quinta-feira, 29 de setembro de 2011

As grandes equipas também se constroem assim

Não foi um grande jogo de futebol do ponto de vista técnico, muito porque a expulsão de Ínsua condicionou a actuação do Sporting no segundo tempo, mas teve muito dos ingredientes que viciam os adeptos neste grande jogo. Momentos de bom futebol, de responsabilidade exclusiva da nossa equipa, grandes golos e emoção pela incerteza no resultado final. 

Domingos dizia no lançamento do jogo que seria necessária uma grande equipa para vencer a Lázio. Em condições normais seria uma afirmação algo hiperbólica porque esta Lázio não é uma grande equipa. Mas as circunstâncias do jogo acabaram por ditar a necessidade de um grande sentido colectivo para manter a vantagem no marcador. As grandes equipas também se constroem assim, com muito suor e sacrifício, ficando a classe individual para fazer a diferença e sabendo merecer a sorte, indispensável em todos os jogos. Este é um Sporting novo que continua a saber sofrer só que agora também sabe fazê-lo a ganhar. E isso marca uma enorme diferença para o passado recente. Ainda não somos uma grande equipa mas podemos sonhar que ela é perfeitamente possível.
Ficha do jogo

21 comentários:

  1. Hoje tivemos tudo o que uma equipa deve ter. Qualidade individual, colectiva, alma, e sorte que aconteceu com base em muito trabalho.

    http://conselholeonino.blogspot.com/2011/09/o-leao-comeca-estar-de-volta.html

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  2. “EmPOLGAnte!”

    Vá, digam lá mal do homem que é para eu me rir um bocadinho… Ria com gosto, com gozo até. Foi realmente enorme, o Anderson, mas não esteve sozinho. Rui Patrício mais uma vez com defesas decisivas (e a jogar seguro com os pés), Wolfie com excelente nota artística no primeiro golo; a Insúa tudo lhe aconteceu: um golo que mais parecia uma bazuca e até uma expulsão daquelas parvas que só ‘calham’ a jogadores do SCP… À inspiração na primeira parte, seguiu-se muita transpiração na segunda. E, já se sabe, a transpirar ninguém bate Rinaudo!

    Hoje o Sporting esteve muito bem na primeira parte. Confirmou aquele futebol envolvente de que o Vitória sadino foi primeira vítima. Apenas durante o período em que durou a troca de posições iniciais entre os dois centrais, trouxe alguma inquietação à defesa, logo aproveitada por Klose para dar sequência a um livre vindo da direita do ataque ‘Laziale’. Mas essa qualidade seria substituída após a expulsão do Emiliano. Seguiram-se 40 minutos de muita coragem, união, até coesão e, por que não dizê-lo, alguma sorte em momentos cruciais. Goosh a dominar as alturas e Polga imperial e cheio de classe a complementá-lo, a fazer recordar os tempos em que liderava a defesa leonina mais consistente do presente século. Gostei mais desta vitória que da do passado sábado, não só porque foi mais sofrida, não só porque foi alcançada contra um adversário mais valoroso e de maior nomeada que o Setúbal, mas porque mostrou que a equipa evoluiu no sentido da coesão defensiva. Nos comentários que surgiram após a vitória categórica alcançado frente aos sadinos, o nosso leitor Cantinho do Morais lembrava alguns aspectos menos bons desse jogo, numa atitude que foi algo incompreendida por outros sportinguistas. Enquanto outros ‘leões’ extravasavam a sua justificada alegria, ele foi mais além: identificou, com pertinência, alguns aspectos menos positivos que a equipe do Sporting apresentara. Ora, também em muitos desses aspectos, o SCP deu hoje uma resposta positiva e essa é a novidade que se deve saudar. Contra os italianos da Lazio o SCP deu muito menos espaço e tempo aos adversários para desenvolverem as suas combinações ofensivas. Fomos apanhados algumas vezes em contra-pé? Fomos, é verdade, mas convém recordar que jogávamos com menos um e que mesmo com esse handicap, a Lazio não conseguiu surpreender-nos muitas vezes.

    Este jogo da Taça Europa constitui, em resumo, uma vitória moralizadora para todos. Para o grupo e para os adeptos, numa série de cinco vitórias consecutivas, sendo que as ultimas duas foram obtidas de uma forma convincente.

    Para terminar num tom esperançoso resta repetir o ‘grito de guerra’ do caçula cá da casa: EM FRENTE, SPORTING!


    Gde abraço, LdA.

