sábado, 5 de novembro de 2016

Sinal amarelo avermelhado

O Sporting deixa para trás um negro mês de Outubro. Exceptuando a vitória em Famalicão, já de si escassa em números e qualidade, a equipa não fez mais do que coleccionar empates e derrotas. Seguramente que até ao final desta época este mês continuará a ser lembrado pelo peso que terá nas contas finais, esperando contudo que não seja mais do que uma referência a um passado ultrapassado.

Mas o peso dos resultados menos conseguidos continuará a ser sentido na pressão psicológica sobre a equipa, que sabe que no que já ultrapassou em muito a tolerância às falhas quer do ponto de vista da distância pontual, quer da ligação afectiva com os adeptos. Nesta configuração todos os jogos adquiriram a importância do jogo da época

É nesta conjuntura que o Arouca jogará em Alvalade e essa inevitável pressão um dos principais jogadores de Lito Vidigal. Ele sabe que quanto mais tempo conseguir manter a sua baliza inviolável mais perto estará de conseguir os seus objectivos, que passam por pontuar.

Uma das questões a despertar curiosidade para este jogo será a manutenção ou não dos três centrais. Do meu ponto de vista, o Sporting não retirará daí grande vantagem por duas razões essenciais: 

- O Arouca não tem os mesmos argumentos técnicos que o Borússia, nem é capaz para, de forma permanente, colocar tantos elementos no ataque, de forma a obrigar-nos a por tanto cuidado na retaguarda. Claro que nos daria muito jeito que Vidigal reincidisse na bizarra opção de manter no banco o seu melhor avançado, Walter Gonzalez, à semelhança do que fez com outros rivais.

- Os laterais que jogaram em Dortmund não têm qualidade ofensiva suficiente para emprestarem a dinâmica e qualidade de decisões que signifique valor acrescentado para a equipa, pelo que , a manter-se este sistema, a escolha deveria recair em outros elementos, que não necessariamente laterais. Bruno César na esquerda é uma escolha quase intuitiva, embora para a direita já não fosse tão seguro avançar com um nome. 

Esta questão, juntamente com a felicidade na hora da escolha do elemento de ligação a Dost, a actuar nas costas do nosso avançado de referência, parece-me muito mais determinante para o nosso sucesso que o importante regresso ou não de Adrien.

Seja em que sistema e com que jogadores o Sporting está parado num sinal amarelo, cada vez mais avermelhado e sabe que tem que ganhar para avançar até ao semáforo seguinte.




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