quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Dignidade

Eu nunca tinha visto o Sporting perder por cinco bolas sem resposta. Logo hoje compete-me a mim fazer a crónica do jogo, tarefa que não se augura nada fácil, como devem compreender. Quando hoje de tarde li o primeiro parágrafo desta crónica na imprensa, apoderou-se de mim aquela sensação desconfortante que um misto de nervosismo e de preocupação conseguem causar ao mais indefectível dos adeptos. É que encarar um encontro deste género pela perspectiva descrita, revela um pouco a falta de estaleca do clube na alta-roda do futebol europeu.

Pedia-se um grande Sporting, não em altura, mas à altura dos bávaros, capaz de ombrear com as tropas do General Klinsmann. Optou-se pela experiência e na verdade foi em grande parte pela falta dela que vergamos por números tão expressivos.

O Sporting até entrou bem no jogo, controlou a bola, assumiu uma postura ofensiva enquanto o Bayern se manteve na expectativa. Aos poucos os alemães equilibraram as operações e as equipas encaixaram o seu jogo, sempre com o Sporting a querer assumir o controlo das operações. Mais remates, mais posse de bola, mais ataques, só foram contrariados pela traição do experiente Derlei que ao fazer um passe arriscado para a defesa, permitiu a Ribéry ultrapassar os centrais leoninos e bater Tiago de forma fácil.

Os 35.163 espectadores presentes em Alvalade acabaram a primeira parte com aquela sensação de injustiça no resultado. Mas quem não marca sofre e sempre ouvi dizer que nestes jogos não se pode falhar.

Na segunda parte foi aquilo que todos viram. Um desastre completo. Sempre pensei que apesar de tudo iríamos conseguir contrariar a sorte, que afinal lhes sorriu na plenitude. Em dia D, não houve plano B.

Companheiros, seria fácil desancar os nossos jogadores ou criticar o treinador em função das variadas alterações que operou na equipa. Vamos deixar isso para os nossos adversários. Eles certamente rejubilaram com esta nossa derrota.

Para mim, o mais importante é o futuro. Aos nosso homens, deixo-lhes esta mensagem: se agora vos perdoo, apesar da humilhação que sinto, exijo-vos que se apodere de vós o verdadeiro espírito do leão e que na vossa mente paire um único objectivo: alguém vai ter que pagar e esse alguém, não podemos voltar a ser nós, os mais dignos membros da família Sportinguista, os adeptos.

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