sexta-feira, 7 de junho de 2013

Um homem para quem "Extraordinário" é um diminutivo

No hóquei há um momento antes e outro depois de António Livramento. Tudo o que podemos assistir durante esse período dificilmente poderá voltar a ser repetido, talvez não fosse bem hóquei em patins, talvez fosse magia. 

Ninguém terá sido mais feliz a definir a categoria de António Livramento do que Moniz Pereira. Aquando da morte do grande hóquista a France Press anunciou "Morreu o Pelé do Hóquei em Patins". Ao que Moniz Pereira retorquiu "Não seria antes Pelé o Livramento do Futebol?".

Livramento fez parte da grande equipa do Sporting que trouxe para Portugal a primeira Taça dos Campeões Europeus da modalidade, tendo como colegas Ramalhete, Rendeiro, Chana, Sobrinho, a melhor equipa que alguma vez tive a oportunidade de ver jogar.

Como treinador haveria de completar o museu do Sporting com mais dois títulos internacionais  a Taça das Taças e a Taça CERS, entre muitos outros títulos já alcançados como jogador e treinador. 

Talvez o declínio da importância da modalidade tenha deixado cair algum pó sobre a sua memória, mas é sempre bom lembrar o estatuto ímpar alcançado por Livramento, tornando-se numa figura que concitou em seu redor um amplo reconhecimento de todos os quadrantes da sociedade portuguesa, sempre tão dividida na hora de reconhecer os méritos. António Livramento foi um muito mais que apenas extraordinário e só não compreenderá a hipérbole quem não teve a sorte de o ver jogar. 

Lembrá-lo hoje, quando se completam 14 anos do seu inesperado desaparecimento, é também uma singela homenagem ao Eng.º Gilberto Borges, cujo esforço é um exemplo que merece ser permanente citado. Faço-o hoje especialmente, quando está marcado para este fim-de-semana um jogo decisivo para a manutenção da especialmente sua e nossa equipa no primeiro escalão da modalidade. Seja qual for o resultado o seu exemplo e esforço honra a nossa camisola. Obrigado!

15 comentários:

  1. Brilhante!...

    Hoquista, homem, atleta...


    Deixa mesmo mt saudades.

    Justo e belo popst de homenagem a um icon eterno do Sporting Clube de Portugal!

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  2. isto é o SPORTING. Perfeito.

    um singelo abraço também para o enorme esforço e dedicação do "Leão" Gilberto Borges e sua equipa.

    bom fim de semana a todos

    Sporting sempre

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  3. Lembro-me muito bem de ver esse dream-team jogar. um espectáculo.

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  4. Faz parte daquela Galeria que fez e faz a História do Sporting Clube de Portugal:

    - Peyroteo
    - Travassos
    - Jesus Correia
    - Azevedo
    - Carlos Gomes
    - Osvaldo Silva
    - Damas
    - Manuel Fernandes
    - Yazalde
    - Moniz Pereira
    - Bessone Basto
    - Manuel Brito
    - Carlos Lopes
    - Fernando Mamede
    - Irmãos Castro
    - Naide Gomes
    - Rui Silva
    - Obikwelu
    - Joaquim Agostinho
    - Marco Chagas
    - Miguel Maia
    - Carlos Lisboa
    - Nelson Serra
    - Orlando Duarte
    - João Benedito
    - Chen Shi-Chao
    - José Couto
    - Artur Costa
    - Luis Nunes

    A sua partida, demasiado cedo, bem como de outros desta grandiosa lista, são o exemplo das enormes injustiças que a vida prega, deixando outros que nasceram e vivem (uma vida inteira) sem coração.

    O Sporting são eles.

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  5. Como na morte de Joaquim Agostinho, as lágrimas voltaram a brilhar nos meus olhos com o falecimento de António Livramento....Imortal....

