sábado, 1 de novembro de 2008

Viagem aos Arcos: redenção ou calvário?

Não é a altura de falar em pormenor da conferência de imprensa de ontem não posso deixar de referir o seguinte:

1) É urgente proteger Paulo Bento. Em primeiro lugar dele mesmo. O ridículo mata. E quando não o faz fere. Foi o que aconteceu ontem na conferência de imprensa. Saiu ferida a imagem de Paulo Bento e com ela a do clube.

2) Talvez fosse bom falar um pouco mais de futebol, de tácticas e da prestação de jogadores. Corremos o risco de ver as conferências de imprensa do nosso treinador principal confundidas com as do Ricardo Costa, da C.D. da Liga, tantos são os casos disciplinares. Ou ser levados a pensar que estas conversas são tidas com o propósito de afastar as perguntas que deveriam ser feitas como por exemplo: porque joga tão pouco e é tão perra a equipa? Ou porque em vez de evoluir em segurança e qualidade de jogo a equipa parece regredir. Ou se sente segurança para afirmar que, com este jogo, é possível ser campeão.

3) Porque fala tanto daquilo que não existe? Se o ambiente no balneário é bom, os jogadores são cumpridores e empenhados então porque se fala tanto no oposto? E porque tem de ser o treinador o intérprete de Moutinho, que até é português?

4) Paulo Bento pode sempre escolher. Se escolher perder e não mudar alguém o fará por ele.

Terei que voltar aqui um destes dias. Mas é evidente que, com a pressão a subir por via dos resultados – lembro que para o campeonato vimos de D-D-E, com 4 golos sofridos e apenas 1 marcado – e com o elevar do tom da contestação pelo decepcionante estado de coisas, é necessário que o treinador se concentre na sua principal tarefa que é por a equipa a jogar a um nível que seja mais fácil ganhar ou então a ganhar simplesmente.

Daqui a umas horas lá estarei no estádio dos Arcos. Provavelmente um dos mais desconfortáveis da I Liga, especialmente quando chove ou apenas venta. O jogo vem na melhor altura, se a equipa decidir rectificar a impressão que não é capaz de contrariar adversários menos dotados mas aguerridos. É que são muitas as semelhanças entre os jogos de Paços e de Vila do Conde. Já saímos de ambos os sítios com copiosas derrotas de 4-0. E virá na pior altura se a equipa persistir em contemplar o adversário.

Se se confirmarem as noticias, Hélder Postiga ficará no banco. Acho mal a intermitência na aposta, mas é evidente que Liedson gosta mais de Derlei a seu lado. Se tal acontecer, Postiga que explique aos jogadores como joga a equipa da sua terra: à imagem da maioria dos associados, homens que se não temem o mar, não temem jogar contra quem seja.

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