domingo, 20 de março de 2016

Sporting - Arouca: carne de primeira transformada em picadinho

Quem olhar apenas para o resultado pode ser tentado a pensar que o Sporting venceu o Arouca com toda a facilidade, o que acaba por ser um pouco enganador, face ao que se passou no decorrer do encontro. Ora quem se lembrar ainda do que foram os primeiros quinze minutos deve concordar que por aí poucos alvitrariam o resultado final. 

Nesse período o Arouca foi deixando indicações práticas das razões do seu bom campeonato e porque foi, até agora, das que mais problemas criou às equipas grandes. Talvez seja um caso de estudo a forma focada como a equipa aparece nos jogos aparentemente mais difíceis e dessa atitude acaba por extrair as melhores exibições e resultados. 

Mas então se o jogo não foi fácil, como se explicam os 5 golos obtidos? Pelo elevado nível do desempenho da equipa, apoiada em algumas boas exibições individuais que abaixo se destacarão. Ontem o Sporting teve momentos de algum brilhantismo, demolindo aos poucos toda e qualquer resistência que o Arouca pudesse esboçar.  Variações muito rápidas do centro de jogo, circulação rápida de bola, alternância entre a procura da largura, do centro e da profundidade, abriam espaços e confundiam a organização arouquense.

O primeiro destaque vai para Bruno César, uma escolha que teve tanto de surpreendente como de acertada por parte de Jorge Jesus. O paulatino regresso de William à boa forma, bem como o retorno de Adrien, após castigo, também tiveram preponderância. Sem deslumbrar, assinale-se aquilo que pode ser o sinal de que a redenção de Teo Gutierrez está próxima.

Mas o destaque principal tem que ser endereçado a João "Classe" Mário, pelo que jogou e fez a equipa jogar. Elegante e sagaz na movimentação, é ainda inteligente a organizar, a decidir, a criar espaços. Ontem acrescentou ainda a capacidade de finalização, que lhe faltou muitas vezes em jogos anteriores. Sem favor, podia ter logrado mais do que o par de golos que o marcador final registou. Este pormaior, a acontecer de forma sustentada, fará dele um médio de por muito grande clube dessa Europa a salivar.

Talvez seja um caso de estudo a forma focada como a equipa aparece nos jogos aparentemente mais difíceis e dessa atitude acaba por extrair as melhores exibições e resultados. A diferença entre o jogo de ontem para a equipa laxista e algo desconcentrada e até pouco confiante de alguns jogos que acabaram por representar a perda de pontos preciosos é bem notória. Tudo se explica apenas em meras questões técnico-tácticas ou haverá necessidade de alguma análise e introspecção?

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