segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Como olhar o resultado, a exibição e o futuro

É muito difícil escrever a seguir a um resultado como o de ontem, na Madeira. Antes de o começar a fazer perguntava-me a mim mesmo, num exercício que procuro fazer sempre que escrevo, "e se tivéssemos trazido os 3 pontos, como podia ter acontecido, escreveria a mesma coisa?". Provavelmente não, embora pela forma como decorreu o jogo, subsistiriam razões para o fazer.

Como olhar para o resultado
Quando se deixa fugir uma vitória a 3 minutos do fim, seja qual for a prestação da equipa durante os 87 minutos anteriores, é inevitável o sentimento de frustração. Olhando para o jogo em abstracto, e levando em linha de conta o histórico recente com o Marítimo de Pedro Martins (perdemos 6 pontos o ano passado!), e as dificuldades que poderá também fazer sentir aos nosso rivais, o empate seria tudo menos um resultado inesperado, por mais difícil que seja "engoli-lo". Mas é impossível não olhar este jogo carregado pelo passivo acumulado de maus resultados no campeonato, onde continuamos sem vencer, acrescido do facto de perdermos 2 pontos ao bater do gongo.

Como olhar para a exibição
De duas formas distintas, pois foram assim as 2 partes do jogo. O Marítimo não foi surpreendente, mas foi eficaz na forma como condicionou a construção do jogo na primeira parte. Com uma clara linha de 4 em frente aos nossos defensores e Elias mais Gélson que, para este momento do jogo, não conta muito. Com isso isolou Adrien e Izmailov, e só não fez o mesmo com Carrilo porque o peruano é o jogador em melhor forma e com confiança para arriscar no um para um. Mas, no computo geral, pouco soube o colectivo aproveitar. 

A segunda parte foi melhor porque Sá Pinto fez Adrien descer para se encontrar ao meio com Elias, unindo um pouco mais as pontas soltas do primeiro tempo. Infelizmente não foi tão feliz nas substituições, onde deu uma no cravo - André Martins - e outra na ferradura - Capel. Não tanto por este ter falhado infantilmente um golo feito, mas por não ter trazido a segurança de posse de bola que necessitávamos e por ser muito mais inconsequente nas suas acções do que Carrilo. A entrada de Carriço era necessária, no momento, face à colocação dos 2 avançados encostados aos centrais  por Pedro Martins. Carriço acabaria por poder ter desfeito o empate, na última oportunidade de golo do jogo.

Como olhar o futuro próximo
Há dias perguntava aqui se, após o fecho do mercado e a paragem do campeonato, estaríamos mais fortes ou menos fracos? Talvez nem uma coisa nem outra. É óbvio que tem havido uma grande infelicidade em alguns resultados (ontem e com o Rio Ave), mas também me parecem que os problemas detectados desde o inicio da época permanecem por resolver. 

Decorrido todo este tempo, e agora que entramos num período em que, com jogos de 3 em três dias, praticamente não se treina, é de esperar mudanças substanciais? É muito pouco provável que tal venha a acontecer, a menos que, uma série de vitórias venha dar alento e permitir gerar um acréscimo de confiança capaz de superar os problemas. Mas aqui já estamos no campo do wishful thinking. Para ganhar um campeonato é preciso muito mais do que isso.

As maiores dificuldades continuarão a ser sentidas nos jogos nacionais. Creio que, com maior ou menor dificuldade, "isto" vai chegar para esta fase da Liga Europa.

O que está a correr mal?
Não são apenas os resultados, são também as exibições. Ontem, no computo geral, com um adversário mais difícil que os anteriores, a equipa pareceu ter subido um pouco de nível, mas continuam a subsistir os problemas na construção do jogo e na manobra ofensiva. Deixo de fora, para uma segunda observação, as transições defensivas do jogo de ontem, tendo em conta que o Marítimo é especialista a causar dificuldades neste tipo de acções. Mas são evidentes alguns problemas cruciais: 

1- A falta de dinâmica na movimentação dos jogadores, com poucos apoios para progredir. Na primeira parte não conseguimos praticamente uma única jogada com principio, meio e fim.

2- Uma estranha propensão para centrar, e por vezes rematar, de qualquer forma e de qualquer lugar. O voluntarismo pode servir o Marítimo, mas não serve ao Sporting.

