quarta-feira, 30 de junho de 2010

Erros meus, má fortuna...

O que tem a saída de Hugo Almeida a ver com o golo sofrido instantes depois? Provavelmente nada, apenas uma mera coincidência. Ou, se preferirem, com Hugo Almeida em campo o golo seria evitado? Obviamente que não. Mas relacionar estes dois factos é apenas um sinal de que está lançada a discussão e a caça às bruxas, que começou em Queirós, passa por Ronaldo e até ressuscita Scolari. Podia ser diferente? Provavelmente não, pelo menos em Portugal.

Já aqui disse o que pensava de Queirós. E julgo ser inútil e até injusto lembrar nesta altura Scolari. Se acho que Queirós é um bom dispenseiro, Scolari em Portugal não passou de um convidado que se sentou a uma mesa já posta, comeu do melhor que havia, e foi-se embora sem deixar um legado que valha a pena recordar. E como parece que já ninguém se lembra, é bom recordar que no último Europeu,  com um lote de jogadores semelhante, saímos na primeiro jogo a eliminar, jogando igualmente de tracção atrás e sem brilho. Alguém acha que Scolari seria ontem mais atrevido que Queirós?

Ah, e então as bandeirinhas à janela, as procissões atrás do autocarro, os motoqueiros, bandarilheiros? O que isso tem a ver com o futebol? Portugal pode precisar de referências, de heróis ou até de mártires, de Viriato, Martim Moniz, mas o futebol nacional precisa de um seleccionador que perceba como potenciar as qualidades dos nossos jogadores, da mesma forma que a Espanha conseguiu aliar à fúria a eficácia e a mestria dos seus executantes. Aí a diferença entre Queirós e Scolari estará no sotaque.

As palavras de Ronaldo e Deco são sinais de indisciplina? São. Não deveriam ter acontecido e devem ter consequências. Mas representam também a revolta de quem sente que era possível fazer melhor. São o sinal evidente que os jogadores, ou parte deles, não confia na capacidade do seu seleccionador, tal como grande parte de nós, e esse sinal não pode ser esquecido por Gilberto Madaíl.  E Ronaldo foi quem mais perdeu com este Mundial, embora a sua postura nos jogos da selecção também não o isentem de culpas.

Era possível fazer melhor? Hoje até Queirós o terá já confessado ao travesseiro. Os erros da convocatória foram-lhe fatais. Pepe, Ricardo Costa, Duda, Danny foram erros de palmatória. As lesões de Bosingwa e Nani funestas. A entrada de Ruben Amorim e consequente lesão muscular foi, no mínimo, caricato. Mas é no modelo de jogo da selecção que reside o problema. Termino os posts sobre a selecção como comecei: que ideias tem Queirós para o nosso futebol? Queirós conseguiu o mais fácil que é desconstruir o jogo adversário, dotando a equipa de solidez defensiva. Mas, como vimos ontem, isso não basta. Saber construir, estender o nosso jogo de uma área à outra é um cabo das tormentas ainda por dobrar.

13 comentários:

  1. Concordo com parte do post, mas não concordo com o primeiro parágrafo. O jogo virou após a substituição feita (Hugo Almeida por danny) e a não feita (Pepe por Paedro mendes). E porquê? Porque a Espanha percebeu que o perigo passou a ser menor e atirou-se mais para a frente o que foi agravado pela estado fisico de Pepe! E o que é um facto é que após as substituições (Torres por Lorente e Almeida por Danny) o jogo mudou completamente e Espanha que estava controlada de repente atirouse a nós de maneira furiosa. Foram 5/6 minutos terriveis que culminaram com o golo! Na minha leitura, nós gentilmente convidamos o adversario a atirar-se a nós e eles não se fizeram rogados! Eu acho que o jogo é perdido ali... E depois também não percebo a não entrada de deco e a entrada de Pedro Mendes. Já não fazia sentido entrar Mendes depois de estarmos a perder. Tínhamos de assumir o risco e jogar o unico trunfo alto que tínhamos no banco, a par de Liedson!

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  2. JG:
    A mim não me pareceu fazer qualquer sentido a presença do Pepe na equipa, quando tinha o Pedro Mendes e o Veloso. Pepe não é um 6, muito menos nas condições em que está.

    Para mim o golo naquele momento foi uma coincidência fatal porque a seguir precisávamos de estender o nosso jogo e não o conseguimos. Mas seria igualmente difícil com Almeida, uma vez que a perder não nos chegava ficar à espera dos espanhóis.

