segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Sporting 5 - Maritimo 0: Paquete verde oferece cruzeiro de luxo

No encerramento da primeira volta, na recepção ao Marítimo, se houve história trágico-maritima ou dramas eles foram exclusivamente vividos pelos insulares. Da parte do Sporting houve isso sim, uma exibição competente, segura e em crescendo. 

Tudo isso fruto de uma boa dinâmica no jogo interior, o que nem sempre tem conseguido, bem como graças a uma ala direita a funcionar a todo o vapor. Se é verdade que Piccini tem surpreendido pelo seu crescimento, não é menos verdade que Ristowski o supera no que oferece ofensivamente. A verdade é que não me lembro de estarmos tão bem fornecidos de laterais direitos numa época. Mais ainda se atendermos que qualquer um deles tem ainda espaço para crescer. Ristowski, por exemplo, dificilmente repetirá a desatenção que permitiu um lance de golo feito a Diney...

Não querendo retirar brilho a uma exibição colectiva competente, como acima foi afirmado, não pode passar sem citação especial o hat-trick de Bas Dost, que dessa forma está apenas a um golo de igualar Slimani, mas com uma diferença substancial: está ainda meio da sua segunda época, quando o argelino conseguiu os seus 57 golos em 3! 

No mesmo patamar de grande influência está Bruno Fernandes, jogador que assina um sem número de assistências para golo e absolutamente letal se lhe é dado espaço. A sua preponderância no nosso jogo é tal que se pode associar os nossos bons resultados aos jogos bem conseguidos por ele e o inverso.

Referência obrigatória também para o regresso com golo à titularidade de Bryan Ruiz. O seu golo foi em muito facilitado pelo passe de Bruno Fernandes, mas a forma como olhou primeiro para o guarda-redes e temporiza para escolher o momento certo e o local por onde fazer a bola entrar é de classe. É porém verdade que o seu lado, o esquerdo, foi muito menos proficuo que o oposto. A isso não terá sido alheia a ausência de Mathieu. Embora André Pinto esteja a cumprir defensivamente é indiscutível que a presença do francês dá outra amplitude ao nosso jogo ofensivo, quer em organização quer em transição e outra dimensão na área nas bolas paradas.

E assim dobramos metade do campeonato, a dois pontos do líder. Diz a história que nas últimas sete vezes que o FCP liderava na viragem para a segunda volta foram sempre campeões. Mas a história também regista que da última vez que não conseguiram o titulo nessas circunstâncias (99/00) fomos nós que os impedimos e tínhamos então três pontos de atraso. Estamos mesmo a tempo de repetir a gracinha não estamos?

2 comentários:

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