quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Bolas de Berlim

Joga-se logo em Alvalade a 2ª jornada de grupos da Liga Europa. De Berlim chega-nos um Hertha a viver um pesadelo inesperado: depois de lutarem pela conquista da Bundesliga transacta, cerram agora os dentes para se porem de pé. Mas as coisas não estão fáceis. No início da semana mandaram o técnico Lucien Favre de volta para a Suiça, permitindo-lhe preparar antecipadamente a época de ski que se avizinha. Espero que o seu substituto, Karsten Heine, regresse à capital teutónica com mais dúvidas sobre que caminho trilhar para sair da crise. Os alemães, como sempre altos e espadaúdos, dando a ideia como a vida seria muito mais difícil se os armários tivessem pernas, não serão doces, disso tenho a certeza.

O regresso de Tonel ao centro da defesa, uma não-decisão de PB ditada pela lesão de Polga, e a chamada de Nuno Reis, dos juniores, marca a convocatória. A possibilidade de Adrien voltar ao miolo, por recuo de Veloso à esquerda, seria interessante mas pouco avisada. Não que o miúdo de Arcos de Valdevez não tenha futebol de sobra, mas não joga desde o particular de Guimarães, de onde saiu da titularidade para a bancada, sem se perceber porquê. Apostaria antes em Moutinho, tal como na 2ª parte de sábado passado. Independentemente de quem jogue, se o Sporting quiser marcar mais bolas que os de Berlim terá que fazer pela vida. Afinal o que interessa, por agora, é mesmo isso: marcar mais um que o adversário, para conquistar mais 3 pontos. Para o apuramento e para o ranking.

Discutimos aqui durante esta semana o que deveria ou não fazer o Sporting no sentido de não se deixar insultar por decisões absurdas e provocatórias como a da recente nomeação de Duarte Gomes. Sem legitimar este procedimento, a noticia de que o Sporting viabiliza sem qualquer estratégia alterações de regulamentos e depois de ainda se queixa, deixa-nos numa posição tão ridícula como os que agora acusamos.

Continuamos a fazer grandes negócios. O de Grimi já se sabia. O de Rochemback soube-se agora. Contas por alto, e por esta cotação, o Sporting receberá pouco mais de meio milhão de euros por 70% do passe do brasileiro. O que não dá para receber de volta o dinheiro que despendeu em vencimentos e prémios. Talvez agora se perceba melhor o que aqui defendi vezes sem conta: por este preço e este rendimento mais vale apostar num jogador da casa. O Sporting a fazer negócios é fofo e doce como uma bola de Berlim.

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