3- A tendência da equipa ficar partida em 5 de um lado, (defesas e dois médios) e 4 do outro.

As atenções estão concentradas em Sá Pinto. O mesmo treinador que, o ano passado, em circunstâncias difíceis, percebeu muito bem o que poderia e onde deveria mexer. Mas que este ano ainda está longe de demonstrar a mesma clarividência perante um desafio maior mas também com mais e melhores condições: mais tempo, ajustamentos do plantel segundo as suas ideias. Nada está perdido mas o cenário é cada vez menos prometedor. Se dúvidas houvesse basta olhar para o plantel de ponta a ponta e, à excepção de Carrillo, todos estão a milhas do melhor do seu potencial.

26 comentários:

  1. Concordo a 99% com este post. A única frase que discordo é esta: "Quando se deixa fugir uma vitória a 3 minutos do fim"

    Eu diria que deixamos fugir a vitória quando o Capel falhou de baliza aberta.

    ResponderEliminar
  2. Como noutros campos (fora do campo desportivo) revelamos que somos muito incompetentes.

    Isto está bastante mais para lá do simples jogo de sorte e azar.

    O que aflige é que a incompetência é totalmente incosequente.

    SL

    ResponderEliminar
  3. NEGRO, MUITO NEGRO! MAIS DO MESMO! DIFÍCIL SER SPORTINGUISTA!

    ResponderEliminar
  4. Muito boa leitura, belo post, parabéns,

    SL

    aleixo
    http://ideaisleoninos.blogspot.pt/

    ResponderEliminar
  5. Bom dia,
    Não concordo com este comentário, pelo simples facto que não jogamos nada. Eu não sou cego, nem sou tendensioso, sou apenas exigente. O Sporting precisa de jogar muito mais e melhor, e enquanto jogarmos com jogadores de marcha atrás, não vamos lá. Não gosto nada de Jesus, nem mesmo um pouquinho e odeio o benfas, mas pelo menos jogam ao ataque do 1 ao ultimo minuto, o Sporting faz isso?!?! Para q contratar Labyad, Violas e outros mais para jogarem os mesmo de sempre. Para isso não iamos buscar ninguem, vendiamos tudo o que temos e jogavamos com os "B" que dariam o mesmo resultado q este estão a dar!
    Abraço e Saudações Leoninas
    Pedro Andrade

    ResponderEliminar
  6. O campo estava mau e choveu. Mas isso é desculpa também?

    3 jogos nenhuma vitória e 1 golo marcado.

    E estamos fortes? Aquele discurso serve para quê e para quem?

    ResponderEliminar
  7. Duas partes distintas e temos de dizer que a 1ª foi vergonhosa. A 2ª foi melhor porque chegámos ao golo e o jogo abriu um bocadinho, não foi por nenhuma alteração tactica.Sá Pinto o Guardiola do sporting?Queres que responda.Então e as bolas paradas não fazem parte do futebol?E o discurso a dizer que estamos fortes,mereciamos mais,etc,etc?Pareçe-me um post mansinho para o que se está a passar mas ok.Saudações Leoninas.

    ResponderEliminar
  8. "Controlámos o jogo por completo. Fizemos o primeiro golo, tivemos algumas ocasiões para matar o jogo. Infelizmente acontecem algumas coisas contra o Sporting" - Elias, no final do jogo de ontem.

    Acontecem coisas ao Sporting... O pior é que acontecem sempre ao Sporting e só ao Sporting!

    Mas será isto suficiente para justificar futebol tão escasso e ausência de vitórias? E não me refiro só a esta época, mas aos últimos 30 anos.

    É difícil ser do Sporting. É fácil apaixonarmo-nos por ele, mas é tão difícil continuar a lutar por ele.

    É que, as vezes, seria bom que fosse o Sporting a lutar pela relação. E não (sempre) nós.

    MOSTRA QUE NOS MERECES!!!

    ResponderEliminar
  9. O futebol do Sporting é digno do meio da tabela e tem um treinador fraquinho que parece que joga para o ponto. É por termos este futebol que andamos tantas vezes a queixarmos-nos dos árbitros. Não temos arte para resolver e depois ficamos a espera que um milagre caia do céu para nos bafejar....

