domingo, 22 de fevereiro de 2015

Gil Vicente não encenou dramas nem tragédias

O Sporting regressa hoje às vitórias com grande tranquilidade e com um momento - ou monumento? - que marca de forma decisiva o jogo que é o golo de Nani. É assim que os grandes jogadores respondem às oscilações de forma, revelando a classe que todos sabemos possuir. As lágrimas são o testemunho de quão difícil é voltar às boas exibições, especialmente depois de uma paragem por lesão. Sem fazer uma grande exibição, tal como a equipa, Nani acabou por ser o homem mais importante, ao participar de forma decisiva na construção do primeiro e pela soberba execução do segundo. 

Marco Silva optou por gerir o esforço de alguns jogadores, atendendo aos compromissos da próxima semana. Surpresa na utilização de risco de William, que não repetiu com Adrien. Fazer descansar Montero e Carrillo é compreensível. 

Os golos acabaram por estabelecer a grande diferença entre as duas partes, apesar de ser de referir que o começo do jogo ter sido marcado por uma equipa forasteira mais atrevida do que se imaginaria à partida. Sem ser brilhante, o Sporting soube ser paciente, procurando jogar dentro do bloco gilista, o que algumas foi conseguido por Martins e João Mário, especialmente o primeiro, que haveria de fornecer munições para golo que não foram aproveitadas. E é precisamente paciência que este tipo de jogo exige porque, como é sabido, grande parte destes jogos resolvem-se com o primeiro golo. Este acabou por surgir de um canto mas gostei pelo menos que a equipa tivesse tentado e poucas vezes, talvez ainda mais do que as necessárias , recorresse aos cruzamentos. É por aqui que a equipa pode e deve crescer, até atendendo às características dos ponta-de-lanças disponíveis.

Nota final para mais uma arbitragem medíocre que só não foi determinante para o resultado final porque a equipa soube construir o resultado contra algumas decisões incompreensíveis. 

3 comentários:

  1. O 1. Golo acabou por ser de canto,mas devia ter sido de penaltie.Esta gentalha do apito,perdeu mesmo a vergonha por completo.Enquanto uns (Lampioes) sao levados ao colo quase todos os fins de semana,o Sporting e prejudicado constantemente.Veja-se o criterio na amostragem dos cartoes amarelos.A facilidade com que os animais do apito mostram cartoes aos jogadores do Sporting e arrepiante e so nao ve quem nao quer.A grandeza do Sporting mostou-se ontem uma vez mais com a presenca em Alvalade de mais de 42000 Pessoas.Vivo Sporting

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  2. Além do grande golo do Nani (com as lágrimas, ainda tem mais significado - perante um Alvalde que teima em repetir erros do passado, assobiando-o), destaco alguns elementos já aqui mencionados pelo Leão:
    - mais paciência na construção ofensiva;
    - mais circulação de bola em espaços interiores e pelo meio (e também com mais rapidez);
    - menor realização de cruzamentos (só um, do Miguel Lopes, quase no fim, é que foi positivo);

    E isto deve-se, para mim, à inclusão de um jogador: André Martins.

    Fez uma excelente 1ª parte, dando opções de passe, aparecendo para receber dos centrais, passes de ruptura para o meio, critério no passe, etc, coisas que andam a faltar e são fundamentais para "desmontar" estas equipas.
    O lance em que o Mané surge isolado é aquilo que o Sporting tem e pode fazer.
    Creio que Nani e João Mário foram os principais beneficiados (além do Sporting) da entrada do proscrito Martins. O seu rendimento cresceu muito.

    Não entendo a entrada de William no 11 (se não descansa contra o Gil, descansará com quem?) e acho que se viu que estava muito condicionado. Perdeu essa "vergonha" na 2ª parte onde, com João Mário, geriram os últimos 20 minutos de jogo com grande qualidade.
    Não entendi, também, porquê que se retirou o Martins, quando William e João Mário estavam com amarelo e podiam falhar o Dragão (um por ser o 5º, outro por acumulação).
    E com 2-0, teria optado pela entrada de Montero, em vez de Capel.

    Não foi um grande jogo, mas houve muita coisa positiva:
    - regresso de Nani aos golos e exibições convincentes
    - regresso de boas ideias de jogo
    - regresso de jogadores com qualidade para pensar e executar o jogo (Martins e Gauld)
    - regresso às vitórias, embora esta parte seja a menos importante, porque já se percebeu que esta Liga é uma mentira completa e está completamente entregue desde do seu 1º dia.

    um abraço

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  3. Percebo bem, as lágrimas de Nani. Infelizmente, não me surpreendem… Mais do que alegria, reflectem a raiva, a capacidade de sofrimento, o espírito leonino que se derramaram naquele momento catártico que lhe nasceu na alma… Um momento breve mas que, espero, não se perca na chuva de ingratidão em que, por vezes, Alvalade se transforma.

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