sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Classico a Norte (Análise conjunta)

Sporting Vs F.C. Sistema
Depois de uma derrota como a de Quarta, a vontade para abordar o clássico de Sábado não é muita.

Não havendo a rivalidade que há com o slb, não deixa de ser um clássico. Atendendo ao que tem acontecido nos últimos anos, não só a nível desportivo como a maneira como muitas das conquistas foram alcançadas, da minha parte a rivalidade tem crescido. Continuo a considerar o slb o nosso grande rival mas analisando bem, quem mais nos tem prejudicado nos últimos 25, 30 anos?

Daí ter tremenda dificuldade em perceber determinadas atitudes e posturas. Porque é a mais recente, porque é que acedemos ao pedido do fcp, em antecipar um jogo importante, seja em que altura for ainda para mais quando devido aos resultados obtidos no campeonato, assume um carácter bem mais decisivo para nós que para eles, de modo a que o nosso ADVERSÁRIO pudesse descansar mais um dia para uma eliminatória da Taça de Portugal?

É isto defender os interesses do SCP? É com atitudes destas que queremos ser campeões? O Postiga disse que não bastava dizer que se queria, tinha que se provar em campo. Concordo e junto o seguinte: é preciso que ao nível de dirigentes também se prove que se quer, porque comportamentos destes, só mesmo anjinhos. Como nós!!

A minha equipa: Tiago, Pedro Silva, Polga, Carriço, Grimi, Adrien (se recuperar, senão Roca), Moutinho, Izma, Pereirinha, Liedson e Derlei"
JVL

Histórias de um Sportinguista na Invicta
Vou vos contar duas histórias verídicas que se passaram comigo, já lá vão 16 ou 17 anos. Quando sai de casa para prosseguir estudos superiores, tinha 18 anos feitos e fui de Trás-os-Montes para estudar no Porto. Na altura já era sócio do Sporting e o meu sonho era ter ido estudar para Lisboa, para viver na plenitude todo o meu Sportinguismo, facto que anos mais tarde veio a suceder. Nessa altura o FCP estava a começar a mostrar os seus tentáculos no Futebol Português. Nunca tinha ligado por ai além aos adeptos do FCP. Na minha terra eram tão poucos, que quando ganhavam um campeonato e saiam de casa para festejar cabiam todos num táxi. A guerra sempre foi com o Benfica, por razões históricas, sobejamente conhecidas. Lá em Trás-os-Montes, tal como hoje, Benfica e Sporting dominavam o panorama e o Porto era visto como um de âmbito regional. As coisas mudaram de figura aqui pela invicta e para um Leão do Norte uma vitória sobre o FCP tem sempre um sabor muito especial.

Vamos aos episódios que vos quero contar. Histórias de um Sportinguista na invicta.

Na chamada semana do caloiro, tudo decorria em ambiente festivo até que uma das actividades era ir para o antigo estádio das antas beijar a relva e prestar juramento de fidelidade ao FCP. Devem estar maluquinhos, foi o que me passou pela cabeça. Quando chegou a altura de rumar às antas, eu e mais dois colegas, por sinal, lampiões, mais corados que a cor do seu clube, afastamo-nos do grupo e decidimos não ir. Só que os rapazes de capa e batina não estiveram pelos ajustes e depressa quiseram indagar o porquê do nosso afastamento. Claro que quando souberam começaram num gozo enorme e as coisas começaram a aquecer. Aqueceram tanto e de tal maneira que tive que apertar as goelas e dizer bem alto a um desses tipos vestidos de negro, chato e burro, que era do Sporting e que não ia para lado nenhum. A partir dai a malta dos restantes clubes abandonou o grupo e apenas rumaram às antas os indefectíveis adeptos do clube do dragão, por sinal reduzidos a metade... Nunca mais se meteram comigo e fiquei conhecido na altura pelo verdadeiro leão.

Apenas mais uma situação caricata para descontrair a cena que vos acabo de contar que quase envolveu cena de pugilato. Em 1994, rumei a Alvalade para ver o Sporting vencer o Real Madrid por 2-1, num jogo a contar para a Taça Uefa, não dando no entanto para passar a eliminatória, porque o Laudrup (grande jogador) fez um golo monumental e deitou por terra as nossas esperanças, porque em Madrid apesar de grande exibição perdemos por uma bola.

Fui numa excursão organizada pelo Solar do Norte (o Núcleo do Sporting na invicta) com mais 50 leões aqui do norte. Volvido o jogo regressamos ao Porto. Chegamos cá por volta das 2 da manhã. Na altura eu morava perto do Solar do Norte e portanto fiz a viagem para casa pelo meu próprio pé, não recorrendo a transportes. Notei que atrás de mim vinha um senhor e o filho adolescente ambos leões que também vinham na excursão e como tal abrandei para continuar o resto do caminho até casa com eles. Falamos das incidências do jogo e de outros assuntos. Eu não imaginava é que eles eram os vizinhos do andar de cima do prédio onde eu morava na altura, os mesmos que se fartavam de gritar sempre que o Sporting marcava um golo.

Não os vejo desde esse ano de 1995, mas estou certo que no sábado, estejam onde estiverem, esses leões vão gritar bem alto porque o Sporting Clube de Portugal vem ganhar ao dragão.
LeãoTransmontano


O jogo que eu queria jogar
Vem aí mais um Clássico, agora com a equipa que tem sido nossa cliente habitual nos últimos anos, apetece dizer, “Tu por aqui outra vez?”, as minhas recordações dos embates com o clube de futebol são imensas, sou de uma família essencialmente portista, por influência do meu Avô natural da freguesia de Paranhos.

Em criança os nomes de Fonseca, Simões, Costa, Octávio, Cubillas, eram uma constante, também desde cedo a “ovelha negra” mostrava uma forte aversão ao jogador “à porto”, nunca engoli Freitas, Rodolfo, Frasco, Gomes, mas lá morava também o meu encanto António Oliveira.

A ele devo o facto de ser Sportinguista, com a sua saída para Alvalade o meu coração ficou completo, Rui Jordão, António Oliveira e Manuel Fernandes eram o meu trio de luxo, isto em oposição a avançados pieguinhas tipo Gomes ou Néné. Não imaginam as vezes que joguei no meio deles em pleno estádio das Antas com vitórias só possíveis na imaginação de um miúdo.

Quis a história que a Arte poucas vezes fosse vencer ao reduto da agressão, do chico-espertismo, da falsidade mas foram vitórias sempre saborosas.

Para este jogo entramos como o filho que vai para a mesa, comer a primeira refeição em família, depois de ter espatifado o carro do Pai numa noite de inconsciência. Diz a experiência que após grave asneira, a humildade e a disponibilidade para assumir os erros e para ajudar a família são o melhor remédio para voltar a conquistar a confiança perdida.
LMGM

Adversários e inimigos
Nunca perdi nenhum amigo por causa do futebol, mas já fiz vários, não apenas no meu clube. Apesar de o tentar defender o melhor que posso, estimo os meus adversários. Por serem só isso e por eles serem necessários para que as vitórias sejam mais saborosas.

No passado fim-de-semana jogamos com um dos maiores rivais, para mim "o rival". Amanhã cruzamo-nos com outro. O que mais tem ganho nos últimos tempos. Os meus adversários estarão no relvado e na bancada. Na tribuna sentar-se-à o maior inimigo do Sporting e os seus capangas. Que, mudando a face do seu clube, tornando-o vencedor a qualquer preço, trouxe para o futebol português a mentira, a corrupção e a desconfiança. Estranham muitos Sportinguistas como pode um de nós sentar-se ao seu lado.

LeaodeAlvalade

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