segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O preocupante abandono dos indispensáveis

Falta dinheiro para contratações? Vukcevic e Izmailov são bem capazes de estar de saída, provavelmente abaixo do preço de custo ou sem mais valias? Alvalade regista um descida de 30% no nível de assistências em quatro anos? Enquanto a competitividade da equipa se afunda os custos com o plantel aumentaram? Em todas estas noticias preocupantes há uma evidência indesmentível: a falência da gestão desportiva da SAD do Sporting. Esse é o grande problema do Sporting e não há "project finance" que nos regate da falência sem que o Sporting volte a ser competitivo.

Podemos até pensar que, no caso quer de Vukcevic quer de Izmailov, a culpa ou a responsabilidade da situação em que se encontram não seja exclusiva do clube. Mas é também evidente que são já demasiados os casos como os deles para não nos interrogarmos sobre a gestão dos recursos humanos em Alvalade. E admitindo que se tratam de jogadores com feitio especialmente problemático não ajuda muito a promover a sua venda deixar passar a ideia que o clube está ansioso para os ver pelas costas, como insistentemente vem aparecendo nos jornais nos últimos dias. À sua mais que provavel saída ficará também na mente de muitos Sportinguistas a ideia de que o seu rendimento nunca chegou a corresponder ao que o seu talento prometia, que agravará a sensação de desperdício de valores: o do rendimento desportivo e da mais valia financeira.

Não é surpresa para ninguém os números que vêm hoje no "Jogo". A quebra de 30% de público nos últimos 4 anos está intimamente ligada à descida a pique da qualidade do futebol exibido. Sem futebol de qualidade e competitividade os Sportinguistas vão preferindo outros espectáculos, como em tempos foram aconselhados. De todas as saídas a dos adeptos é aquela que mais preocupações suscita. O Sporting superou a saída de Peyroteu, de Yazalde, de Damas e de muitos outros, mas não suportará por muito mais tempo esta espiral depreciativa em que se afunda o seu futebol que leva ao afastamento dos únicos indispensáveis: os seus adeptos. Sem Sportinguistas não há Sporting!

8 comentários:

  1. Lógico que não é surpresa nenhuma o reduzido público em Alvalade.

    Ficar com um treinador completamente casmurro com um futebol perfeitamente previsível, não era seguramente um bom cartão de visita.

    Contratações no mínimo duvidosas e dispensas de jogadores completamente impensáveis. Enfim, não se augurava nada de bom.

    Com tantas preocupações que temos na equipa de futebol, o nosso director acha que o uso de acessórios como os brincos são um problema.

    Também estranho haver tantos problemas disciplinares no clube. São assim tantas maçãs podres?

    Os activos, Vukcevic, Izmailov e Caneira já são passado?

    Couceiro terá aqui uma boa oportunidade de mostrar trabalho.

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  2. Os nossos jogos continuam a ser a horas impróprias para as familias..os 2 próximos jogos em alvalade são ás 21.15 em canal aberto. a sport tv está a matar o nosso futebol pois prefere dar jogos estrangeiros aos fds de tarde do que os nossos..Mesmo a jogar mal eu acredito que se os nossos jogos fossem de tarde que muitas familias fora de lisboa regressavam a alvalade..Assim preferem ver no conforto de casa em canal aberto..Só os malucos e doentes como eu se deslocam a lisboa para ver ao vivo o nosso clube mesmo a jogar mal eu não desisto..Depois há outro pormenor que se vém assistindo..Quantos e quantos sportinguistas deixam os seus filhos irem para outros clubes???Não me digam que vão porque os outros ganham..Pois no meu tempo de infãncia quem ganhava tudo nos anos sessenta era as galinhas e eu cresci a amar o SPORTING..Porque o meu Pai que DEUS tém me deu essa doença e eu já transmiti aos meus...e não estou arrependido e tenho muito orgulho em ser SPORTING..

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  3. LdA,
    Concordo com o teu vaticínio no final do post: esta quebra de público em Alvalade é profundamente preocupante, e é um sintoma impossível de ignorar. Resta-nos no entanto continuar a lutar. Por isso para o jogo com o Braga, sábado, dia 8, uma camioneta de sportinguistas vai partir do Solar do Norte. Em breve deixarei aqui mais informações.
    Abraço

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  4. O fenómeno da perda de militância tem muito mais a ver com os reflexos da transformação de um Clube desportivo num conjunto de empresas em que a componente paixão se foi.
    O "assalto" dos iliuminados da banca foi irremediável e mais tarde ou mais cedo isto iria ser uma realidade.
    Nos tempos de João Rocha não eramos uns eminentes ganhadores no futebol mas eramos não só respeitados como ganhadores nas restantes modalidades e chegámos a ter cerca de 15 mil atletas. Vieram os banqueiros pseudo-elitistas e tudo se desvaneceu. Deram um tiro na componente associativismo, em troco de um conjunto de empresas mal geridas com muitos "boys" a pavonear-se e a ganhar muito dinheiro.
    Atribuir a deserção apenas ao ganharmos pouco e ao parco investimento não me parece muito realista.
    Vukcevic, Izmailov e outros "ics" e "ovs" são uma pequena gota no imenso oceano que é o nosso Sporting.
    Em minha opinião ainda vamos a tempo de "salvar" o associativismo e a retoma da militância. Assim exista vontade política para isso

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  5. Bruno,

    Temos que combinar para tomarmos um café aquando do jogo com o Sp. Braga.

    Abraço

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  6. Quanto a mim a cada vez menor assistência deve-se a três factores:
    -futebol cada vez menos interessante;
    -bilhetes caros para o futebol que se pratica;
    -horas por vezes impróprias para um jogo de futebol.

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  7. Dina

    Podes acrescentar um quarto factor:

    -Falta de um ritmo intenso de vitórias, com o consequente discurso triunfalista, que faça os Sportinguistas acreditar e acorrer em massa atrás da equipa.

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