quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

E depois do adeus

O direito à indignação
Os Sportinguistas têm todo o direito em manifestarem-se contra uma das maiores humilhações a que fomos sujeitos nos nossos 102 anos de história. Diz o povo na sua sabedoria que quem não se sente não é filho de boa gente, e esquecer o que ontem sucedeu seria, entre muitas outras coisas, desrespeitar os nossos antecessores. Mas não confundir indignação com auto-destruição. Todos os clubes, mesmo os maiores da Europa, onde os nossos fundadores nos gostavam de ver incluídos, têm na sua história páginas negras. E foram os que mais depressa as souberam superar os que mais depressa se recolocaram na senda das vitórias. Indignação sim, imolação não! O jogo de ontem está perdido o de sábado não!

Os amigos da onça
É incontestável que o assentimento dado à antecipação do jogo de sábado foi, no mínimo, um acto de má gestão. Os Sportinguistas já não apreciam que o seu presidente se sente ao lado da encarnação de 30 anos de corrupção e do insulto à verdade desportiva, porque se lembram que muitos desses actos nos foram particularmente dirigidos para nos desviar da vitória. Mas dificilmente perdoarão a quem faz acordos que depois mais não são que o enxovalho do nosso nome na praça. Acordos de cavalheiros fazem-se com cavalheiros. E ainda é pior porque FSF parece não perceber que está a lidar não com um amigo de leões, mas da onça! Eu, que defendia eleições antecipadas para melhor programação da próxima época, defendo-as agora para salvaguarda da presente. Já vou tarde.

Inacção é uma arma de destruição maciça!
Tudo farei para estar presente no jogo do próximo sábado e de cachecol onde se lê “Sporting Sempre!”. Porque não concebo outra forma de estar e ser Sportinguista. Mas já sei que dificilmente o conseguirei. A venda de bilhetes para o jogo está restringida aos sócios do fcp. Que tem sócios em actividade em número superior à lotação do estádio. Um facto a merecer reflexão séria por parte de todos os Sportinguistas que, tendo possibilidades de ser associados, lavam as mãos, ou protestam contra o actual estado de coisas ou simplesmente assobiam para o ar. Como diz o nosso um grande sportinguista, juntos somos mais fortes. Ou, como diz a música “Inaction is a weapon of mass destruction”. A inacção é uma arma de destruição maciça!

Actualização: para os devidos efeitos juntei a sondagem de ontem do Record. Eu era do sim...

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