terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Afinação de pormenor

Não foi na sexta-feira que perdemos o campeonato, assim como não seríamos mais candidatos caso o desfecho do jogo nos tivesse sido favorável, como muito bem poderia ter acontecido. Mas se alguma frustração resulta do jogo de Braga, ela acontece porque foi evidente uma melhoria qualitativa no nosso jogo. Foi essa melhoria que fez muitos pensar que um milagre seria possível ou acalentar a esperança de que o veredicto final poderia ser adiado.

Mas o que há de sustentável nessa melhoria? Foi alcançado um patamar sólido na progressão da equipa, permitindo pensar que não há regresso a um passado indesejado e porém tão próximo? Não consigo responder a estas 2 simples questões sem receio de deixar que a objectividade se deixe iludir pelo desejo que as respostas sejam afirmativas. E a dúvida é legitima, uma vez que faltam ainda as vitórias sempre que o grau de dificuldade sobe. Foi assim contra o Hertha, o U. Leiria e frente ao Braga.

Carvalhal conseguiu devolver alguma auto-estima ao jogo da equipa, fazendo com que esta deixasse de ter medo de si e da própria sombra. Mas a ambição natural e obrigatória num clube da grandeza do Sporting não permite grande satisfação com a obtenção de mínimos. Digamos que Carvalhal conseguiu retocar a pintura, tapando as mazelas e pôr o carro novamente a trabalhar. Mas falta afinar um motor que ainda se engasga, e saber fazê-lo ou não é a dúvida que paira agora sobre o treinador. Por um carro a andar é uma coisa, torná-lo numa máquina de competição é outra bem diferente. É a altura da afinação dos pormenores.

Falta ainda alguma consistência ao nosso jogo, falta-lhe velocidade de execução, falta-lhe profundidade e presença perto da baliza. Com o modelo de jogo estabilizado é hora de perceber se este é o que melhor se adequa e se os seus intérpretes são capazes de o interpretar. Veremos. Não ainda hoje, porque um clássico é sempre um jogo onde o passado e o futuro começam e acabam nos 90 ou 120m de jogo.

Mas os pormenores não são apenas questões técnico-tacticas. Poder contar com o empurrão que por vezes - demasiadas - beneficiam os seus congéneres nos rivais também ajuda. Na Madeira foi ao apito que os azuis acordaram de 30m de um sonho feio, e o Guimarães poderia ter feito sentir o sabor da espada, se o árbitro visse o que fez Chavi Garcia. Um penalty e um jogador a menos costumam fazer a diferença.

11 comentários:

  1. Hoje gostaria que fossemos SPORTING COM ALTIVEZ!!!

    Aos jogadores e equipa técnica:

    - Jogar com os dentes cerrados;
    - Levar aqueles fdp todos na frente!
    - Orgulho em vestir a CAMISOLA!
    - GANHAR!

    Aos dirigentes:

    - Longe da Tribuna, ou banca, da Fruta!
    - Exmo Sr. Presidente ao lado do Paulo Gama!

    Aos Adeptos e Ultras:

    - Orgulho!
    - Apoio Constante!
    - Se a entrada demorar muito,"espalhar o terror e partir aquela merda toda"!

    SPORTING EM FRENTE!!

    sócio 61317

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  2. De novo o tempo como ingrediente principal para esta afinação. Nos processos mais especificos há que ter tempo para corrigir, para perceber qualquer sintoma que possa ter sido menosprezado.

    P.S.- Tive de usar elevado poder de abstração para avançar da fotografia (onde nos perdemos em pormenores...) para o texto.

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  3. A mecânica nunca foi o meu forte, mas estou disponível para qualquer acto biológico que ajude a resolver o problema ilustrado.

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  4. Malandros...

    Sejam malandros e ganhem, Força SCP! Fiquei a meio da frase... nem sei bem pq...

    ;)

    Até logo. "Cheira bem, cheira a meias" (meias-finais da Taça, claro está!)

    SL!

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  5. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  6. Um grande abraço a todos os que estiverem apresentes no Estádio do vento a apoiar o nosso grande Sporting!

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  7. Boas,

    "Um penalty e um jogador a menos costumam fazer a diferença."

    Parte do penalty estás a falar da mão quando ainda estava 0-0, certo?

    vocês deviam preocuparem-se é em ganhar os vossos jogos em vez de continuarem a fazerem-se de coitadinhos.

    Ou querem mesmo que se fale de como o sporting deveria ter acabado o jogo com o Braga com 9 jogadores (então aquela do Saleiro, auch!!)ou do cotovelo do veloso no jogo para a taça da cerveja dinamarquesa...

    Telhados de vidro meu caro....

    Hoje, e sem problema algum em afirmar, estou por vocês, assim como estarei no resto do campeonato a não ser quando jogarem contra nós.

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  8. dosul,

    As possibilidades de contra-argumentação do seu comentários são inúmeras, mas atendendo que a sua vontade (e visão) apontam apenas numa direcção...

    É que a haver telhados de vidro dum lado, resta saber se há espelhos desse...

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  9. Hugo, dizem que para sacudir a água do capote não são precisos espelhos.

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  10. LMGM e ficam com a esperança que essa água não remova a areia que tanto tentam atirar aos olhos das pessoas ;)

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