terça-feira, 25 de agosto de 2015

O momento das grandes decisões: que Sporting na Rússia?

Que Sporting teremos amanhã na Rússia? Um Sporting personalizado, a querer mandar no jogo e impor o seu ritmo, como vimos nos melhores momentos dos jogos até agora disputado ou um Sporting que deixa o adversário correr e jogar?

Creio ser pacifico assumir que um melhor Sporting está ainda em construção, sendo claro que a importância do jogo de amanhã está longe de se esgotar no plano financeiro. Sem dúvida que este é importante e as contas têm sido feitas por baixo. O Sporting se passar a eliminatória arrecada não apenas o prémio de participação na fase de grupos da Champions League, os tais doze milhões de euros. Fosse apenas isso e o Sporting vendendo por exemplo Adrien pelas verbas de que se vão falando e teria o problema resolvido.

Mas esses tais doze milhões são apenas uma fatia garantida de um bolo bastante apetitoso. Às receitas de televisão podem somar-se as dos pontos alcançados por cada vitória e empate, há também a considerar as receitas de bilheteira, com a possibilidade de passar a fase seguinte a não dever ser de todo descartada. 

Mas, acopladas a um possível apuramento, há uma série de outras possibilidades a ter em conta:

- Não espantará ninguém que a definição do patrocinador a figurar nas camisolas esteja pendente do resultado de amanhã. Se não a definição, seguramente que os montantes a pagar serão substancialmente diferentes.

- O mesmo poderá suceder com o reforço da equipa. JJ ainda há poucos dias deixou a entender que o plantel não está fechado. Por outro lado, os primeiros jogos serviram já para deixar expostas fragilidades em algumas posições que seria bom poder corrigir, de forma a reforçar o estatuto de candidato.

- A chegada pelo segundo ano consecutivo a esta fase da competição significará o reforço do crescimento competitivo da equipa e em especial dos seus elementos mais novos ou menos habituados a este nível.  

- Depois, no fim mas de importância capital, o prestigio. Essa coisa vaga, de valor intangível, mas imprescindível para uma grande instituição. Factor que não só reforça a estima própria como também se cobra sempre que alguém se lembra do nome do Sporting Clube de Portugal para um evento desportivo, patrocínio, etc.

Seria por aí que JJ deveria começar e talvez reforçar como últimas palavras da palestra aos jogadores. Porque é essa a grande motivação dos jogadores, seja pelo mero reconhecimento mediático, seja pelas portas que se abrem para os melhores campeonatos e proventos.

No que ao jogo no terreno diz respeito, apostaria no melhor onze até agora, e que jogou a primeira mão, com excepção óbvia para o lesionado Jefferson. A apostar na surpresa, e já que se fala na inclusão de Aquilani, mudaria as peças mas não alteraria o modelo. Pela questão psicológica, de forma não criar na equipa uma ideia de receio e retracção e por demonstrar confiança no trabalho até agora efectuado. 

Não vai ser fácil. Quase ninguém reparou, mas o Sporting, em Alvalade, impôs até agora aquela que é a única derrota da equipa russa na época em curso.

4 comentários:

  1. Caro Leão,

    Desta vez discordamos. Não apenas considero essencial reforçar o meio-campo, como creio, até, que poderá passar à equipa a mensagem certa: um controlo equilibrado do jogo (considerando que estamos em vantagem). Parece-me essencial conseguir uma posse segura (ainda que acutilante e com um propósito ofensivo). Se não conseguirmos evitar o vaivém dos últimos jogos, fica muito mais difícil.

    Eu gosto do modelo, atenção. Mas acho que precisa ainda de muito trabalho. E de um 6, já agora...

    Um abraço

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    1. MMS,

      No essencial concordamos, porque eu também gosto de equipas equilibradas e a tentar gerir bem os tempos de jogo. A minha dúvida é que se aposte num modelo que nitidamente não foi treinado com tempo e acabemos por perder a identidade, perdendo acutilância e sem saber o que fazer à bola.

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  2. Jogar na Rússia como jogamos em Alvalade é perigoso. E creio que jj já aprendeu que o 4 4 2 é muito bonito em Portugal. Lá fora a música é outra. Precisamos de posse de bola e de evitar que os avançados deles ganhem espaço para correrem tal obikwelo.
    Por mim jogávamos com mais 1 médio, Carrilho e gelson nas linhas, para darmos a provar os gajos o veneno do contra ataque rápido. Bryan ruyz tem muita qualidade no passe, grande visão de jogo, muito bem posicionado, mas o gajo pede licença a uma perna para mexer a outra, e isso pode sair caro . Comigo amanhã ficava de fora.
    Acredito que podemos passar !

    MLV

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  3. A mim aflige-me um bocado pensar em quando o JJ inventava com equipas grandes. O que está treinado é para por em prática e não inventar é capaz de dar alguma saúde ...

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