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  6. Uma lista de ícones encerra sempre a perigosidade de se deixar alguém para trás. Muito mais se não a rematarmos com o inevitável etc ou as típicas ...
    E, convenhamos, englobar o nome de Carlos Lisboa com tão ilustre companhia, preterindo basquetebolisticamente falando Rui Pinheiro, Augusto Baganha, Manuel Sobreiro ou o grande Quim Neves é confundir grandes atletas com grandes atletas sportinguistas.
    Tenho para mim que se a primeira característica é fundamental para se ser ídolo a segunda é incontornável para se ser referência do espólio humano uma grande Instituição.

    A lista, essa, no nosso caso é interminável. E continuará a crescer, espero bem.

    Só assim o Sporting Clube de Portugal faz sentido.

    SL

    p.s. - numa altura que o foco mediático incide nas (não)renovações de Ilori ou de Bruma, apetece perguntar: então e o Sporting?

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  7. Acrescentava ao teu 5 o Salema e o Rosado.
    Uma brilhante selecção que não elevou só o Sporting ao mais alto patamar, mas também o seu país.
    Bonita homenagem.

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  8. e o milagre aconteceu.

    conseguimos a permanência no hóquei em patins.

    força grande Sporting eu te amoooooo

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  9. Mesmo a calhar.

    Em dia de homenagem ao eterno Livramento o Sporting Clube de Portugal assegurou a manutenção na 1ª divisão de Hóquei em Patins!!!

    Depois de estar a perder com a Oliveirense 4-0 e 5-1, recuperámos para 6-6. O empate bastou para atingir o objectivo da permanência.

    Assim, sim!

    SL

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  10. Estou certo que António Livramento terá ajudado, onde quer que esteja, a virar o resultado de 1-5, até à manutenção. Grande dia para o actual Hóquei do Sporting.

    Veiga Trigo,

    A lista não é fechada, nem teve essa intenção, por isso acrescente quem entender, que é do Sporting que se escreve.
    Já agora, sabe em que contexto o Carlos Lisboa (como todos os outros campeões nacionais) sairam do Sporting, não sabe?
    E só por curiosidade, Veiga Trigo é nome ou é nick? (espero que seja nome)

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  11. Cantinho,

    A lista é sua. O ideário é o seu. Não sou eu que tenho que retirar ou acrescentar alguém. Mas a partir do momento que decide partilhar o rol, é normal a existência de opinião da parte quem aqui participa.

    Ora como vivi a extinção da secção de Basquetebol e a consequente debandada para o Queluz, estou perfeitamente à vontade para fazer as considerações que entendo por justas.

    E aqui peço que me reserve o direito de partilhá-las.
    Na sua lista, a referência ao basquetebol foi feita através do Carlos Lisboa. Para mim este extraordinário atleta não é referência como construtor do Universo Sporting, já que para tal os vínculos devem perdurar muito para além da carreira de atleta.

    E pelos vistos tão pouco se orgulha do brilhante passado basquetebolista do Clube, pois quando recentemente se comemorou o 30º aniversário do bi-campeonato(80/81 e 81/82),foi o único que faltou à chamada e nem um água vai.
    E no actual contexto o cargo desempenhado no SLB não justificava a ausência.

    Ainda recentemente um recém galardoado com o prémio Stromp se mudou de armas e bagagens para o rival de sempre. Para espanto confessou o seu clubismo encarnado desde o berço...
    Também falo, como Lisboa o foi, de um fantástico atleta. Mas nunca por nunca merecerá um lugar na "minha" lista.
    Talvez possa vir a pertencer à sua...
    O que para mim é uma verdade não tem que valer para si. Apenas e só.

    O nick:
    Aproveito para ao satisfazer a sua, saciar a curiosidade de muitos, os quais mais que uma vez a ele aludiram para diminuir a razão do argumentário. Aliás como o caro fez ao demonstrar as suas esperanças que se tratasse de nome e não de nick.

    Este nick corresponde a uma participação num blog já extinto intitulado "Apanha-me se puderes", no qual o assunto eram os "casos" e onde os administradores adoptaram os nomes dos homens do apito. Diga lá que está mal escolhido, hem?