    Tal como previra no inicio do jogo, ser-nos-ia muito difícil sofrer um golo e conseguir reagir. Havia demasiada tracção atrás e isso não se muda com um estalar de dedos. E há que admitir que é muito difícil, do ponto de vista psicológico, jogar contra esta equipa de Espanha, que obriga a concentração máxima e tolerância zero a falhas.

    Não é nenhum drama perder com eles, muito menos por um zero. O até jogar em contenção com eles, porque é muito mais fácil do que impedi-los de ter a bola. Mas jogando assim, preferindo o contra-ataque, era possível e sobretudo desejável para o nosso orgulho fazê-lo melhor e isso creio que era possível. Se o resultado podia ser outro? Podia, pelo menos seria mais favorável à nossa auto-estima.

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  3. Qualquer pessoa percebe facilmente que Portugal perdeu o jogo de ontem porque falhou tacticamente. A saída do Hugo Almeida culminando com os 5 minutos de jogo seguintes infernais por parte da Espanha não têm nada de coincidência.
    Simplesmente o nosso pseudo-treinador transmitiu ao lado espanhol que se estava a borrar todo ao ponto de, vendo os minutos a passar, tirar o único ponta-de-lança e reforça o meio-campo com um médio…aos 55 minutos de jogo.
    É lógico que os espanhóis muito mais audazes e ambiciosos vieram para cima de nós e o resultado foi o que se viu.
    Apenas Madail para pensar que este moçambicano radicado em Portugal poderia algum dia estar á altura do grande Scolari…

    Contrate-se um treinador a sério e resolve-se logo grande parte dos nossos problemas.

    SL

    P.s:. Aquando da contratação de Paulo Sérgio, disse na altura neste blog que o sucesso deste á frente do Sporting seria semelhante ao de Queiroz á frente da selecção…Espero estar enganado.

    SL

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  4. A questão essencial para mim é se era possivel manter o tipo de jogo que estavamos a fazer e ir enervando os espanhois. E penso que era! Depois de estarmos a perder, ficou quase impossivel...O problema é que para mantermos o tipo de jogo que estavamos a fazer precisavamos de os manter em respeito como estavamos a conseguir. Eles também percebiam que com almeida e Cr (mesmo mal) na frente não podiam correr riscos demais e esticar o jogo. Quando Almeida saíu, eles perceberam que podiam finalmente correr mais riscos. A agravar a situação, Pepe explodiu.

    Resumindo e concluíndo, eu acho que a derrota é fruto de uma leitura tactica muito má. Se podíamos perder na mesma? Podíamos! Mas com um pouco de fortuna e paciencia, também podíamos ganhar!

    Já agora, ninguém reparou nisso, mas Villa está fora de jogo na jogada do golo. Não perdemos por causa disso, até porque é um fora de jogo milimetrico, mas fica o registo. Até nesse pormenor a sorte nos faltou...Mas também fizemos por merecer a pouca sorte que tivemos. Alias do minuto 7 ao 55 (momento fatal das substituições) as jogadas mais perigosas foram nossas e com um pouco de fortuna...

    Também não compreendo o porque de Deco ficar no banco após o golo espanhol. Íamos correr mais riscos e se calhar perder por mais? Se calhar íamos, mas perdido por um, perdido por mil e não compreendo a total falta de ambição mostrada. Uma derrota é sempre uma derrota e Deco era o unico que podia tirar um coelho da cartola...

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  5. LdA,

    Já eu acho que faz todo o sentido relembrar Scolari. É que o legado que ele nos deixou, ao contrário do que dizes, merece ser referido: final do Euro em 2004, meias-finais do campeonato do Mundo 2006 e, mais importante, uma equipa. O que não existe neste momento.
    Além disso, foi o próprio CQ que não conseguiu se livrar desse "fantasma", quando no início optou por tecer considerações acerca dele.

    As escolhas de CQ, e reportando-me apenas a este jogo:

    - leva Pepe quando não tinha ritmo, colocando-o a trinco em detrimento de Pedro Mendes quando este tinha feito 2 bons jogos;
    - escolhe Ricardo Costa para lateral direito preterindo os 2 de raíz que tinha;
    - coloca CR entre os centrais, já após o ter deixado só na frente, com os restantes jogadores a bombearem-lhe bolas, e antes também para o HAlmeida, numa filosofia de "chutem a bola e ele que invente qualquer coisa"

    são demonstrativas do que foi "trabalhado" neste estágio.