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  3. Depois do jogo contra o Vitória, onde jogámos francamente bem e como há muito não via, hoje tudo parecia indicar que a dose seria repetida. Assim foi até à expulsão do Insua, cujo 1º cartão amarelo me parece ridículo.
    Estas situações "únicas" continuam a acontecer-nos, seja nas provas domésticas, seja nas internacionais.

    A segunda parte foi portanto, como já disse o Virgílio, de transpiração.
    O que mudou foi que passámos a ter mais qualidade. Tanto nas opções como na circulação de bola. Vejo atitude por parte dos jogadores e não tremores quando se sofre um golo. Continuamos a apresentar lacunas nos lances de bola parada mas não podíamos exigir o Céu e a Terra em 2,3 meses.

    Finalmente temos um trinco e um lateral esquerdo. Um verdadeiro trinco e não alguém que possa fazer a posição. Temos extremos - que saudades!! - e um jogador que finaliza à primeira ou à segunda. Não há cá postes, golos anulados ou o discurso do "ele esforça-se"; há GOLOS! E bons, diga-se de passagem.

    É notório que a qualidade do plantel aumentou e que temos hoje várias opções ao invés de remediarmos.

    O futebol voltou a Alvalade e com ele os Sportinguistas. Foi preciso investir? Claro, era necessário inverter a espiral descendente onde nos encontrávamos.
    Seremos campeões? Não sei mas poderemos vir a ter uma equipa que nos orgulhe, que nos dê prazer ver jogar e que não vejamos os jogos quase por obrigação.
    A jogar assim, e como podemos ver pelas assistências que temos tido, há uma grande mudança neste aspecto.

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  4. Só espero que em Guimarães não haja demasiada paixão e que o jogo decorra sem quaisquer problemas.

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  5. O meu Sporting é mesmo um poema..

    beijos verdes
    e é bom ...

    ser Sportinguista...

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  6. O facto de há poucas horas estar a meros 20 metros do relvado talvez me leve a hiperbolizar, mas a paixão tem destas coisas. A nossa equipa não foi “de sonho”, mas foi imperial pela atitude, entrega e por vezes elevada qualidade com que soube e, acima de tudo, quis jogar. Quem foi ao nosso estádio assistiu e participou na tremenda onda de apoio e generosidade com que os jogadores foram brindados. Se Oniewu e Polga, no final da volta que deram ao relvado, não eram homens felizes (e nós com eles) então não sei o que isso possa ser. Destaco estes dois porque foram os últimos a passar à minha frente e porque foram, durante o jogo, autênticos gigantes; improváveis para alguns. Somente por esse facto - até porque há Rinaudo.
    Que saudades tinha de ter de escolher quem mais gostei de ver jogar... por sectores.
    Já aqui se falou da "bancada" e hoje, honra "nos" seja feita, os adeptos foram supporters incansáveis. Isto é o Sporting! Por vezes, há que saber como ter razão e entender que sem adeptos não há futebol.
    O futebol é assim mesmo, e em Alvalade voltámos a ter equipa, futebol e supporters. E isso é bom. Muito bom. Oxalá perdure.
    Abraços a todos
    BAR

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  7. Oh Virgilio...o Polga esteve bem, mas teve uma à...Polga que nos ia custando um golo,aquele pontapé na atmosfera na quina da área...vai lá vai.

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  8. oh anonimo, o pontape na atmosfera foi o ricky

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  9. Como disse num comentário anterior, os erros, aos poucos, estão a ser corrigidos.
    Hoje, vimos alguns esquemas defensivos serem corrigidos, que não tínhamos visto com o Vitória, e foi isso que nos permitiu sair de mais uma ronda europeia com os 3 pontos.
    Quem considera esta equipa da Lazio como banal, fraca, ou outros adjectivos que lhe tenho visto serem atribuídos nos últimos dias, é porque fala por falar e não sabe o que é o futebol jogado no campo. Esta equipa da Lazio é muito forte.

    Esta reconciliação entre a equipa e as bancadas, ou melhor, entre as bancadas e a equipa, vão levar este Sporting até muito longe.
    Como diz o novo cântico: Isto é o Sporting!

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  10. "oh anonimo, o pontape na atmosfera foi o ricky"

    LOL!

    Note-se como é esta malta: vêm um gajo a falhar um lance e acusam logo o ódiozinho de estimação que está mais ali à 'mão de semear'.. Este episódio faz-me lembrar aquele gajo que no jogo contra o Olhanense gritava contra o Postiga para ganhar o lance de cabeça ao defesa algarvio qd quem disputava o lance era o Rubio... Lapidar.

