Começo desde já por saudar, sem ironia, o apuramento do FCP para a Liga dos Campeões. Somos declaradamente rivais mas no percurso europeu une-nos um interesse comum: além do prestigio do futebol português, quanto mais pontuarmos mais possibilidades temos de nos vermos incluídos no pote dos milhões. E como nunca sabemos em que lugar podemos ficar no final do campeonato.
Por coincidência seremos nós, o Sporting, a testar o novo FCP de Nuno Espírito Santo, cujas primeiras indicações deixam antever uma equipa mais competitiva do que tem conseguido ser nos últimos anos. Pelo menos ao nível da moral é de esperar um adversário mais forte do que aquele que defrontamos no ano passado. Antevejo um embate difícil, até porque os primeiros jogos deram indicação de não estarmos ainda na plenitude das nossas qualidades.
Já o nosso rival do outro lado da estrada, continuará seguramente forte dentro de campo, pelo menos assim que regresse Jonas. Para já fora dele, continua na liderança: a pressão feita após o jogo já rendeu dividendos. Ao despejar na jarra o nome de Manuel Oliveira - o mesmo se aplica ao árbitro do jogo FCP - Estoril... - o árbitro do empate ante o Setúbal, o Conselho de Arbitragem "emite um comunicado" bem claro: não há tolerância para os erros dos árbitros nos jogos com o SLB se este não ganhar.
Nota: Como alguém lembrava hoje, o jogo Roma - FCP registou mais cartões vermelhos para os da casa do que em toda a época passada para o actual campeão nacional.
Não me parece que a eliminatória com a Roma seja sinónimo de um Porto avassalador. Na primeira mão jogaram 45min contra 10. Na segunda mão jogaram quase toda a segunda parte contra 9. Não tivessem sido os jogadores da Roma excessivamente impetuosos e hoje estaríamos a falar do afastamento do Porto da CL. Já no jogo para o campeonato mostraram fragilidades frente a um Estoril que está a anos luz do que fez no passado.
ResponderEliminarPosto isto, até considero que o Porto tem alguns argumentos. Mas tenho sérias dúvidas que tenha os argumentos necessários para ir ganhar a Alvalade.
Bruno Nogueira,
Eliminarhá uma diferença entre um FCP "avassalador" e um FCP com uma "equipa mais competitiva do que tem conseguido ser nos últimos anos". Independentemente do resultado que se venha a verificar, estou convicto que vai ser um jogo mais dificil que os anteriores embates.
De acordo, LdA!
EliminarTenho sempre as minhas reservas em relação a clássicos mas ontem também vi a Roma falhar 2 golos feitos a jogar com 9.
ResponderEliminarNem mais, anónimo!
EliminarAnónimo,
Eliminarisso até poderia acontecer com 8 jogadores, não diz nada.
Em termos defensivos diz, e muito. Com menos jogadores, pelos menos diz o JJ, o ataque é que fica comprometido. Segundo ele a defesa pode e deve manter-se operacional.
EliminarJogar com 9 e falhar golos pode querer dizer que a defesa (ainda por cima com os 11!) não funcionou bem.
Neste caso discordo, e muito, pelo facto de quase terem sofrido golos quando estavam a jogar à defesa com mais dois jogadores.
EliminarO porto não quis matar o jogo, colocou-se à defesa e mesmo assim quase sofreu.
Resumindo, nada mudou.
ResponderEliminarO SLB melhorou os seus argumentos dentro do campo (Carrillo, Cervi, Grimaldo e Rafa), mas é fora dele que consegue resolver as competições. Se tudo falhar dentro do campo (e é preciso falhar muito), lá resolve-se.
O FCP tem tudo para melhorar. Uma equipa que abdica de Brahimi e Aboubakar. Que gosta de ter no banco Rúben Neves, Layun e, tantas vezes, Corona, é tudo menos fraca. Se ainda se juntar André Silva, Maxi e Otávio (e Óliver está a chegar)... é fácil constatar que o nosso plantel é, claramente, o mais franco em termos individuais.
Já sabemos que Jesus equilibra (uma espécie de Jardel), mas será suficiente?
"Já sabemos que Jesus equilibra (uma espécie de Jardel), mas será suficiente?" Magnífico. Um abraço Cantinho.