    Se a nível defensivo estivemos bem, em termos atacantes fomos uma nulidade, com excepção do jogo contra a Coreia do Norte. Marcámos 7 golos mas isto foi conseguido num jogo atípico, em que depois de termos saído a ganhar 1-0 para o intervalo, marcámos golos em curtos intervalos de tempo, aproveitando o maior balanceamento da Coreia do Norte no ataque, em que tudo nos saiu bem. E não fiquei com a sensação que tivesse sido mérito do trabalho do treinador mas sim da qualidade individual dos jogadores.

    Nos restantes jogos, limitámo-nos a defender bem e a sair em contra-ataque, usando e abusando de lançamentos longos para o CR para que ele inventasse algo, sem que tivesse por perto quem o apoiasse.
    É muito fácil bater no CR mas quem é que ele teve que o ajudasse a construir jogo?
    Simão foi uma verdade nulidade ontem e já tinha feito um jogo bastante fraco contra a Coreia do Norte; Danny continua igual, sempre muito perdulário e inconsequente apesar da sua qualidade técnica; as escolhas relativas aos PDL pareceram-me totalmente desajustadas, pois teria feito mais sentido chamar HA para o 1º jogo do que Liedson, devido ao poderio físico da Costa do Marfim, e preferindo o Levezinho nos jogos com o Brasil e Espanha; Pepe a trinco quando deveria ter colocado Pedro Mendes num jogo (Espanha) em que demos a bola ao adversário o que significava correr muito sem ela; dar a bola ao adversário quando nós estamos habituados a tê-la; etc etc etc.

    Scolari tinha defeitos? Claro que tinha mas como seleccionador, ganhava ao CQ por KO no 1º assalto.

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  6. JG,

    Reparei no fora de jogo de Villa também, assim como no facto de não haver uma única!!! repetição com a imagem parada, de modo a verificar se estava, por muito ou pouco, em situação irregular. Estranho também ninguém ter referido isso nos seus comentários: Tadeia passou o jogo todo, à imagem do que faz nos do SCP, a dizer como é que a Espanha tinha que fazer para nos ganhar.

    Quanto à ausência do Deco, e como comentei ontem, só me faz pensar que haviam realmente problemas entre ele e CQ. E mais convencido fiquei, quando ouvi as ridículas justificações dadas pelo nosso seleccionador.

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  7. JG: Tb é essa a minha visão.

    Muito resumidamente, q estou fartinho de sentenças politicamente correctas: Pó caralho com Queirós. Agora estou definitivamente convencido de que CQ é um autentico NBL ('Natural Born Looser'). O que mais doeu nem foram os resultados, foi ver a selecção do meu querido País praticar o 'anti-futebol'.

    Obrigado e um bom resto de visionamento do Mundial a todos aqueles que gostam de futebol ofensivo. A partir de hoje apoio os brazucas. Dá-lhe Chunga! :)

    Agora, venha 'mazé' um Sporting à Sporting para 2010/2011. FORÇA e mt CORAGEM, PS!

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  8. JVL:
    Quando refiro a legado falo em modelo de jogo e aí não vejo nada que nos tenha deixado. O que Scolari teve em 2004 e em 2006 foi mais e melhores executantes, e mesmo em 2004 teve que emendar a mão e valer-se do trabalho de Mourinho, que teimosamente queria ignorar. Mas, no último Euro, com mais ou menos os mesmo jogadores fez o que Queirós fez neste Mundial: qualificação sofrível e saída no primeiro jogo a eliminar, sem brilho. Esse é o termo mais próximo de comparação, uma vez que da equipa que fez o Euro e Mundial já não havia a mesma qualidade e os jogadores que restam de então estão 6 anos mais velhos. Respeito a tua preferência por Scolari, mas ele e Queirós para mim merecem-se.

    Virgilio:
    Se gostas de futebol de ataque e de qualidade ficas melhor servido com a Espanha. Não tenho grande fé no Brasil, mas, tal como a Alemanha, são dos que ganham quase sempre.

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  9. Já que estamos a falar de selecções, gostava de dizer que simpatizo muito com a selecção feminina polaca de volei!

    Em relação à nossa, não concordo que o Scolari não nos deixou nada, nem fez muito mais que o Queiróz. A diferença para mim é que o Scolari é um lider, sabe galvanizar os jogadores e os adeptos (percebe pouco de taticas e de modelos de jogo), ao passo, que Queirós é um estudioso do futebol, percebe muito de teorias, mas na pratica é zero.

    E pego nesta frase do post: "Ah, e então as bandeirinhas à janela, as procissões atrás do autocarro, os motoqueiros, bandarilheiros? O que isso tem a ver com o futebol?"

