terça-feira, 4 de agosto de 2009

euromilhões

Quando milhares de Sportinguistas se preparavam para dar continuidade ao rol de críticas e demais impropérios vociferados durante os tenebrosos e paupérrimos 90 minutos de futebol com que a equipa do Sporting nos vem habituando, eis que, num pequeno momento, numa fracção de segundos, tudo acaba por se alterar e mudar a história de uma eliminatória que mais uma vez abalou o coração desgastado dos Sportinguistas.

Tão raro acontecimento não deve passar sem destaque até porque o povo diz que a sorte protege os audazes. Recordei a propósito, o golo de Miguel Garcia na meia-final de Alkmaar, também no último minuto do encontro. Só que a diferença é que em 2005 o Sporting praticava dos melhores futebóis da Europa e hoje arrisca-se a mais uma vez a passar uma enorme vergonha na liga milionária.

Ainda nos recordamos do pesadelo de Lisboa e da tragédia de Munique. Parece que somos sempre capazes de fazer pior e hoje, não fazendo pior, voltamos a deixar uma pálida, péssima, o que quiserem, imagem, nada dignificante para uma equipa que no ranking da UEFA se encontra na 31.ª posição.

Sinceramente eu já nem sei abordar a questão táctica. O nosso Sporting tem hoje um problema táctico, técnico e físico. De resto, esta frase já foi e irá a continuar a ser devidamente exprimida em toda a blogosfera e imprensa desportiva.

É triste, muito triste, quando, continuadamente, sempre com fé, com mística, com amor e carinho, esperamos por aquela exibição, por aquela época, por aquele jogo que nos encha o ego, que nos preencha, que nos dê confiança, que nos motive, que nos acarinhe, enfim, que nos retribua o amor que damos, e o que vemos, é uma equipa desnorteada, sem alma, sem história, desconfiada e desorientada, onde nem o peso da camisola parece contar.

O Sporting de hoje fez-me lembrar aquele género de pessoas que pouco fazem pela vida, sem qualquer rasgo ou iniciativa capaz de alterar o lamento constante em que vivem, a quem de repente sai o euromilhões. Resta saber, quando assim é, se depois há capacidade para administrar a fortuna e lidar com a sorte.

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