    Este nick ficou associado à conta do google que utilizo e consequentemente à blogosfera.
    Devo dizer que não faço muita questão dele nem deixo de fazer...

    Gostaria de poder utilizar o seu, mas o caríssimo antecipou-se. Há que convir que é muito mais apropriado para este espaço.
    Mas não é garante de maior abnegação e amor.
    De razão muito menos.

    SL



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  12. Veiga Trigo,

    Haverá algum mal entendido, pois denoto no seu tom (corrija-me se tiver errado) que fiquei ofendido com o seu comentário. É óbvio que não. Quando digo que não é uma lista fechada e é para se acrescenter quem entender e caso, alguém, se reveja na mesma. Os seus nomes são tão pertinentes como os que avancei.

    "O que para mim é uma verdade não tem que valer para si."
    Nem mais, mas isso assim é que é bom, não?

    Quanto ao basquetebol, a minha referência a esta modalidade no Sporting não se resume ao Lisboa, pois também lá está o Nélson Serra.
    Não questiono nem abordo sportinguismo, abordei a História do nosso clube e, acho, que Lisboa é, para mim, um nome incontornável.

    Quanto ao nick, face à explicação, concordo que está muito bem escolhido.

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  13. Cantinho e Veiga Trigo

    Desculpem meter-me na vossa troca de opiniões, mas gostava de meter também a minha "colherada":
    O Sporting é muito grande, sempre teve, tem, e continuará a ter enormes atletas. Assim de repente há dois nomes que para mim são faltas imperdoáveis: Jorge Theriaga e Fernando Fernandes. Grandes atletas reconhecidos internacionalmente tendo, inclusive, Fernando Fernandes sido Campeão Mundial.
    Quanto à disputa basquetebolistica também não incluiria Lisboa, menos por ter acabado a carreira num rival, mais pelas atitudes menos próprias que vem exibindo enquanto director/treinador desse clube. Muito mais justo que CL, ou alguns dos outros nomes aventados, seria lembrar Mário Albuquerque, talvez o mais completo jogador de basquete de todos os tempos.

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  14. Isto é devolver o Sporting a nós próprios.
    Quando o que nos separa é se este ou aqueloutro deveria figurar na nossa lista de heróis, apetece dizer que "todos os males fossem estes"...

    De facto e depois do primeiro passeio virtual pelos marcadores/favoritos, retenho que Pizzi gostaria de voltar a trabalhar com Leonardo, que Labyad está sob a alçada disciplinar, que Bruma e Ilori só serão discutidos com base na renovação dos respectivos contratos... e que há sportinguistas que esgrimem o porquê de o ser.
    Estes somos nós, neste post sobre o António Livramento.

    E que bom é sentir que este Museu que nos preenche a cor do coração é partilhado por mais alguém que independentemente das discordâncias, entende e comunga os valores do que é ser Sporting.
    Mas também só neste grande Clube seria possível isto suceder.

    Verguem-se os outros à nossa grandeza, ainda que reconhecendo o mérito de grandes figuras que concerteza carregaram os respectivos emblemas com orgulho, pois o resumo da sua história desportiva não tem sombra de parecenças com a nossa, naquilo que é o primado da excelência e do feito.

    A história do desporto não se faz sem o Sporting, alma-mater lusa dos grandes atletas portugueses.
    É aqui que encontro a força que me alimenta o fervor. O mesmo que cultivei quando me descobri como Sporting.

    É este Sporting ecléctico que urge apoiar e reincrementar, pois é a sua razão de ser. E não pode haver chuto na bola que o possa pôr em causa.

    Aceitem um abraço fraterno acompanhado de um tiro certeiro do nosso Armando Marques que por momentos andou por aqui um pouco esquecido.

    SL

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  15. 8,

    Jorge Theriaga e Fernando Fernandes.
    E não é que pensei neles, quando fazia a lista, mas ia escrevendo outros até me esquecer? Imperdoável...

    Acrescente-se (e bem) à lista.

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