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  11. P.S.

    Eu sabia que ainda ia rir muito... Não foi ontem à noite, foi hoje de manhã...

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  12. O jogo de pés do Patrício sempre foi bom. O problema é quando lhe fazem passes estúpidos como aconteceu contra o Vitória...

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  13. O "espanhol" Insúa, como dizia o incompetente da SIC...

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  14. Grande vitória, gigantes foram todos, com Polga, Onyewu e Wolfs à cabeça, mas também imensos Schaars e Rinaudo, e o público como não se via em Alvalade já faz uns anos. O jogo do Wolfs foi notável, pelo que fez na 1a parte, pelo magnífico golo, mas ainda mais pelo sacrifício na 2a parte onde foi quase exclusivamente a nossa única forma de aliviar a pressão (e quando não ganhou de cabeça, ganhou falta).

    Voltamos a ter uma equipa em que acreditamos, e isso é mesmo muito!
    Mas atenção, há desgaste acumulado, lesões importantes, vários jogadores quase sem nenhuma rodagem, e a época é longa. Guimarães será um duro teste.

    SL,
    MTP

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  15. Quer se queira, quer não: voltámos a ver futebol em Alvalade.

    E digo isto nas diferentes componentes, desde a qualidade do espectáculo até à envolvência do público presente no estádio.

    Aguardo com alguma curiosidade a capacidade que os novos jogadores terão para "valorizar" quem por cá ficou. Os que chegaram aos poucos vão demonstrando porque podem ser considerados reforços e penso que qualquer um dos que esteve ontem em campo conseguiu de uma forma ou de outra apresentar predicados.

    O futuro não se constrói num dia e o jogo de ontem foi apenas mais uma etapa. Etapa que nos trouxe novas expectativas e (re)abriu horizontes há muito não vistos em Alvalade.

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  16. Mais que dois bons golos, foi o espírito de sacrifício e a solidariedade demonstrada por todos os jogadores que conseguiram a vitória.

    Esta equipa está a jogar de cabeça levantada. Já estava marreco de ouvir a frase que parecia que estava gravada: “agora temos de levantar a cabeça e seguir em frente”

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  17. 8, por estes dias quem diz que tem que levantar a cabeça têm sido outros, mas a coisa está de tal forma que até o avião custou a levantar...

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  18. Melhor em campo foi o americano, não tenho dúvida. Gostei muito de Polga, Rinaudo e Schaars. Percebeu-se também o quão horrível é Evaldo, o quão mau jogador é. A diferença é abismal.
    Acima de tudo quem esteve melhor foi o colectivo, algo que eu não via no Sporting há muito tempo. O público esse também esteve 5 estrelas. Ainda não temos uma grande equipa, mas temos tudo para a ter.

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  19. Bom jogo e uma grande vitoria, pouco mais à para dizer, referir apenas que Domingos teve muito bem nas substituições e com a entrada de Carriço conseguimos acalmar os Italianos.
    Vitoria que nos dá margem para poder fazer gestão em alguns jogos da Liga Europa.
    Domingo é nova luta, temos que ganhar.

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  20. Este é o caminho!

    Grande lição de crença, dedicação, entreajuda e confiança.

    E como é importante a confiança (quem vem de dentro para fora e também o inverso).

    Se o Sporting passar em Guimarães terá um período de grande importância para o futuro próximo do clube. Com as selecções, Taça de Portugal e recepção ao Gil Vicente, o Sporting pode, pela 1ª vez em muito tempo, fazer gestão do seu plantel. Pois além da qualidade dos atletas, há confiança para o fazer.
    Foi muito importante que Evaldo, André Santos, Carriço e Matías tenham sentido que também são importantes, e que as oportunidades de estar em campo e ajudar vão sempre aparecer.

    Faltam Jeffren, Pereirinha, Rodriguez e Elias (Izmailov não conta).
    Com todos em pleno, com vitórias, podemos gerir um plantel que me parece muito bem fisicamente. E com as selecções haverá lesões e cansaço (muitos vão atravessar o Atlântico). E relembro que Rinaudo vem com mais de um ano de futebol, sem férias. Creio que Outubro poderá ser um bom mês para o gerir e dar mais repouso.
    Garantir o quanto antes a classificação na Liga Europa também pode ser bom para essa gestão dos jogadores. Não só para uns descansarem mas para que TODOS se sintam importantes e úteis.

    E estamos no caminho de readquirir o respeito que perdemos no Passado. As equipas adversárias terão que adoptar outro discurso. E é também aqui que se começa a ganhar.

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