    Eu acho que tem muito, até por vezes, mais importante que andar a ler livros sobre as novas teorias, técnicas e táticas do mundo do futebol.
    Será que não é importante, os próprios jogadores sentirem que tem uma nação ao lado deles, a apoiá-los e a acreditar que podem ganhar??(o que não aconteceu neste mundial).

    Não é isso que por vezes defendemos no nosso clube, ter os sócios e adeptos todos do mesmo lado a puxar pelo mesmo, será que isso não dá mais confiança aos jogadores, não lhes dará mais vontade de ganhar...

    Os argentinos foram buscar o Maradona porquê? Acho que não foi pelas tácticas e técnicas e modelos de jogo...mas é a minha opinião.

    De resto, interessa é o nosso grande amor...

    SL

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  10. LdA,

    O Scolari conseguia extrair o máximo de cada jogador e uni-los em torno de um objectivo comum e isso é para mim, o maior legado que ele nos deixou.
    CQ colocou-nos a jogar em 4-3-3 com os intérpretes errados e numa filosofia que não se coaduna com o nosso estilo. Modelo de jogo que nos deixa?

    "Será que não é importante, os próprios jogadores sentirem que tem uma nação ao lado deles, a apoiá-los e a acreditar que podem ganhar??(o que não aconteceu neste mundial).

    Não é isso que por vezes defendemos no nosso clube, ter os sócios e adeptos todos do mesmo lado a puxar pelo mesmo, será que isso não dá mais confiança aos jogadores, não lhes dará mais vontade de ganhar..."

    Concordo. É óbvio que é importante essa energia extra. Por algum motivo se fala no 12º jogador, seja nos clubes ou selecção.

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  11. LdA:

    Admito que sim. Mas talvez por conviver aqui tão próximo dos 'nuestros vicinos' e por conhecer tão bem a raça... não vou com os gajos nem à lei da bala. Assim sendo, AUPA...Brasil!

    Melhor: Arriba... Paraguay! Ainda por cima andam umas paraguaias boazudas a dar espectaculo por terras africanas... Qt mais tempos as virmos mais entretido se mantém o torneio. ;)

    Abraço.

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  12. JVL:
    "O Scolari conseguia extrair o máximo de cada jogador"

    Não me parece. O Ronaldo deste Mundial é em todo semelhante ao Ronaldo do Europeu, pegando no nosso melhor jogador, que é um bom exemplo de desperdício de talento.

    "CQ colocou-nos a jogar em 4-3-3 com os intérpretes errados e numa filosofia que não se coaduna com o nosso estilo. Modelo de jogo que nos deixa?"

    É por isso que digo que Scolari e Queirós estão bem um para o outro.

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  13. Mais do que nos clubes, o sucesso nas selecções reside em grande parte na união dentro do balneário. Um jogador olhar para o lado e saber que o outro vai correr por ele. Ficar claro que há uma causa pela qual lutar. Egos ficam à porta.

    O maradona tem sido um bom exemplo disso mesmo: não percebe nada daquilo que anda a fazer mas quase todos os jogadores dão tudo por ele.

    Com as devidas distâncias, o scolari tem algo disso. Consegue apaixonar os jogadores pela causa, com uma cultura de exigência grande. Os jogadores têm de sentir que não podem pisar o risco antes o fazerem, não é depois.

    A grande falha do queiroz, a meu ver, reside aí, na incapacidade de liderar homens. Percebe muito mais de futebol do que o scolari, mas vejo nele um porreiraço culto, que não tem os modos e linguagem abrutalhada que se espera de alguém que ocupa um cargo como o dele. Dá o flanco e há sempre alguém pronto a desferir-lhe o golpe. É um problema.

    Preocupa-me mais isso, que se espelha naquilo que o deco achou que podia dizer depois do jogo com a costa do marfim, e o que o menino ronaldo não chegou a dizer mas demonstrou várias vezes dentro de campo, do que outra coisa qualquer, como a táctica ou as substituições.

    O queiroz teve as suas falhas, sim, errou nas substituições, mas convenhamos: portugal chegou a este mundial com um potencial ofensivo reduzidíssimo face a grandes selecções como a espanha, que é só a campeã europeia, para quem se esqueceu.

    No início da fase de qualificação demos festivais de ataque sem ganhar um jogo que fosse. Acho que o queiroz cresceu como treinador desde então e a selecção tornou-se mais sólida a defender, menos espectacular a atacar, mais preparada para ganhar. Não estava era preparada para perder abre latas como o nani e o próprio bosingwa.
    As alternativas não abundam.

    Fizemos um mundial digno e caímos aos pés de uma equipa que é muito melhor. Não vejo motivos para dramas. Mas concordo que há coisas por resolver.

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