EliminarLeão de Alvalade, subscrevo por inteiro os parabéns ao FC Porto pelo resultado que obteve. Brilhante e acrescentando já agora, como diria o meu amigo Miguel e como dirão tantos outros ilustres Invictus, da Invicta ou doutras partes do país, uma vitória "à Porto". Subscrevo igualmente a forma como pões o clássico sugerindo um Porto melhor mas sempre com reservas, "uma equipa mais competitiva do que tem conseguido ser nos últimos anos". Será suficiente para corrigir os resultados obtidos nos confrontos com o Sporting de Jesus mas mais importante, nos confrontos com todas as outras equipas da liga com quem o FCP se habituou nos últimos anos a perder pontos? Ninguém sabe. Porventura nem o FCP o saberá neste momento já que ainda procura a "identidade Nuno", restando-nos perceber se é / será uma boa identidade.
ResponderEliminarE isto até entronca na expressão lá de cima. Apesar do 0-3, esse FCP "à Porto" acabou. Não existe. Os portistas sabem-no e os que ainda não o sabem interiorizá-lo-ão com o tempo. Desde que V. Pereira deixou o Dragão o dragão pura e simplesmente deixou de cuspir fogo. Não sei se voa mas no melhor das hipóteses mais não terá do que dentes e garras. O fogo apagou-se. O império, tal como o conhecíamos, tal como qualquer império carregado de períodos hegemónicos (no caso do FCP, imensos) extinguiu-se. O FCP está um bocadinho como nós, "à procura", mas mais atrás do que nós. Com tudo o que de arriscado tem, em termos de campeonato, a ordem será para já na minha opinião a seguinte: SLB, Sporting, FCP. Claro tudo isto pode mudar: no ano passado o Sporting fez muito mais do que os objectivos primeiramente anunciados e teve 7 pontos de avanço - é muito ponto. Quem sabe se este ano não acontecerá o mesmo desejando claro está que a vantagem não se perca uma vez alcançada, se o for. Mas temos de ser realistas. Como disse o LMGM há umas semanas: é preciso ganhar com frequência para que se instale uma cultura de vitória. Andar neste momento a apregoar favoritismos para o Sporting é, na minha opinião, um erro. Sequer estratégico - é erro, ponto.
E é isso Leão de Alvalade. Ah, não é só isso: apesar do SLB ser tri-campeão e ter um plantel cheio de qualidade, o Benfica não está numa posição hegemónica. Estaria com Jesus. Aí sim deveríamos temer que o SLB se transformasse nalguma coisa parecida com o melhor Porto, o tal "à Porto". O SLB está forte mas não está aí, na minha opinião.
Eu tinha muito mais medo do SLB de Jesus que perdeu 2 campeonatos para o dracónico, dragonista, dragolão, filho do Dragão cuspidor de fogo Vitor Pereira, do que medo deste SLB que apesar de tri-campeão nem mete muito medo.
Tenho mais medo do Sporting, pelo Sporting, que dos adversários do Sporting. Um abraço e viva a inalienável liberdade de sermos livres, passe o pleonasmo. Da dialéctica advirá o progresso - não existe outra forma. E espero muito bem que 3 ou 4 leitores tenham o bom senso de não repetir posturas cansativas procurando conflitos desnecessários. Garanto-vos que não sairei a perder. Sairemos todos.
Um abraço Leão de Alvalade.
O próximo jogo será de tripla fosse qual fosse o contexto em que o jogávamos, mas confesso que prefiro o adversário com a barriga cheia do que a curar uma azia, coisas de Leões, ninguém gosta de se cruzar com um Leão de barriga vazia...
ResponderEliminarGosto de continuar a ver o nosso adversário a reforçar-se onde já é mais forte (ataque) e continuar a descurar a defesa (que já era má e não tem evidentes melhorias).
Há lições que gosto sempre de aprender, principalmente com quem me vence, PC ensinou-me uma faz muito tempo, se a memória não me falha tínhamos acabado de comprar o Sá Pinto e perguntaram ao PC se estava preocupado com quantidade de qualidade no meio campo do Sporting, resposta pronta "O Sporting só vai jogar com 11 não é? Então não há problema."
Ora para entrar Oliver sai Otávio (digo eu), então não há problema, continuem a perder tempo a gerir as expectativas dos atletas que ficam no banco. Se fosse o Jackson ou o Falcão a regressar era um problema.