terça-feira, 29 de setembro de 2009

Chega!!!

Embora ainda não tendo atingindo o seu epílogo , o processo “apito dourado” parece destinado a não produzir qualquer consequência penal para os que, à custa da trapaça, encheram as estantes de troféus, alicerçando um poder iníquo que ainda hoje sufoca a verdade desportiva. Apesar de tudo, este processo deixará para a memória futura 2 factos indesmentíveis, comprovados pelas escutas: que a justiça portuguesa é um labirinto onde a verdade dos factos se perde entre corredores, recursos, favores e apelos, e que a tão propalada eficácia e boas praticas desportivas dos azuis e brancos tinha uma rede à prova de qualquer vicissitude.

Embora eu nunca tenha duvidado, foi através das escutas que o País ficou a saber que Bettencourt falava verdade sobre o triste episódio da camisola de Rui Jorge. Ou como, por exemplo, o clube das Antas se moveu, , para evitar um castigo certo por agressãode Deco, com uma bota, a um árbitro. Para tal não hesitaram em recorrer a um jornalista (?), que a troco de uns almoços, veiculou a chantagem da ausência do luso-brasileiro do Euro-2004, caso fosse castigado. Claro que o referido árbitro também nunca quis ver apurada a verdade, doesse a quem doesse. Sabia bem que, no final, seria ele a sofrer as maiores dores.

A nossa matriz impede-nos de usar destes expedientes e outra frutas para lutar pelo que é nosso de direito. Para termos igualdade de tratamento e jogarmos em igualdade de circunstâncias no que aos critérios de julgamento diz respeito. Por isso o nosso caminho é mais difícil e penoso, mas julgo que é por tudo isto que muitos de nós só nos imaginamos Sportinguistas ou coisa nenhuma, sem meios termos. É precisamente farto dos meios termos que me sinto. Do comportamento politicamente correcto para quem prefere a fraude, de estender um aperto de mão a quem nos cospe em cima, ou de nos sentarmos ao lado de quem cheira mal. Onde nos tem levado isto?

No próximo sábado deveríamos jogar na nossa Academia frente ao rival de sempre. Não aceito ter de cumprir, como agredido, uma punição idêntica aos agressores, mais ainda quando a estes foi entregue um titulo de mão beijada. A nossa negligência como organizadores de jogo já foi sobejamente castigada. Por isso, recuso-me a aceitar, de cabeça baixa, mais esta aberração. Por mim não haveria jogo.

Sei que é uma decisão difícil, até por envolver miúdos que anseiam pelos jogos grandes. Mas está na hora de dar um passo em frente e dizer chega! Às vezes os grandes males pedem remédios amargos e terapias dolorosas. Soframos as consequências mas não nos verguemos!

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