terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Tondela 1 - Sporting 2: Alcançar apesar de mal porfiar

Com duas falhas individuais onde menos se esperava (Coates pouco intenso no golo do Tondela e a paragem cerebral do cerebral Mathieu) o Sporting quase viu perigar a conquista dos importantes três pontos. O facto de o ter conseguido já muito fora de horas significa apenas que, apesar das contrariedades, ainda assim a equipa tentou, mesmo sem muita arte, tudo o que podia e enquanto podia. 

A natural azia dos tondelenses é compreensível, se fosse comigo sentiria o mesmo. Mas há que reconhecer o mais importante, o nosso golo não é ilegal, pelo que toda a polémica que se seguirá perderá muita força. Ou devia perder... É bom lembrar que éramos nós que jogávamos em inferioridade numérica e vínhamos de uma longa e desgastante viagem, pelo que o prolongar do tempo de jogo funcionou a nosso favor porque arriscamos o que o Tondela, em superioridade numérica, preferiu não fazer. O que também é compreensível, ao contrário de nós, o empate servia-lhes. O incompreensível é que tenha deixado de arriscar precisamente quando ficou em vantagem.

Quanto ao jogo ele teve diversas partes. A inicial, com o Tondela a superiorizar-se com mérito - a forma rápida como saía para o ataque, alargando primeiro a frente de ataque e dando-lhe depois profundidade  - também por falhas nossa organização defensiva, muito por descuido com as movimentações, especialmente de Miguel Cardoso e não menos por falta de intensidade na abordagem dos lances.

Até que se ouviu um "alto e para o baile" onde Acuña, Bruno Fernandes e especialmente Gélson, começaram a obrigar o Tondela a maiores cuidados defensivos, retirando-lhe o fulgor e o perigo que os tinham levado até ao golo de vantagem. E foi assim, com um míssil teleguiado de Acuña, que a bola chegou ao implacável Dost. Parece simples, fica por saber porque não acontece mais vezes...

Mudamos de campo e voltamos a mudar de forma de olhar para o jogo. Até já parecia ganho, que o Tondela se sentia a perder, como se o golo de Dost valesse por dois. Ou que o jogo era a feijões, se não foi isso que Mathieu percebeu assim pareceu. 

A saída do central francês minou a organização da equipa e passamos a jogar de uma forma que só com muita felicidade chegaríamos ao golo. Foi quando tudo já parecia inapelavelmente resolvido que lá chegou o golo tardio e a remissão de Coates. Não façam muitas destas, pelo nosso coração e sobretudo porque o final nem sempre será este.

1 comentário:

  1. Compreendo os tondelenses. Apesar de Viseu ser um concelho com grande implementação leonina, este clube está cheio e totalmente controlado por lampiões. E o golo de Coates fez com aquela gente perdesse muito dinheiro.
    SL

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