sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Respeito!

Penso logo (des)existo?
Os Sportinguistas queixam-se da vergonhosa arbitragem de Viktor Kassai na passada terça-feira e o clube parece ter pensado em apresentar um protesto formal na UEFA. Mas entre o pensar e o levar a efeito parece ser um longo caminho, trilhado em labirintos, uma vez que as tarefas iniciadas não chegam a conhecer o fim. É algures no meio de um labirinto de ponderações que, desde Maio até hoje, deve jazer o projecto de queixa contra Duarte Gomes e sua peitada em Ricardo Peres, treinador de guarda-redes. Quando o Sporting desiste de exercer os seus direitos e até obrigações, não se pode depois queixar de ser desrespeitado em sua própria casa, como aconteceu com o árbitro aludido. Se amanhã, por absurdo, uma situação idêntica ou mais grave acontecer a última coisa que ficarei é surpreendido.

Que respeito pelos sócios?
Quantos dos 6.000 sócios até agora angariados se deslocarão a Alvalade para ver o jogo de amanhã? Não sei e julgo que ninguém saberá ao certo. Mas, se viverem a mais de 300 km de distância como eu, quantos poderão dar-se ao luxo de comparecer a uma hora tão tardia, 21.15h e iniciar a viagem de volta depois das 11horas, com uma perspectiva optimista de chegada a casa pelas 2h da manhã? Esta falta de atenção com que me brindam obriga-me a desrespeitar a palavra dada: havia-me já comprometido a fazer a viagem, mas compromissos familiares no dia seguinte impedem-me de a cumprir. Quantos mais como eu ficarão impedidos? A propósito, gostava que o Sporting um dia soubesse quantos adeptos, associados ou não, convergem em Alvalade, oriundos de norte a sul do País. É incompreensível que uma Sociedade Anónima não cuide bem de uma parte dos seus clientes alvos do seu negócio - é assim que se diz agora? - e nem saiba quantos são. Aposto que o número seria uma agradável surpresa.

Vou-me tornar um chato
Bom, alguns de vocês poderão dizer: mais ainda?! Não, não estou com problemas de amor-próprio. Quero dizer com isto que decidi dar testemunho público da minha decisão de me tornar membro da Associação de Adeptos Sportinguistas, AAS, respondendo presente no momento em que esta associação lança uma campanha de angariação de novos elementos. É assim que muitos Sportinguistas vêem esta associação: como um grupo capaz das maiores inconveniências. Mas, tal como diz a publicidade, primeiro estranha-se e depois entranha-se. Tive a felicidade de conhecer alguns dos seus elementos e conheço parte do seu trabalho. Revejo-me no seu ideal, labor, inconformismo e dedicação à causa Sportinguista. Estes jovens leões deitam por terra o conceito de irresponsabilidade quando associada à juventude. Merecem o meu apoio e creio que o vosso também. O Sporting precisa deste AAS (lê-se ÀS) de trunfo para cortar com a indiferença e o conformismo em que por vezes se vê cair o clube, dos associados aos quadros dirigentes. Não faltam exemplos práticos na sua actuação e vamos continuar a ouvir falar da AAS, seguramente.

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