    Ps- é verdade que o carriço teve nos pés hipótese de desfazer o empate mas nos outros minutos que andou em campo parecia uma barata tonta a correr atras dos adversários e a cheirar a bola....

    ResponderEliminar
  10. Quanto ao futuro ..... fácil : Vamos ter 3 jogos em casa agora o que vai dar mais tempo ao incompetente que está a treinar a equipa . Só quando , lá para novembro, estivermos completamente fora de qualquer corrida ao titulo ou a lugares na champions é que vamos arranjar um treinador ...... been there , done that , filme já visto .Obrigado Juve Leo o tripeiro que queriam como treinador está a fazer um lindo serviço!!!!!!!!!!

    ResponderEliminar
  11. Moreno,

    Por ora vou passar por cima da provocação do mansinho.

    Mas aproveito para lembrar que a melhor oportunidade de golo na 1ª parte resultou de um lance de bola parada nitidamente preparado nos treinos.

    Quanto à leitura do jogo temos visões discordantes também. Eu penso que chegamos ao golo por causa dessas mudanças e não o contrário.

    Quanto ao que penso do trabalho de Sá Pinto ficou expresso no post. Mas prefiro vê-lo a assumir as responsabilidades, protegendo os jogadores, do que o contrário, como fez Mourinho, p.ex.

    ResponderEliminar
  12. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  13. FCS,

    Acredito que as criticas num grupo de trabalho devem ser privadas e os elogios publicos. Sem ter um grupo de trabalho na mão é que de certeza que nenhum treinador vai a lado nenhum.

    ResponderEliminar
  14. Miguel,

    Acho a tua critica ao Carriço injusta. Entrou no pior momento da equipa e, para a posição a que foi chamado, competia-lhe fazer um pouco isso, o serviço de bombeiro. Se todos corressem como ele correu talvez o resultado tivesse sido outro.

    ResponderEliminar
  15. LdA,

    Não estou a dizer para começar a desencatar a torto a direito, mas a mim pessoalmente sabia-me muito bem começar a ver uma maior responsabilização.

    Eu não duvido do esforço, do empenho mas parece sempre que a nível mental as coisas nunca estão a 100%. Parece que não estão inteiramente focados, conscientes do que lhes é exigido.

    Não sei se me faço explicar.

    ResponderEliminar
  16. FCS,

    Decorrido este tempo todo na época parece-me que a primeira responsabilidade recai sobre a equipa técnica, da qual Sá Pinto é o principal responsável.

    O período que agora terminou teria sido importante para perceber o que não estava a bem: se o treino e respectiva metodologia, se a mensagem que não estava a passar, e a própria concepção do modelo de jogo e a sua relação com as necessidades de uma equipa que representa o Sporting.

    Temo que o resultado de ontem, porque foi negativo, acabe por não permitir perceber se houve evolução ou não e se o resultado em si mesmo não contribuirá, pelos efeitos psicológicos no grupo e nos adeptos, por impedir uma evolução positiva mais rápida.

    ResponderEliminar
  17. Ontem, a meio do jogo, deixei de ver a coisa. Estava, como sempre, nervoso, mas ao contrário do habitual não me deixei levar por aquele sentimento típico do “agora desligo”, “só mais um pouco”, “agora é que é”, etc. Desliguei mesmo. Vi o resultado a 10 min do fim. Ganhávamos… Como estava a correr bem decidi continuar em off. No entanto invadiu-me novamente aquele nervosismo imbecil que fez com que aqueles 10 min mais parecessem 30. Dei mais 5 min de desconto. Então liguei o tablet para ver quanto tinha ficado. Sem surpresa vi aquilo que não queria ver. Ligo a TV. Ouço um pouco do Rui Santos a fazer o funeral do meu clube. Passo para outro sítio onde vejo dois gajos com cara de gozo perante o coitado do sportinguista que têm pela frente. Desisto. Não há nada que mude aquela merda. É isto o Sporting. Um conjunto de pormenores, quase sempre orientados para o mesmo lado, the dark side, o lado da derrota, da desmotivação, da resignação, e agora até do surreal. Como eu gostava de inverter isto definitivamente… Mas afinal hoje é outro dia e acordei sportinguista na mesma (se calhar até mais doente!). Então pensei: Qual o modelo de negócio que se adequa a este perfil maníaco-depressivo, cada vez mais comum entre os adeptos sportinguistas? Eureka! Um hospital psiquiátrico! É isto que nós precisamos para resolver os nossos problemas financeiros! Venha de lá o próximo jogo para enlouquecer mais um pouco…

    ResponderEliminar
  18. 1- A falta de dinâmica na movimentação dos jogadores, com poucos apoios para progredir. Na primeira parte não conseguimos praticamente uma única jogada com principio, meio e fim.

