terça-feira, 7 de julho de 2009

Quanto vale a estabilidade?

Há precisamente um ano atrás olhava para a casa dos nossos principais rivais e via na excessiva agitação de entradas e saídas de jogadores e/ou de equipas técnicas a nossa grande oportunidade para a Liga Sagres. Na nossa casa, a continuidade do Conselho Directivo em comunhão de ideias com a equipa técnica, que também se mantinha, afigurava-se com um certificado de garantia favorável às nossas aspirações. As aquisições, especialmente de Postiga e Rochemback, serviram para cimentar as esperanças num bom campeonato. O mesmo é dizer que parecia que seria então quebraríamos o jejum forçado desde a época 2001/02. A estabilidade como garantia de vantagem sobre os competidores, a possibilidade de progressão e melhoria animava então os Sportinguistas.

Foram precisas apenas 6 jornadas, onde empatamos a zero em Paços de Ferreira, depois de 2 derrotas consecutivas com os nossos rivais, para se perceber que a evolução na continuidade era uma miragem e os problemas que se arrastavam de épocas anteriores se mantinham. Uma ponta final em esforço, mais voluntariosa que em classe, mascarou um pouco a evidência de que morremos sem ver a costa.

Não se conhecem, por enquanto, mais desenvolvimentos no dossier reforços, embora o 1º capítulo, chamado Matias Fernandez, parecer ser digno do carimbo aprovado. E são várias as possibilidades, segundo os "mentideros", de sair alguém antes de voltar a entrar. Hoje é Izmailov, cobiçado pelo seu velho conhecido Iuri Semin, técnico que o lançou. Veloso não é propriamente novidade, mas o Aston Villa é. Não é talvez por acaso que, passado um ano, é outra vez a estabilidade que aparece a ser brandida como a nossa melhor arma, como diz hoje Pereirinha. Quanto vale afinal a estabilidade? E que ingrediente lhe falta adicionar para cozinharmos um título?

Para ajudar, ou não, à discussão deixo aqui as palavras de José Mourinho, retiradas do excelente Lateral Esquerdo, que rivaliza com os melhores dos melhores a tratar de futebol:

"Contrariamente aos outros, não considero a estabilidade numa equipa como factor para que o conjunto tenha sucesso. Uma equipa tem de ser ensinada de forma correcta pelo treinador, para que possa jogar à imagem dele e para saber desempenhar a sua função suficientemente bem para a executar de olhos fechados - e isto não implica ter as pessoas a trabalharem em conjunto durante anos. Trata-se de o treinador fazer as coisas certas, de trabalhar arduamente e de as sessões de treino serem proveitosas"

Sem comentários:

Enviar um comentário

Este blogue compromete-se a respeitar as opiniões dos seus leitores.

Para todos os efeitos a responsabilidade dos comentários é de quem os produz.

A existência da caixa de comentários visa dar a oportunidade aos leitores de expressarem as suas opiniões sobre o artigo que lhe está relacionado, bem como a promoção do debate de ideias e não a agressão e confrontação.

Daremos preferência aos comentários que entendermos privilegiarem a opinião própria do que a opinião que os leitores têm sobre a opinião de terceiros aqui emitida. Esta será tolerada desde que respeite o interlocutor.

Insultos, afirmações provocatórias ou ofensivas serão rejeitados liminarmente.

Não serão tolerados comentários com links promocionais ou que não estejam directamente ligados ao post em discussão.