são normalmente mal executados e de forma inofensiva. Uma arma como esta não pode ser assim desperdiçada. Mesmo a ausência de Tonel não pode explicar tudo. O Rio Ave ontem percebendo que daí não vinha perigo fartou-se de enviar bolas pelo fundo sem cerimónias.

Os mais e os menos
Tendo sido uma vitória colectiva é de realçar a exibição segura e personalizada de Patrício, a quem se deve a manutenção da vitória, com uma estirada magnifica respondendo ao livre que havia ditado a expulsão de Derlei. O Ninja teve uma sombra do que foi e ainda por cima reincidiu numa atitude digna de um “rookie”. Não via que vantagem teria a sua inclusão no lugar de Postiga e vi confirmadas as minhas razões. Liedson é um caso à parte neste plantel em categoria e atitude. Várias foram as vezes que o vi protestar com os colegas por demorarem a executar os lances ou recolher as bolas.A entrada de Veloso e a saída de Romagnoli pecou por não ter sido logo no início do jogo. O argentino arrasta-se em campo e de jogo para jogo.

Estes devem ter jogado na dupla 1X...
A arbitragem foi vergonhosa e piorou na 2ª parte, sintomaticamente depois de terminarmos o 1º período a ganhar. O péssimo trabalho dos assistentes (se pudessem ter anulado o nosso golo tê-lo-iam feito), foi sempre sancionado por Jorge Sousa. O assistente colado ao banco deve ser guarda de passagem de nível de profissão: levantava a bandeira sempre que passava o ataque do Sporting. Ou então respondia às ordens do treinador do Rio Ave, sempre encostado a ele. Se considerarmos certa a expulsão de Derlei por pontapear a bola, na jogada a seguir o defesa-direito do Rio Ave fez igual e nada lhe aconteceu.

Adeus triste e frio
Em post a colocar amanhã darei conta de incidências que escaparam à transmissão televisiva. Mas deixo aqui já o meu protesto pela forma como a equipa saiu do relvado, com metade a ignorar os adeptos presentes, que nunca se calaram. Moutinho, o capitão, esteve presente num adeus distante e pouco consentâneo com o agradecimento que os sportinguistas mereciam. No entanto, dada a dispersão dos jogadores, quando Moutinho se virou já muitos se tinham ido. Se alguém deveria ter promovido esse contacto deveria ter sido Pedro Barbosa, que não está lá só para estar calado quando deve falar ou para levar os jogadores à linha para as substituições.

Missão cumprida em Vila do Conde, onde os adversários deixaram 2 pontos.

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