    É a dinâmica colectiva e não jogadores com boa capacidade técnica que criam imprevisibilidade no jogo. Ao Sporting falta dinâmica, aos 15 min de cada jogo as equipas encaixam e depois desse momento o jogo só muda de figura quando há substituições ou intervalo. A equipa não tem capacidade para ser criativa dentro do seu modelo.

    2- Uma estranha propensão para centrar, e por vezes rematar, de qualquer forma e de qualquer lugar. O voluntarismo pode servir o Marítimo, mas não serve ao Sporting.

    A que me irrita mais é quando o Ricky sai da sua zona para receber nas laterais e devolve ao lateral ou extremo este centrar de imediato para ... ninguém. Será que o receptor não percebeu que quem lhe deu a bola foi o ponta?

    3- A tendência da equipa ficar partida em 5 de um lado, (defesas e dois médios) e 4 do outro.

    Sim. Há um vazio de 20 metros entre os dois blocos que é preciso preencher. Para mim essa é a função do ponta, sair arrastando os centrais para fora da área, dando espaço nas costas para os extremos e tabelando com o meio campo em progressão. O ponta sair para as laterais é uma papa para a escola defensiva portuguesa, qualquer Neca anula aquilo.

    ResponderEliminar
  19. "A tendência da equipa ficar partida em 5 de um lado, (defesas e dois médios) e 4 do outro." Este é um dos principais problemas que noto. O pressing,mais do que organizado, é um "estado de espírito".
    Adrien, a 10, é um erro. Em termos ofensivos,com Izmailov a 10, a dinâmica de jogo pode melhorar.

    ResponderEliminar
  20. Leão de Alvalade,
    Não era minha intenção provocar, estou muito desiludido com este trabalho e talvez me tenha explicado mal. Tenho muito respeito por este blog simplesmente o momento é mau demais para desculpabilizar-mos.
    Saudações Leoninas.

    ResponderEliminar
  21. LdA,
    Uma nota de discordância na análise "tática": na segunda parte foi Elias quem subiu para perto de Adrien, e não Adrien quem recuou para perto de Elias.
    SL

    ResponderEliminar
  22. Lgmg

    O Wolf só sabe jogar a desmarcar-se....para a frente. Mas não tens extremos eminentemente finalizadores para fazer esse tipo de jogo que preconizas. Sinceramente já pensei como seria jogar em losango com este plantel. Seria uma maneira obvia de preencher muito mais o campo. Metendo o Elias num dos vértices laterais e metendo um extremo no outro. Jogando depois com Wolf mais em Cunha e Viola solto com Labyad a fazer de médio ofensivo . Sinceramente é cada vez mais um exercício doloroso assistir um jogo do Sporting.

    Duarte

    O Carriço é uma barata tonta e não tem o mínimo valor para ser jogador do Sporting a entrada dele é coincidente com o período em que o Marítimo se agigantou...coicidencia apenas? Correu muito? Mas o correr muito é sinónimo de futebol? Enfim....

    SL

    ResponderEliminar
  23. Lgmg

    O Wolf só sabe jogar a desmarcar-se....para a frente. Mas não tens extremos eminentemente finalizadores para fazer esse tipo de jogo que preconizas. Sinceramente já pensei como seria jogar em losango com este plantel. Seria uma maneira obvia de preencher muito mais o campo. Metendo o Elias num dos vértices laterais e metendo um extremo no outro. Jogando depois com Wolf mais em Cunha e Viola solto com Labyad a fazer de médio ofensivo . Sinceramente é cada vez mais um exercício doloroso assistir um jogo do Sporting.

    Duarte

    O Carriço é uma barata tonta e não tem o mínimo valor para ser jogador do Sporting a entrada dele é coincidente com o período em que o Marítimo se agigantou...coicidencia apenas? Correu muito? Mas o correr muito é sinónimo de futebol? Enfim....

    SL

    ResponderEliminar
  24. Não foi por causa das substituições de Sá Pinto que não ganhámos.
    Não conseguimos ganhar porque o Sá Pinto quer este Sporting a jogar num modelo para o qual não está preparado.
    De tanto querer ser seguro na posse a equipa fica com medo de jogar fazendo-o sempre de forma lenta, até mesmo quando recupera e bola e pode lançar ataques rápidos.
    Somos uma equipa que tem medo de arriscar na recuperação da bola que não pressiona os adversários, era impressionante a facilidade com que os defesas do Marítimo trocavam a bola.
    Uma equipa medrosa acaba sempre por sofrer, Sá Pinto tem de deixar os jogadores jogarem o seu futebol sem medos.
    Foi incrível no livre os jogadores do Sporting pareciam bons rapazes nem um centímetro avançaram a barreira,o jogador do Marítimo
    não teve qualquer dificuldade em passar a bola por cima da barreira.
    O empate é mais que justo, se é verdade que o Sporting teve algumas oportunidades para marcar o 2 a 0, também é verdade que o Marítimo também teve as suas para fazer golo.

    ResponderEliminar
  25. Este arranque de campeonato está a dar razão a posições já defendidas neste blogue. Posições que se tornaram evidentes logo após os primeiros jogos da pré-época: o Sporting está a construir uma equipa que aposta na segurança defensiva e que mostra, desde o primeiro jogo, muitas dificuldades na transição ofensiva e na capacidade de criar lances de perigo. Rematou à baliza pela primeira vez, neste jogo, aos quarenta minutos, salvo erro. Esta opção, como já se disse, é suicidária na disputa da Liga nacional embora possa, eventualmente, ser bem sucedida na Liga Europa. Na Liga o Sporting está obrigado a vencer todos os adversários que se situam abaixo do 5º/6º lugar, quer em casa quer fora. Ora, com este modelo, essas equipas correm o risco, quando defrontam o Sporting, caso sejam capazes de se fechar atrás da linha do meio-campo de passarem incólumes sem grandes sobressaltos. Se, por felicidade, marcarem um golito correm mesmo o risco de ganhar ao Sporting, vidé o caso do Rio Ave.
    Digamos que há um pecado original que tem aver com o modelo de jogo que não serve os interesses do Sporting. Não sofremos muitos golos, é certo, mas dificilmente marcamos a alguém com um mínimo de organização. Trata-se de um modelo inadequado para uma Liga como a portuguesa e que não tem em conta o perfil da generalidade das equipas adversárias.
    O Sporting não sabe atacar. Estamos perante uma evidência. A articulação do meio-campo com o ataque é paupérrima. Outra evidência. Dependemos de Carrilho para as despesas da dinâmica e da criatividade. Outra evidência. Temos os Labyad´s, os Jeffrens e os Violas metidos no saco. Temos um conjunto de dicotomias do estilo joga o Pranjic não joga o Ínsua, joga o Scharrs não joga não sei quem e, por exemplo, ontem parece que Ínsua podia ter jogado junto com Pranjic na ala esquerda do meio-campo já que optou por não usar o ala desse lado.
    Mas, isto apenas para concluir: não é por falta de opções que o Sporting não está a jogar nada. São opções erradas que estão na génese do problema.
    Espero que na próxima semana tudo o que aqui escrevi já não faça qualquer sentido.Não há maior alegria do adepto do que de repente deixar de haver razão para o seu péssimismo.

    ResponderEliminar

Este blogue compromete-se a respeitar as opiniões dos seus leitores.

Para todos os efeitos a responsabilidade dos comentários é de quem os produz.

A existência da caixa de comentários visa dar a oportunidade aos leitores de expressarem as suas opiniões sobre o artigo que lhe está relacionado, bem como a promoção do debate de ideias e não a agressão e confrontação.

Daremos preferência aos comentários que entendermos privilegiarem a opinião própria do que a opinião que os leitores têm sobre a opinião de terceiros aqui emitida. Esta será tolerada desde que respeite o interlocutor.

Insultos, afirmações provocatórias ou ofensivas serão rejeitados liminarmente.

Não serão tolerados comentários com links promocionais ou que não estejam directamente ligados ao post em discussão.